ORELHÃO

Ali jaz, um orelhão

lado a lado com a primavera

toda cheia de vida, florida

na esquina do milênio com a década

já foi banhado de risos e lagrimas

... Regradas de grande emoção.

Rodeado de flores, muitas flores!

Aquele orelhão...

Já teve pequenas e grandes orelhas

ouvindo sim, ouvindo não...

Timbre aguçado a ouvir, promessas,

bochichos e juras de coração.

Hoje ele é apenas uma peça de museu

ao tempo... Ele que um dia,

moldado pelas mãos, já foi moderno

hoje... Abandonado pelos olhares do

povo, parece invisível ao novo.

Aquele orelhão ali, ao vento e ao tempo,

hoje serve apenas, para desprezo dos

modernos sentimentos.

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 12/10/2016
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