A Cigana, a Menina e o Vidral
 
         Ao longo da estrada em que a Cigana Cassandra insistia em prosseguir, na companhia dos sentimentos, ela continuava com o punhal que ainda encravado no seu peito, já fazia parte de sua vida.
         Depois que cair dos céus, quando resolveu alçar vôo com o Anjo Andarilho do qual julgava ser o dono sempre de seu coração. Ela fez dos seus erros o lugar melhor para viver, acreditando que não foi engana, mas que se deixou levar pela leviandade do amor, que não nasceu para ela.
         No seu caminhar, ao se recostar no acostamento, observou ao longe uma Menina que vinha ao longe carregando uma grande mala e um vidral com cuidado. Resolveu esperar, pois a energia que sentia lhe era bem familiar.
         Já chegando perto a Menina, a olhou tomando posse de sua energia. A menina lhe sorriu, pois há tempos elas não se viam.
         - Pensei que tinhas morrido... – Disse a menina.
         - Apenas me desprendi dela, ela precisava viver – Cassandra suspirava.
         Com um vidral a menina entregou a Cassandra. Era uma rosa vermelha em que ela foi destinada a cuidar para seu aperfeiçoamento e crescimento.       
         - Cuide bem dela, menina! – Cassandra entregou o vidral e partiu em direção contraria.
         - Eu cuidarei, só não sei como... – a menina falava em tons de tristeza.
         - Cultive apenas os sentimentos bons, que a rosa sobreviverá... – disse Cassandra lhe dando adeus e seguindo ao longe.
 
         O quase reencontro com suas dores, fez Cassandra a Cigana entender que não se deve olhar mais para trás... seguir em frente não é fácil, mas não impossível.
Samara Lopes
Enviado por Samara Lopes em 13/09/2008
Código do texto: T1176109
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