Pensamentos distantes

Ela estava sentada dentro da casa, com os olhos fixos em algum ponto da sala. Estava tão longe que nem ouvia o som da chuva que caia lá. Seu pensamento estava numa bela donzela.

Os dias passavam sem que ela sentisse, nem rápido e nem veloz, simplesmente porque neste mundo já não mais estava. Pulsava o desejo em seu peito e apenas isto lhe fazia sentir viva. O desejo de olhar naqueles belos olhos, te tocar aquela graciosa face, de sentir o aroma da pele, a textura do corpo.

Estava criando, neste exato momento, a imagem de sua amada repousando sob os lençóis, como uma primaveril virgem.

Ela estava embevecida de amor, tonta de paixão. Ah, amava loucamente e sem limites. Amava com a alma em febre!

Tinha a garganta sufocada por querer gritar ao mundo do seu sentimento. Queria, a menina, subir aos céus como um balão. Rasgar-se,expor-se,despir-se...Criar um caos,uma desordem,uma confusão.

Oh... Sabia ela que era só uma loucura da paixão.

Sentiu a angustia da distancia pesar-lhe. O medo passar como uma brisa diante de si.

Nada mais a garota podia fazer, estava fisgada,encantada e apaixonada...só podia agora,rezar para não ferir-se.

Suas mãos estavam paradas sobre o sofá e naquele instante desejou ter outras mãos para tocar.

A chuva lá fora parou, a moça despertou do devaneio e suspirou.

Daria tudo para ter quem amava perto de si.

05/07/08

Borboleta aprendiz
Enviado por Borboleta aprendiz em 06/07/2008
Código do texto: T1067524
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