A AMANTE DO OUTRO MUNDO
Ernesto José, taxista, 28 anos, já algum tempo, seu casamento não estava bem e, devido as divergências com a mulher, acabou arrumando um caso extraconjugal. Foi numa sexta-feira, no bar do Chicão, ele conheceu seu caso, Elvira, mulata alta, linda, com andar elegante, que por onde passava seu perfume aspirado era.
Há tempo, ele perguntava a Elvira onde morava, ela recusava a dar seu endereço, o mesmo chegava, muitas vezes a oferecer carona, mas a mulata recusava, invocado o taxista indagava o porque da sua amada não lhe dar endereço, dentre seus pensamentos; seria ela casada? Tem outro caso?
Numa quinta, o taxista liga para Elvira e marca encontro, os dois num lindo salão foram dançar, logo após, a um motel foram, onde tiveram uma tarde muito caliente, o relógio tocou, eram onze horas, a mulata pede a Ernesto para deixa-la de fronte ao bar do Chicão.
Desta vez , seu namorado, insistiu em deixa-la em casa e, não tinha desculpa, pois tarde era e perigoso para uma moça sozinha andar na rua, diante da insistência, Elvira, acabou aceitando e, o taxista comemorava, enfim ia conhecer a casa de sua amada.
Ao entrarem no carro, passaram pelo bar do Chicão, entraram num beco e, pararam em frente ao cemitério, algo estranho aconteceu, o taxista ouviu um uivo sinistro e o rosto de Elvira a desfigurar começou, ela virou para o amado e disse:
_ É aqui minha morada, o portal para o outro mundo, alma penada sou, ao mundo venho somente buscar prazer carnal, maldito é aquele que minha morada descobre, vai-te, nunca mais irá me ver, volte para sua mulher, senão o levarei para o fundo das trevas em que há choro e sofrimento.
Terminando suas palavras, Elvira desaparece, Ernesto, chocado, pisa fundo no acelerador e volta para sua casa, ao chegar, corre aos braços da esposa dizendo que ama e, daquele dia em diante, será o marido que sempre ela quis ter.