A esperar...

Ela despediu-se de seu amado

que partiu num navio mercante

com a promessa de que voltaria

pros seus braços quando

a viagem acabasse.

Horas, dias, meses se passaram

Tardes sem fim a esperar

E ele não retornava.

Ela sempre à espera de seu bem

confiando na promessa do retorno.

Foi ficando tristonha e cabisbaixa,

alvo fácil de risos e maldades.

Abatendo-se em sua tristeza,

nublando seu olhar esperançoso

em lágrimas vertidas a vontade.

Assim envelheceu...

Não mais se via o riso,

o brilho em seu olhar.

Sómente, mágoa, dor e agonia.

E assim findou-se para ela

sua interminável espera.

Quedou-se ao desânimo,

abatida, deixou de lutar.

Olhando pro mar se foi

suspirando por seu amor

que nunca mais voltou!

Denise Flor® - 21.3.08