Distinto cavalheiro caminhava distraído quando avistou a igreja.Não era muito de rezas,mas,o aparato católico o encantava.Gostava dos cânticos,do luxo dos altares,do odor dos séculos,que se respirava nas igrejas.E,estava preocupado,precisava de um lugar calmo,para pensar e,nada como a paz de um templo vazio,para ordenar pensamentos.Pois o cavalheiro tinha perdido o seu guarda-chuva de estimação e não sabia onde o deixara.Não era um guarda-chuva qualquer,desses "made in Korea",que os camelôs vendem por aí.Era um belo modelo austriaco,pertencera a seu avô,o cabo era trabalhado á maneira rococó,em prata.Tão absorto estava nos seus pensamentos que nem reparou que a missa começara.Sair agora,ficava esquisito,para um senhor entrado em anos.Ficou e observou.O padre desfiava os dez mandamentos e o cavalheiro pensava no guarda-chuva."-onde,raios,devo ter deixado!
O padre já andava pelo sétimo mandamento,e,nada dele se lembrar."Cabeça de merda,pensava."Veio o oitavo mandamento."Ah,vou desistir!pensou êle."E começou a prestar atenção no padre;que já estava no nono mandamento:-"não cobiçar a mulher do próximo."
O cavalheiro deu um pulo na cadeira e bateu na testa."-Que lorpa que sou.Já sei onde deixei o guarda-chuva.!"
Miriam de Sales Oliveira
Enviado por Miriam de Sales Oliveira em 05/05/2008
Código do texto: T975876
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