Chuva salgada
Uma lágrima escorreu através de seu rosto e despencou pela janela. Alguém lá embaixo achou que fosse chuva e se protegeu.
Seu passado estava guardado, intacto, dentro de uma mala e estava chegando a hora de abrir.
Os lugares a sua volta não eram mais os mesmos, os amigos eram outros; os velhos se distanciavam, mas ela temia o novo.
Como dizer adeus a tudo, assim, tão de repente? – pensava ela enquanto olhava as pessoas pela janela. Será que alguém tinha um “problema” tão grave como o seu?
Por que justo ela tinha que sofrer por amor, mais uma vez? Será que não tinha aprendido a lição?
Se autopunia com pensamentos que a torturavam diariamente e não conseguia mais parar; estava viciada em se odiar.