Me dava muito amor

Foi hoje pela manhã, eu e Cristina conversamos muito sentados naquelas

Cadeiras que tem ali na espera na justiça do trabalho, e depois que fomos

Atendidos nós caminhamos pela avenida presidente Antonio Carlos até ao

Edifício garagem, e quando eu olhei para o seu rostinho lindo, ela estava

Com os olhos mergulhados em lágrimas.

Eu fui levar um processo para dar entrada na justiça do trabalho, no centro

Do Rio de janeiro, e estava

Sentado ali esperando dar a minha hora, peguei meu caderno de rascunho e

Comecei a escrever, em um determinado momento, eu virei e vi que ao meu

Lado estava uma jovem senhora curiosa;

Parecia se interessar pelo que eu fazia; eu olhei e ela me disse:- estou vendo

Que gosta de escrever! Eu respondi:- é verdade, eu gosto; especialmente

Quando encontro alguém que me conta uma boa história. Ela disse:- É mas a

Minha é uma história triste; tudo bem, pode ser triste, nem por isso deixaria

De ser uma boa história quem sabe? Eu disse.

Realmente a história dela não era de fazer rir, mas eu achei boa para se

Escrever; Ela me disse que seu nome era Cristina

Contou que morava em Copacabana, e tudo começou um dia de sol no mês

De dezembro de dois mil

E cinco; ela disse que estava na

Praia quando encontrou um rapaz muito bonito, com desenvoltura no falar e

Depois De conhecê-lo melhor, ela achou ele uma pessoa excelente; E era

Sim seu nome era ( Eduard )

Ele disse que veio do espírito santo. A história dele era triste ele contou que

Não tinha mãe, que já era falecida; e que seu pai era muito bem de

Situação, e também faleceu; a pouco tempo; disse que os seus irmãos eram

Três e ele o mais novo portanto, eram quatro irmãos; os

Três irmãos começaram a brigar por causa dos bens que o pai deixou; e ele

Para sair do meio da confusão, que já estava sobrando para ele. E ele era

Uma pessoa que não gosta de aborrecimentos; ele preferia perder de que ter

De brigar ou prejudicar alguém.

E com aquela conversa, ele foi tomando conta do meu coração disse ela

Depois da minha vida, e com tempo de tudo que eu tinha; abrimos conta

Conjunta no Banco, e como eu sempre fui muito ocupada, fizemos uma

Procuração Para ele cuidar de parte dos meus negócios; Muito competente,

Cuidadoso, as coisas

Iam muitíssimo bem; melhor que antes; o que mais eu podia querer, se alem

Disso me dava muito amor! Em dois mil e sete, ele precisou que eu ssinasse

Uma papelada alguns em branco, que ele disse não ter tido tempo para

Preencher mas eu não queria nem saber, ele para mim era tudo uns dias

Depois, ele apareceu com uma carta, dizendo que era do seu irmão

Mais velho, pedindo que ele comparecesse para assinar uns papeis, que os

Outros irmãos tinham resolvido fazer a coisa certa; a partilha dos bens, e

Que era uma boa quantia, valia a pena ele dispor de um tempo para ir.

Antes de viajar ele disse que ia ter uma oportunidade de melhorar o

Negócio. Que ele ia trazer umas pessoas na empresa, para cuidar das

Modificações, que ele pretendia investir o dinheiro dele todo ali. eu

Concordei, ele só fazia coisas para melhorar, ai ele marcou a ida do pessoal

Lá na empresa, justo em um dia que eu havia marcado médico; Ele ainda

Disse: - vou adiar essa visita, por que nesse dia você precisa estar aqui para

Dar a palavra final.

Eu confiava cegamente nele, e falei que o que ele resolvesse estava

Resolvido; quando eu cheguei estava um advogado com os papeis para eu

Assinar, e me falou a senhora sabe das mudanças que haverão aqui, e está

De acordo? Eu respondi claro! E peguei no queixo do meu amado e beijei-o

Ai o Advogado mandou que eu assinasse.

Ele viajou e três dias depois, veio um senhor e me falou:- a senhora vai ter

Que entregar as chaves, que nós vamos fechar para reforma; ai eu perguntei

Reformar? È senhora nós pretendemos ampliar o negócio, os novos donos,

Pretendem dar uma cara nova para isto aqui; eu fui ao escritório do

Advogado, e perguntei o senhor foi o advogado que acompanhou as

Negociações o senhor pode me explicar, ele disse: - é se a senhora vendeu,

Os novos donos terão o direito de fazer o que bem entenderem. não mais eu

Não vendi, a senhora se lembra que eu a alertei para as mudanças? É

Verdade o senhor sabia;

A minha história é esta; Eu confiei demais e perdi tudo que eu tinha; Hoje

Pago Aluguel, não moro mais em Copacabana, não sou mais patroa sou

Empregada, em fim tudo mudou na minha vida; Ele nunca mais voltou.

jômuniz
Enviado por jômuniz em 26/11/2007
Código do texto: T754053
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