Fortalezas, não monumentos

Somos os mesmos que erguemos muros e nos escondemos por trás deles.

Ainda assim, não estamos guardados.

Nossos valiosos tesouros não habitam por entre muralhas. O que revela isso?

Nossas aparentes fortalezas escondidas, não o monumento. Nos sonhos, tenho a habilidade de atravessar paredes. O curioso é que no início elas sempre aparentam ser mais duras e intransponíveis. Mas sempre são vencidas. A metáfora acordada, é verossímil. A imponente parede confunde-se com a paisagem da vida. Nem sempre lisa com argamassa, nem sempre colorida com latex. Interessante é que as vezes mesmo bruta, ela tem seu encanto. Porque até mesmo as paredes ou as vidas, são possuidoras de algo singular. As nossas fortalezas, não os monumentos.

Rita Vilas Boas