O RETORNO DA LICENÇA MATERNIDADE

A mãe gestante, após dar à luz uma menina e passar seis meses em estreita relação com ela, vê-se no dilema de ter que deixá-la: é hora de voltar ao trabalho.

Essa mãe vai sendo envolvida por uma desconfortante tristeza. Pensa, repensa: “será que não seria melhor que eu pedisse uma licença sem remuneração, para ficar mais tempo com a minha filhinha? Coitada, ela vai sentir a minha falta e eu mais ainda, sentirei a falta dela. Não! Por mais doloroso que essa separação possa ser para nós duas, eu tenho que ter coragem e retornar ao trabalho no tempo programado. Afinal, mais cedo ou mais tarde essa separação terá que ocorrer e é melhor que seja logo. Contudo, embora sejam longas as horas que passarei longe da minha tão querida filhinha, ao cair da tarde eu já estarei de volta e aí seremos duplamente recompensadas”.

E assim se fez! Com os olhos rasos d`água, o coração apertado e com uma quase angústia, mãe e filha se separaram.

O dia se arrastava, várias ligações foram dadas para casa, outras tantas recebidas e isso a ajudou a suportar o necessário, porém indesejado, afastamento temporário.

É hora de retornar para casa e no caminho o pensamento era um só: chegar, lavar as mãos, afagar calorosamente a sua filhinha e eternizar aquela noite, até que o dia as separe novamente.

Rafael Arcângelo
Enviado por Rafael Arcângelo em 04/01/2016
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