DESCUBRA POR QUE A SOFIA ESTÁ CRESCENDO
(Hull de La Fuente)
Primeiro de janeiro, 08h30min da manhã, pé ante pé, Paula e o marido Leandro, entram no quarto das filhas. É o aniversário de uma delas.
Sofia está completando quatro anos. Na caminha ao lado, sua irmã Luisa,dorme como um gatinho sonolento.
Sofia pressente a chegada dos pais e acorda meio amuada.
Paula ensaia cantarolar baixinho, “parabéns pra você”.
Sofia esfrega os olhos com as costas da mão e senta-se na cama.
_“Eu não quero festa! Eu só quero a torta de morangos com a velinha! E olhe, eu já tive torta de chocolate no aniversário do ano passado!” – adverte a menina de cabelos cacheados, interrompendo a serenata dos pais.
Está bem, meu amor, mas é muito cedo pra comer torta de morango! – diz a mãe, intrigada com a lembrança da pequena.
Paula e o marido se entreolham e perguntaram ao mesmo tempo:
_ Como você sabe que no ano passado sua torta foi de chocolate?
_Ora! Foi minha avó que falou! Foi ela quem fez a torta!
Desfeita a curiosidade com relação à torta, Paula pensou nas primeiras palavras da filha ao acordar: “Não quero festa!”.
Sofia revelou sua aversão à festa de aniversário no segundo ano de vida. Naquela ocasião toda a parentela foi convidada, mas na hora de cantar parabéns ela se recusou porque teria que interromper sua música predileta. Até hoje eu não sei o nome da cantiga de roda, mas lembro-me que havia um verso que dizia assim:
“Alecrim, alecrim dourado,
Que nasceu no campo
Sem ser semeado...
Foi o meu amor que me disse sim
Que é flor do campo
Não é alecrim...”
Sofia só parou de chorar quando pararam de cantar parabéns. O Alecrim Dourado voltou a tocar e Sofia a dançar, balançando a longa saia do vestido branco.
Minha querida Sofia, é uma menininha muito especial e surpreende-nos sempre com suas tiradas.
Há alguns meses atrás, fui visitá-la em companhia da minha querida sobrinha Claudia Valeria. Na despedida ela nos acompanhou até o carro da Claudia, que a abraçando disse: Sofia, você é muito linda!
Para nossa surpresa a pequena respondeu no ato: “E você é muito feia!”
Rimos muito da situação e a Claudia, como psicóloga que é, com o rostinho doce de Betty Boop, cumprimentou-a pelo precoce conhecimento de antônimos.
Um dia desses, telefonei pra sua casa e foi ela quem atendeu. Enquanto falava com ela, ouvi a voz da pequena Luisa tentando balbuciar alguma coisa, então lhe perguntei:
_Sofia, o que a Luisa está dizendo?
_Não sei, “Tiêi”!
“Tiêi” é como me chamam os sobrinhos, acredito que deva ser tia Hull e tomara que seja! Em seguida ela acrescentou:
_ A Luisa fala como pingüim, eu não sei o que ela diz.
_Onde você ouviu pingüim falando? – perguntei curiosa.
_Foi na TV, pingüim fala tudo enrolado, ele fala inglês...
_E por que você acha que o pingüim fala inglês?
_Ora! Porque ele mora longe, pingüim não é daqui.
Está certa, Sofia! Quem não é daqui fala inglês... Pingüim é estrangeiro (risos). Esta é minha sobrinha-neta.
Feliz Aniversário minha querida! A tiêi ama você!
Brasília, 1º de janeiro de 2007
Sofia está completando quatro anos. Na caminha ao lado, sua irmã Luisa,dorme como um gatinho sonolento.
Sofia pressente a chegada dos pais e acorda meio amuada.
Paula ensaia cantarolar baixinho, “parabéns pra você”.
Sofia esfrega os olhos com as costas da mão e senta-se na cama.
_“Eu não quero festa! Eu só quero a torta de morangos com a velinha! E olhe, eu já tive torta de chocolate no aniversário do ano passado!” – adverte a menina de cabelos cacheados, interrompendo a serenata dos pais.
Está bem, meu amor, mas é muito cedo pra comer torta de morango! – diz a mãe, intrigada com a lembrança da pequena.
Paula e o marido se entreolham e perguntaram ao mesmo tempo:
_ Como você sabe que no ano passado sua torta foi de chocolate?
_Ora! Foi minha avó que falou! Foi ela quem fez a torta!
Desfeita a curiosidade com relação à torta, Paula pensou nas primeiras palavras da filha ao acordar: “Não quero festa!”.
Sofia revelou sua aversão à festa de aniversário no segundo ano de vida. Naquela ocasião toda a parentela foi convidada, mas na hora de cantar parabéns ela se recusou porque teria que interromper sua música predileta. Até hoje eu não sei o nome da cantiga de roda, mas lembro-me que havia um verso que dizia assim:
“Alecrim, alecrim dourado,
Que nasceu no campo
Sem ser semeado...
Foi o meu amor que me disse sim
Que é flor do campo
Não é alecrim...”
Sofia só parou de chorar quando pararam de cantar parabéns. O Alecrim Dourado voltou a tocar e Sofia a dançar, balançando a longa saia do vestido branco.
Minha querida Sofia, é uma menininha muito especial e surpreende-nos sempre com suas tiradas.
Há alguns meses atrás, fui visitá-la em companhia da minha querida sobrinha Claudia Valeria. Na despedida ela nos acompanhou até o carro da Claudia, que a abraçando disse: Sofia, você é muito linda!
Para nossa surpresa a pequena respondeu no ato: “E você é muito feia!”
Rimos muito da situação e a Claudia, como psicóloga que é, com o rostinho doce de Betty Boop, cumprimentou-a pelo precoce conhecimento de antônimos.
Um dia desses, telefonei pra sua casa e foi ela quem atendeu. Enquanto falava com ela, ouvi a voz da pequena Luisa tentando balbuciar alguma coisa, então lhe perguntei:
_Sofia, o que a Luisa está dizendo?
_Não sei, “Tiêi”!
“Tiêi” é como me chamam os sobrinhos, acredito que deva ser tia Hull e tomara que seja! Em seguida ela acrescentou:
_ A Luisa fala como pingüim, eu não sei o que ela diz.
_Onde você ouviu pingüim falando? – perguntei curiosa.
_Foi na TV, pingüim fala tudo enrolado, ele fala inglês...
_E por que você acha que o pingüim fala inglês?
_Ora! Porque ele mora longe, pingüim não é daqui.
Está certa, Sofia! Quem não é daqui fala inglês... Pingüim é estrangeiro (risos). Esta é minha sobrinha-neta.
Feliz Aniversário minha querida! A tiêi ama você!
Brasília, 1º de janeiro de 2007