Cegueira coletiva

O que temos feito de fato para enxergar as pessoas?, seja nas ruas, em nossa rotina diária, em nossa casa, em nossas redes sociais, o que temos feito para que alguém possa se sentir mais importante?, ou tão somente lembrado de verdade?, como mensuramos a quantidade de invisíveis, que estão no alicerce de nossa sociedade?

Esta tudo ficando tão tacanho, quanto mais buscamos emergir de nossa realidade, mas encontramos momentos, paradoxos, que nos levam a uma vida, egoísta, depressiva, de isolamento.

A velocidade com que o mundo evolui e a sensação de que o futuro já é passado, somados a um sentimento de pós-modernidade, afastam o homem de si e das pessoas ao seu redor.

O conflito por não compreender a vida que construiu, começa a desconectar-se do mundo, a tal ponto que as pessoas começam a sumir, gradativamente, de suas retinas.

A importância de cada um, de fato não é vista, ou talvez a nossa retina seja seletiva, ao ponto de enxergar somente aquilo que de fato nos importe.

Você consegue mensurar,todas as pessoas que passam por nossas vidas?, sem que percebamos, ou mesmo aquelas que um dia fizeram parte num ciclo da vida?, mas que foram se tornando invisíveis com o deslocar do tempo?, não, pois muitos foram os encontros e desencontros de nossa vida.

Muitas foram as idas e vindas, que já estiveram em nossa vida, e talvez o melhor sentimento do mundo moderno, seja esse tipo de cegueira coletiva.

Leandro Vidile
Enviado por Leandro Vidile em 10/11/2015
Reeditado em 10/11/2015
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