FELICIDADE

Do seu cabelo emergia uma trança que serpenteava pela formosura do seu rosto. Era bonita! De facto! 17 anos... Flor da adolescência. Erupção de desejos, gostos, experimentos, tentativas e erros... Construção da identidade. Aprendizagem!

Mariana deixou-se envolver nas teias de Fonseca. Bom de lábia!- Por ela dou a vida!- Dizia. Mariana acreditou! Entregou-se às juras de amor de Fonseca. Às vezes o amor desconhece a razão!

Um dia, Fonseca partiu e não mais voltou... Mariana estava grávida. A trança murchou! Pelo rosto... lágrimas. A solidariedade veio de Filomena, amiga e companheira de todas as horas. Era o lenço que precisava naquele momento! – Força amiga! Estamos juntas!

A família nunca se afastou... Pilar indispensável! Mariana reagiu. Entregou-se às consultas de rotina. Redescobriu-se para a vida... Com ela... uma vida... duas vidas! Nada de resignação... Era a redenção!

O tempo passou. Felizardo nasceu. Forte e saudável. Mariana sorriu. – Juntos seremos felizes. Felizardo sorriu. Intuição de criança... Conforto. Protecção. Segurança. O acto irreflectido de Fonseca... passado! Mariana amadureceu. A vida não pode parar!

E a vida abriu caminhos de oportunidades na vida de Mariana. Na vida de Felizardo. Nova relação. Nova?... Não! Uma relação!... Partilha. Colaboração. Compromisso. Amizade. Cumplicidade... Felicidade. Josué era a chave da felicidade!

Da relação com Josué, dois irmãos para Felizardo. Odete e Flávio. Mariana retomou os estudos. Especializou-se em Hotelaria e Turismo. Empresária de sucesso. Filomena, companheira de todas as horas... conselheira e relações pública da empresa.

Uma amizade nunca morre!

Felizardo fez advocacia e trabalhava no escritório de Josué, um advogado de eleição... Uma dupla muito requisitada. Odete deixou-se seduzir pelas novas tecnologias e Flávio optou pelo professorado. A trança de Mariana voltou a serpentear pela formosura do seu rosto. Viçosa! Continuava bonita. Uma superação de vida. Fonseca surripiou alguns produtos na empresa onde funcionava. Caiu nas barras da justiça. Quem para defendê-lo? ... Felizardo! E conquistou a prisão domiciliária... Um caso de sucesso. E de amor ao próximo!

António MBridge
Enviado por António MBridge em 24/08/2017
Código do texto: T6093768
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