Morada do Matuto

 

Onde moro me sinto feliz

Em contato com a natureza,

Respiro o ar puro da mata

Do riacho ouço a correnteza.

 

Em minha casinha de barro

Eu ouço o barulho do vento,

Confesso que as vezes me assusto

Mas não mudo o meu pensamento.

 

O lampião no batente

Nas noites ilumina a pisada,

Já me assustei muitas vezes

Com a jaracuçu enrolada.

 

A coruja na cumeeira da casa

Piando parece assustada,

É o gavião que voa rasante

Ela teme sua unha afiada.

 

Ouço o urutau lá no tronco

O seu canto parece um lamento,

Mas eu afasto a tristeza que ronda

Mudo logo o meu pensamento.

 

Aqui não me sinto sozinho

O bom Deus estende sua mão,

O anjo da guarda me guia

Na hora da precisão.

João Luis de Oliveira
Enviado por João Luis de Oliveira em 04/03/2023
Reeditado em 04/03/2023
Código do texto: T7732555
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