UM CENTAURO NA AMAZÔNIA
(Hull de La Fuente)
Cap. VI
desde que não nos provoquem. E você, o que faz aqui sozinho? Onde estão os seus semelhantes?
– Minha aldeia e minha gente, se tiverem sobrevivido ao ataque dos homens ruins, estão a um dia de caminhada daqui. Eu e meus pais viemos em busca das ervas da iniciação. Agora eles estão dentro desta gruta, onde os sepultei. Os garimpeiros os mataram ontem à tarde. Só posso deixá-los após três dias. É quando o espírito de cada um deles desperta. Eles vão me dizer o que devo fazer, para proteger nossa gente. – o índio suspirou fundo e acrescentou – É triste a história do rei da sua gente, mas ele deu origem a sua nação, não é?
_De certa forma. Você permite que eu veja onde seus pais estão? Talvez eu possa ajudar e você não precisará esperar três dias.
_Devo pedir permissão ao meu rixi. Espere um pouco.
Kalibe fechou os olhos e apelou ao espírito protetor, a onça Yuí. A cara da onça foi se agigantando em sua mente e ele entendeu que podia confiar no estranho homem-cavalo. O jovem pegou o arco e as flechas e fez sinal pra Kirone, que o acompanhou ao interior da gruta.
O barulho das patas do centauro, ressoava na caverna. Por um instante o índio pensou em voltar atrás. Os espíritos nem sempre gostam de barulho. O centauro percebeu a preocupação do rapaz, e como num passe de mágica o barulho sumiu. Após andarem alguns minutos, o índio parou e apontando pra parede da gruta disse:
_É aqui! Eles estão aqui.
Kirone deu alguns passos para trás e levantou a mão direita na direção do lugar. Um espelho surgiu na parede. As imagens de Yatobi e Wauaré apareceram sorrindo dentro do espelho. Kalibe estava acostumado a ver e falar com espíritos de pessoas, de animais e até de vegetais, mas agora, ao ver os pais, suas pernas tremeram e ele caiu de joelhos, chorando. A voz de Yatobi, sua valente mãe fez-se ouvir, como um eco na caverna:
_Não chore, valente guerreiro! Na sua vida não há lugar para lágrimas. Eu e seu pai estamos bem.
Continua...
~~~**~~~
Aviso aos leitores:
>> Claraluna ainda encontra-se em repouso absoluto,
por conta da cirurgia que fez ontem, na vista.
Com a grandeza de seu coração, confiou-me a sua
Senha - de acesso ao Recanto das Letras - para
que eu pudesse dar continuidade à publicação do
maravilhoso Conto "Um Cantauro na Amazônia".
Por enquanto ela ficará fora da Internet, a conselho
de seu médico. Pede desculpas a todos, por sua
ausência, pelos próximos dias. Manda beijos a
todos os seus amigos Recantistas.
~~~** Milla Pereira **~~~
(Hull de La Fuente)
Cap. VI
desde que não nos provoquem. E você, o que faz aqui sozinho? Onde estão os seus semelhantes?
– Minha aldeia e minha gente, se tiverem sobrevivido ao ataque dos homens ruins, estão a um dia de caminhada daqui. Eu e meus pais viemos em busca das ervas da iniciação. Agora eles estão dentro desta gruta, onde os sepultei. Os garimpeiros os mataram ontem à tarde. Só posso deixá-los após três dias. É quando o espírito de cada um deles desperta. Eles vão me dizer o que devo fazer, para proteger nossa gente. – o índio suspirou fundo e acrescentou – É triste a história do rei da sua gente, mas ele deu origem a sua nação, não é?
_De certa forma. Você permite que eu veja onde seus pais estão? Talvez eu possa ajudar e você não precisará esperar três dias.
_Devo pedir permissão ao meu rixi. Espere um pouco.
Kalibe fechou os olhos e apelou ao espírito protetor, a onça Yuí. A cara da onça foi se agigantando em sua mente e ele entendeu que podia confiar no estranho homem-cavalo. O jovem pegou o arco e as flechas e fez sinal pra Kirone, que o acompanhou ao interior da gruta.
O barulho das patas do centauro, ressoava na caverna. Por um instante o índio pensou em voltar atrás. Os espíritos nem sempre gostam de barulho. O centauro percebeu a preocupação do rapaz, e como num passe de mágica o barulho sumiu. Após andarem alguns minutos, o índio parou e apontando pra parede da gruta disse:
_É aqui! Eles estão aqui.
Kirone deu alguns passos para trás e levantou a mão direita na direção do lugar. Um espelho surgiu na parede. As imagens de Yatobi e Wauaré apareceram sorrindo dentro do espelho. Kalibe estava acostumado a ver e falar com espíritos de pessoas, de animais e até de vegetais, mas agora, ao ver os pais, suas pernas tremeram e ele caiu de joelhos, chorando. A voz de Yatobi, sua valente mãe fez-se ouvir, como um eco na caverna:
_Não chore, valente guerreiro! Na sua vida não há lugar para lágrimas. Eu e seu pai estamos bem.
Continua...
~~~**~~~
Aviso aos leitores:
>> Claraluna ainda encontra-se em repouso absoluto,
por conta da cirurgia que fez ontem, na vista.
Com a grandeza de seu coração, confiou-me a sua
Senha - de acesso ao Recanto das Letras - para
que eu pudesse dar continuidade à publicação do
maravilhoso Conto "Um Cantauro na Amazônia".
Por enquanto ela ficará fora da Internet, a conselho
de seu médico. Pede desculpas a todos, por sua
ausência, pelos próximos dias. Manda beijos a
todos os seus amigos Recantistas.
~~~** Milla Pereira **~~~