Tortura

Nem toda tortura é ruim. Algumas até te fazem gozar, e ele sabia fazer aquilo muito bem. Com a cabeça entre minhas pernas, percorria cada canto da pele com a língua. Era divino. Uma tortura. Mas uma tortura boa. O desejo de ser penetrada aumentava a cada lambida, mas aquilo me deixava louca. Não é todo homem que sabe chupar. Eu tinha tido sorte naquela noite. Sorte de ter encontrado um baixista charmoso com cílios grandes e uma boca que, antes mesmo de entrar em contato com meu corpo, já dizia à que veio. Ele me esperou na saída do bar onde trabalho, tinha ido tocar lá e me paquerou durante a noite toda.

_ Posso te pagar um bebida?

_ Não.

Ele ficou vermelho.

_ Mas se quiser, podemos sair daqui. Eu pago a minha própria bebida.

_ Ótimo.

Bebemos em um barzinho no centro da cidade mas não ficamos muito tempo por lá. A pegação rolou antes da gente chegar na minha moto. Ali no beco. Fomos para um motel não muito longe, na via costeira. Tomamos um banho e agora estávamos ali; naquele momento epifânico, em que sua boca compreendeu todo o meu sexo. Minha perna tremia. Seu dedo dentro de mim, me dizia para ir até ele. E eu fui. Nossa! Ele acelerava a velocidade da língua, enquanto eu gritava. Gritava para que todo mundo ouvisse como aquilo era bom. Vai! Mais rápido. Minha mão pressionava sua cabeça contra mim. Eu precisava de mais. Eu preci...Uau! Foi um alívio gozar daquele jeito. A noite durou mais algumas horas. Depois daquilo, eu estava aberta a fazer tudo. E fizemos. O baixista gatinho que me comeu com os olhos antes mesmo de me conhecer, além de charmoso, era muito bom de boca.