"Dificuldade x probabilidade".

Para se ler com toda a atenção... - se esclarece, um conto escrito na primeira pessoa, nem sempre se refere a quem o escreve. Esta é uma artimanha de um autor... =- ademais... - uma advertência:... - No texto aparecerão as alocuções [o, no Terra], e, [a Sol]. Não obstante, apesar da vigência da convenção [terra solo - letra minúscula e Terra planeta letra maiúscula], como ser pensante, faço um plágio de René Decartes ao tomar, ainda que por empréstimo, a sua frase:... - [Cogito ergo sum... - penso logo existo, cuja versão eu prefiro... - penso logo sou]. Para tanto, desafia-se a cumprir a convenção na sentença:... - [Terra preta é boa para o plantio de mandioca.] Por outro lado, se não me refiro [o Alpha Centauri, o Sirius, os Três Marias, mas, a Alpha Centauri, a Sirius, as Três Marias, crê-se que o correto ser-nos-á dizer... - a Sol.].

Ao iniciar este conto, pretendo, dispensando a companhia da Simone, e, do João, e, da Raquel, e, da Dalva, e, da Helena, e, da Fátima, e, da Helen, adentrar ao metrô da eternidade conduzido por ninguém mais, ninguém menos do que [Deus], no terminal de embarque, e, desembarque de [Arujá] às 10h e 25m do dia [29] de janeiro do corrente [2008], e, depois de viajar em sentido contrário aos ponteiros do relógio que badala em meu pulso através das [12.384,2666] Unidades Astronômicas - UA's, apear na Jerussalém do interstício messiânico.

De fato, junto-me aos quase oito mil cidadãos, e, assentando-me ao sopé do Monte das Oliveiras no [2º] dia do mês de Sivã do ano [3822], no contexto judaico, [17] de maio do anno domini [32], ser eu preferir, no contexto juliano, de Julius Caesar, e, assim, ouço o célebre [Sermão da Montanha], o da ordenação dos apóstolos de Jesus Bar Ioseph que, como se sabe, adentra à historicidade humana eternizado como [IeSHuaH], do hebraico, e, [Cristós], do grego.

Retenho os ensinamentos contidos nas bem-aventuranças, dos dois caminhos, do julgamento, da lei, contudo me atenho à [Oração do Pai Nosso] que amoldo à minha pessoa e à minha própriaa e efêmera vida...

Digo... - [Pai meu, que está no céu, santificado seja o teu nome, venha a eu o teu reino, seja feita a tua vontade assim no Terra como no céu, o pão meu de cada dia me dá hoje, perdoa as minhas dívidas, assim como eu pordôo aos meus devedores, não me deixe cair em tentação, mas livra-me do mal, amém.].

Entrementes, filho de Adão (humanidade), conhecendo a sua morada, submisso à sua vontade, tanto no Terra quanto no céu, almejando ganhar o pão de cada dia, solitando o seu perdão, e, prometendo perdoar ao semelhante, ainda que não reuna as condições necessárias para o cumprimento dessa promessa, desejando o livramento do mal, sigo a luz que ilumina as margens do caminho, e, assim, tento entender a incógnita [Dificuldade x probabilidades.].

Diz um ditame popular:... - [Querer é poder!].

Verdade? Não! Do contrário; onde fica a volitiva de Divina?

Solvo do cálice da dificuldade...

Para um ser humano, o cálice adocicado da facilidade, para outro o cálice amargo da dificuldade... - verdade é...

Órfão de mãe as nove, três irmãos, a caçula acometidada de Poliomelite, aos quinze assuma-se o sustento da família, aos dezenove sirva-se ao exército onde almeja-se seguir carreira, mas, o grau de instrução não oferece condição, aos vinte e três conclua-se o ginásio, aos vinte e sete, o clássico, e, aí comece toda a trajetória de dificuldades em um país onde a [desigualdade social] deixa de figurar no slogan da incógnita para se configurar no folder de uma realidade... - o resultado...

O Curso de Ciências Contábeis da Faculdade de Ciências Administrativas Morais Junior é interrompido, mais tarde, o Bacharelado em Teologia da Faculdade Latino Americana de Teologia integral tem o mesmo destino e, aí, se configura o argumento título, [dificuldade x probabilidade]; utopia ou realidade?

Não se senta à cadeira da saleta para a discussão, para aqui, neste momento, sepultar a volição divina no mais crasso universo de nosso entendimento, porém o que se trás à luz são as probabilidades, e, em paralelo, as dificuldades enfrentadas pelo personagem deste conto, o [Zé Tomate], que, ao longo de sua existência efêmera, insólita, transitória, amarga, a vida inteira, até a morte, enfrenta o disparate de conviver com as probabilidades de atingir o sonho da [graduação em medicina], alijada perante o leque de todas as intempéries, que, sobremaneira, o levam a tentativa da Cátedra das Ciências Contábeis e, algum tempo depois, da Teologia, e, que, na condição de auto-didata o leva a conseguir, inclusive, a comunicação em treze idiomas.

Uma coisa [que coisa, coisa não é nada], uma eventualidade o faz admitir:... - Dizem que a Sol [estrela] nasce para todos, mas, não é verdade! Onde está a Sol durante todo o interstício da existência do personagem que, simplesmente, não ilumina o seu caminho, e, assim, o faz caminhar pelas trevas da incerteza, viver na obscuridade das letras dos Diplomas, ainda que tenha morrido nas lucernas da sabedoria da auto-didática... - auto-didática para que vale?

Não se sabe!

Portanto, fica aqui o lamento do [Zé Tomate] no que tange a [dificuldade x probabilidade] que, no seu caso, ainda que tenha tido contato com elementos, empresas, alguém que pudesse aproveitar o seu talento, o escarneceram sob a pecha de [Ruy Barboza, Enciclopédia, esses alternativos], e, tanto mais, e, assim... - A vida é um eterno caminhar, sem amor, sem Deus, sem paz, onde os [Zés Tomates] passam, infelizmente, despercebidos, ou, simplesmente, são ignorados na existência efêmera... - é isto!

YOSEPH YOMSHYSHY
Enviado por YOSEPH YOMSHYSHY em 29/01/2008
Reeditado em 29/01/2008
Código do texto: T837555
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.