Finalmente o encontro marcado

Inicio de tarde, sol de mansinho, vento frio...

Depois de se falarem por “e-mail” a manhã inteira, resolveram finalmente se encontrar. Marcam um encontro próximo de onde ela está hospedada, onde a mesma ainda não conhece a cidade. Ele, cordialmente se oferece para fazerem o passeio juntos...

Os dois possuem expectativas e pensam com excitação de como será o tal encontro, pois nunca se viram.

Ela espera por ele na recepção do hotel. Quando se encontram, percebem estarem exatamente com as roupas descritas e quando se olham, riem com certa timidez. Mas, com dúvidas e ainda com um pouco de constrangimento, ainda assim, se reconhecem por inteiro finalmente e se cumprimentam com carinho.

Ele, meio em estado de êxtase, rouba-lhe o primeiro beijo. Um beijo tímido e ao mesmo tempo “caliente”, um beijo rápido na boca, na verdade, um selinho. Ela rouba-lhe o chão, pois ela lhe dá um belo sorriso meigo e encantador. Os dois saem em silencio, com leve tocar nas mãos. Riem juntos daquela situação. Ele calado, se perguntando se teria sido muita ousadia da sua parte? Ela, ainda atordoada, pensando enquanto foi bom aquele selinho e se ele também havia gostado. Ela pensa em o quanto a boca dele é macia e o quanto seu gosto é maravilhoso! Fica olhando pra ele encantada.

Ele, educadamente, abre-lhe a porta do carro. Ambos percorrem os pontos turísticos da cidade. Várias conversas e um só pensamento em todas estas visitas. Quando acontecerá o próximo beijo?

Quando param em um “píer” isolado, onde o vento está ainda mais forte e balança os cabelos dela com sensualidade. O vestido verde, moldado ao corpo, faz balançar ao vento os sentimentos e os sentidos mais apurados, a visão desta deusa não deixa o olhar dele se perder entre o ambiente, ele só tem olhos para ela. O coração bate acelerado. Que maravilha de mulher, pensa ele!

Quando ele chega perto e a beija com mais carinho, desta vez, mais demoradamente o momento sugeriria somente um beijo, mais as emoções vibram com êxtase e volúpia e os carinhos se tornam mais ousados...

Quase noite, os dois sozinhos ali, num silêncio arrasador, onde só se ouve as respirações ofegantes, sentem as mãos trêmulas, as bocas ávidas pelos gostos apurados um do outro.

Eles se abraçam com mais intimidade e percebem o quanto os desejos crescem e se multiplicam.

Ele, ansiosamente encosta o sexo latejante e duro. Ela geme e percebe sua masculinidade com fulgor, dá um gostoso e feminino gemido, e o abraça com mais vontade de tê-lo mais perto. Ambos se tornam um só e o beijo os envolve com corpo e alma com a certeza que este encontro se torne cada vez mais intenso.

Ele sussurra em seu ouvido com prazer, desejando-lhe ardentemente em sua cama. Ela, inteiramente entregue, se aconchega mais em seus braços, e chama o seu nome em palavras desconexas e voz rouca.

Beijos no pescoço e na nuca, e um vento frio os desperta para a realidade com o início de uma fina chuva a molhar suas peles quentes de desejo.

Eles correm de mãos dadas até o carro, entram rápido e com os corações ainda pulsando de emoção. Olham-se com desejo profundo, e acontece mais um beijo, profundo e abrasador, suave e carente, molhado e sedutor...

Palavras carinhosas, gemidos, sussurros, beijos e lambidas, mãos atrevidas, fontes de prazer...

Lá fora a chuva caindo devagar, sem pressa...

Aos poetas, poetisas e amantes do verbo AMAR

Manaus/Brasília - 25.01.2010 às 17:35