A MARIPOSA

A mariposa da noite vagava pela escuridão.

Perambulava todas as noites com seu corpo

desprovido de roupas.

Em suas vestes curtas de cores vibrantes...

A mariposa seguia com seus adereços

reluzentes... Chamando atenção...

Em suas orelhas, braços, dedos, tornozelos, pescoço e claro, para o seu corpo.

Lá pelas calçadas a onde adquiriu a sua fama

Ela saia deslizando com seu gingado de...

Lado a lado. Ela não via, ou se via não prestava

atenção, mas o tempo lhes escorria pelos

becos do seu viver. Enquanto isso...

As rugas em seu rosto maquiado lhes pareciam como se estivessem tentando faze-la entender.

As pinturas lhes escondiam as preocupações;

E a recordação mantinha segura diante da

esperança e do vazio os quais ela não conseguia

fazer desaparecer. Uma noite ela saiu pelas ruas

Iluminadas da ilusão, contava estrelas e a prata

da lua reluzia em seu coração, Andava que andava e não encontrava nada para aquecer

o seu coração, esse se encontrava interno

sobre frio da solidão. A mariposa da noite...

Diante da questão de que nada tinha, mas

que de tudo precisava, formulou um plano...

Iria cortar as suas asas, corta-las antes

que a juventude se dissipasse e ela fosse

vencida pelo tempo,e os sonhos se acabassem,

e que a vida não pudesse mais lhes oferecer

tanto amar. Foi nesse dia que, a mariposa...

Parou de voar.

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 12/10/2016
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