Escudo.
E ela derrubou o escudo de metal aos seus pés, com um enorme estrondo. Caiu de joelhos, a espada lentamente escorregando das suas mãos. Estava exausta. A batalha durava meses e sua roupa de guerra parecia muito mais pesada naquele momento. Ela não agüentava mais.
Grossas lágrimas escorriam pelos seus olhos. Ela, ainda de olhos fechados, não suportava a idéia de finalmente ver tudo o que seu escudo protegia. Não queria arriscar-se a enfrentar uma verdade que ela não conhecia. E então ela se perdeu nas horas.
Foi quando o céu chorou, misturando-se com as lágrimas que escorriam pelo seu rosto, que ela percebeu que não podia viver assim. O risco fazia parte da sua vida. E ela então abriu os olhos.
Suas mãos tremiam quando ela apoiou-se para levantar. E ela finalmente sentiu a relva verde sob seus pés. Suas pernas cambalearam. E sentiu a água gelada que escorria pelas suas costas. E ela olhou em volta e percebeu que nunca tinha visto uma paisagem tão bonita. Do alto da colina, ela via pequenas crianças brincando na aldeia lá embaixo. Sorriu. Viu as flores coloridas embaixo das árvores e percebeu toda a beleza que seus olhos renunciaram. Fechou os olhos novamente. Ela sentia agora. Estava viva novamente.