Um sonho, nada mais

Se um dia qualquer eu viesse a despertar e,

Em seguida, lembrar-me que sonhei com algo,

Que me fez imensamente feliz, ao menos por uma noite.

Dos sonhos de todos os brasileiros,

Que nascem, vivem e morrem nesse país,

Sem jamais terem tido o prazer de poder dizer

Que fazem parte de um povo, que se orgulha da gente que tem.

Um país que educa seus filhos,

Um país que cuida da saúde de sua gente,

Um país de homens e mulheres de cabeça erguida,

Um país de governo sério e comprometido

Com as necessidades fundamentais da cidadania.

Um país com planejamento de longo prazo,

Com programa de estado a ser cumprido,

Como metas estabelecidas e perseguidas,

Visando, no futuro, a dignidade da pátria.

Um país em que mulheres e homens,

Cada um dentro de seus ideais e competências,

Façam sempre o melhor de si,

Com altruísmo e em prol do bem comum.

O sonho que tive é possível. Não é utópico. Depende de nós.

Mas, principalmente, daqueles que recebem o nosso voto

E que são pagos por todos nós.

Eles devem compor a elite, não a egoísta, imediatista,

A corporativista, a exclusivista, a superior.

Mas a elite formada por aqueles que detêm o poder,

Outorgado pela esperança, sempre renovada, de um povo sofrido

E que responda aos anseios de toda uma nação.

Basta deixarem de lado o rancor político, a luta do poder

Pelo poder, pelo dinheiro, os interesses de grupos, os

"Caminhos" fáceis e enganadores, os favores inconfessáveis,

A pequenez das atitudes, a praga do clientelismo.

Assim também outras "autoridades", mantidas e custeadas

Pelo povo, nas esferas do legislativo e do judiciário.

Os brasileiros do Brasil, especialmente os mais lúcidos,

Deveriam pensar melhor nas suas responsabilidades

E exercer seu papel com dignidade, caráter, honestidade,

Ética, transparência, inteligência, humildade e consciência.

A História ficaria eternamente agradecida.