Aos invasores, ao desespero

Há algum tempo que interromperam-me as escritas. Pude reconhecer.

Foram invasores em forma de desespero tomando posse de vacinas que não pude conter em possuir

Viajaram campos e lagos até encontrarem-me perto da realização

De forma grotesca e exagerada puderam me matar pelas mãos e dedos

Da inveja e desmerecimento

De pensamentos e devoção

Mas fizeram com isso tudo uma forma aquosa de enxergar plenamente algo

Esse tão em tão pouco que me deixou avistar uma novo começo

Início de vida e fim de uma época em morte

Foram invasores em forma de desespero tomando posse de vacinas que não pude conter em possuir

Que me fizeram acordar pra vivência em êxito e num broto novo

De forma límpida e sob medida me devolveram a vida

Da morte para a escrita

Do amor e total merecimento

Mas tiveram com má intenção um bom resultado

Esse resto de vida que me fez, sim, viver uma vida plena

Foram invasores em forma de despero que me deslumbraram com o fim da morte em sua época para a vida em primavera existencial. Completa.

Aos invasores, ao desespero: aniquilaram meu esmaecimento.

Além da escrita, agora em vida, propuseram-me sem fim um instante de glória e inconsciência.

Insano sou pois achei no meio de ti, meus invasores, a porta para a entrada de outro começo

um de amor total e merecimento

Mas tiveram com má intenção um bom resultado

Esse resto de vida que me fez, sim, viver uma vida plena.

Heloisa Rech
Enviado por Heloisa Rech em 13/12/2007
Código do texto: T776615
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