ETERNIDADE DO AMOR

Naquele entardecer, a chuva resolveu dar uma trégua e o sol mais uma vez brilhava com toda intensidade. Apesar do calor, que às vezes, chega a exagero, transmite uma sensação de vitalidade e energia. Energia esta, que se assemelha ao frenesi das paixões. Toda a natureza estava deslumbrante, favorecendo uma bela tarde de amor. Os pássaros livres como o vento, voavam, e, de vez em quando pousavam de galho em galho - testemunhas singulares. As árvores balançavam suas copas, como se fosse uma suave saudação àquele casal de enamorados, que por ali, mais uma vez transitava. Em meio aquele bosque, havia um cantinho especial, só deles. E quando, priorizavam alimentarem suas almas da energia do amor, se dirigiam pra lá. Enlaçados, se beijavam quase que freneticamente. Era um desejo incontido, como se quisessem unificar seus corpos - o que já havia acontecido com suas almas. Estavam apaixonados, e, o fato de estarem juntos, embora por alguns momentos, era motivo de grande satisfação; de plena alegria. Resolveram naquele instante, esquecer do relógio. Inventaram um tempo só pra eles. Do tempo que dispusessem, fariam momentos inolvidáveis. Seriam somente os dois, na grandiosidade do universo. Inquietos, se abraçavam, olhavam-se nos olhos, sorriam felizes, juravam amor eterno. Sonhavam com uma vida simples, onde o amor comandasse seus dias. Mas, ainda era muito cedo. Poderiam esperar um pouquinho... Tinham muitos obstáculos a vencer. Projetos a construir. Milhas a percorrer. Diante da eternidade do amor, eram apenas dois adolescentes que acreditavam nessa força superior.

Enfim, tinham apenas uma certeza: haviam sido unidos pelo destino e estariam sempre juntos, mesmo que fosse em pensamento.

Voltaram do bosque. A chuva começou a cair... Seguiram suas rotinas. Memórias reabastecidas. Inesquecíveis! Até um novo entardecer...

Cellyme
Enviado por Cellyme em 27/06/2009
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