Mais um conto de fadas

Mary, nossa protagonista de hoje, orientadora de um asilo, estava sentada ao lado da cama de uma senhora de idade avançada, ao observa-la, notava intensa tristeza, muito sofrimento, no corpo os sofrimentos às vezes eram solucionados porque ainda os remédios amenizavam as dores, mas os sofrimentos da alma eram aterradores, nossa Mary observava aquela criatura tão sofrida, tentava quase que em vão acalma-la com alguns afagos, mas não podia deixar de lembrar que aquela criatura fazia parte de sua história.

Mary, começa a fazer retrospectiva de sua vida: aos 6 anos já podia sentir o que é um abandono no lar pelo teu pai, na realidade aquele pai não tinha saído de casa, mas era até pior, porque ele ignorava tudo naquele lar, esposa e ela, a filha, até que tua mãe em pouco tempo morre, o pai em tempo mais relâmpago ainda se ajunta com aquela que já mantinha relações, por sinal ganha mais duas filhas, Mary ganha uma madrasta, e duas irmãs mais ou menos de sua idade, sua vida revira mais ainda para bem pior, a menina completamente enjeitada, com 7 anos suas tarefas em casa ultrapassava os limites recomendados até mesmo como se ela já fosse uma adolescente, as surras, castigos, infligidos com a desculpas para disciplina-la, a madrasta cada vez mais destilava na pobre Mary dolorosas torturas, a menina sofria e lamentava não haver ninguém para protege-la. (mas como é necessário mostrar aqui, neste conto para muitos apenas de fantasia, puro misticismo ou mesmo os incríveis mistérios que a vida nos revela!...)

Um dia a menina Mary enclausurada no sótão de sua casa, num castigo severo, a pão e água, por causa de uma briga com uma das “irmãs” , como sempre ela sempre era a culpada, ela já aproximava de seus 8 anos!

Naquela prisão, aquela menina começava a ter momentos de pensamentos negativos, uma pitada de ódio queria se formar naquela mente infantil, mas aquela menina ainda tinha alguns lapsos de memória de quando sua mãe verdadeira era viva, soube incutir-lhe noções de bondade, como nunca pagar com o próprio mal, porque assim nossa vida poderá ser cada vez mais infeliz, e sem percebermos espalharmos infelicidades aos outros também, a mãe verdadeira de Mary, soube assim protege-la do mal até mesmo na sua vida adulta como veremos a seguir e uma mensagem renovadora a todos seres humanos que vivem e partilham este incrível mistério de viver!...

Mary, sozinha naquele lugar, soluços incontroláveis sacudiam teu pequeno corpo, falava na esperança de sua falecida mãezinha escutasse:

--- Então, mãezinha, eu estou nesta tristeza imensa quando você vivia aqui neste mundo quando estava muito triste me contavas belas histórias de fadas, a bela e bondosa senhora que sempre protegia a menina igual a mim e a todos os infelizes que eram maltratados pelas pessoas muito más, agora o que eu faço?

Incrível mas de repente uma luz, aquele local triste e escuro se ilumina, uma felicidade completamente diferente inunda aquele ambiente, Mary, abismada vê diante de si aquela belíssima e jovem senhora, exatamente igual àquela que estava nas histórias de sua mãe, tua beleza era indescritível, dava pra perceber uma beleza intensa desde o interior daquela visão. Mary pergunta quase que extasiada:

--- Quem é a sra, uma fada?

--- Uma fada, mãezinha, tudo eu posso ser pra você neste momento ou até todos os tempos de tua vida!

--- Me diz, senhora, é verdade que eu tenho que ser boa, não desejar mal a ninguém, mesmo quem até mesmo me bate?

--- Sim, querida, sempre amar a todos, oferecer a outra face!

--- Ser bondosa eu entendi, mas oferecer o que?

--- Acalme minha filha, isto você entenderá quando fores adulta. Não preocupe você será protegida daqui pra frente, o bem sempre a protegerá!

A vida de Mary foi diferente mesmo, sentia como se seu corpo estivesse envolto num escudo poderoso, vivia falando das aparições da bela e bondosa fada, era constantemente vítima de deboche por causa de seus relatos, principalmente pela terrível madrasta, a vida da menina Mary, parecia mesmo mais leve e prazerosa, apesar das constantes perseguições por todos naquela sua casa, e num piscar de olhos ela já estava no esplendor de sua mocidade, as aparições? Elas apareciam muito nos sonhos.

Ela agora completamente independente, na faculdade com outros estudantes tinha onde estabelecer, na república, deixa passivamente sua casa para a madrasta com suas filhas, tinha condições de viver independente com seus afazeres, trabalhava na área de assistência social, dava pra se manter por não possuir muitas ambições.

Nos seus momentos de reflexão analisava como a bondade no ser humano pode faze-lo um verdadeiro arauto da Paz, por conseguinte, espalhando esperança por este mundo a fora, entendia muito aquela frase da fada: “oferecer a outra face” como é importante as pessoas não revidarem, lembrava sempre dos seus momentos duros, mas quantos gratificantes, que maravilha amar incondicionalmente as pessoas, os outros seres vivos, sentir a maravilha de viver, mesmo quando caminhamos pelos caminhos pedregosos e espinhosos, encontramos sempre belezas inimagináveis, meu Deus! exclamava ela como é verdade que o teu maior mandamento ser o amor! como eu me sentiria a criatura mais infeliz se eu quisesse vingar o mal que recebi, justo no período de minha infância.

Então como estava dizendo no início deste texto, Mary era orientadora de um asilo, sua capacidade, seu dom altruístico possibilitaram que ela tivesse esta missão, agora ela estava ao lado daquela sra. que sofria numa cama, repetindo o que já foi dito, as dores do corpo os remédios às vezes aliviavam, mas o que a maltratava mais era a dor da alma, que a fazia imensamente infeliz.

Esta senhora que amargava constantemente uma infelicidade incontida, era a madrasta da nossa bondosa Mary, que a socorreu quando esta velhinha estava completamente abandonada num cômodo imundo que tinham a deixado ali, pois a sua casa ou melhor a casa que por direito era de Mary, as filhas tinham conseguido vender e a madrasta já velha não tinha visto a cor do dinheiro, depois abandonada sem ter ao menos o que comer!

Mary, todos os dias a consolava, não cansava de perdoa-la porque ela lembrava do mal que tinha lhe feito no passado e pedia o perdão a toda hora, com lágrimas nos olhos dizia:

--- Lembras, Mary, quando dizias que sua maior felicidade era quando a fada te aparecia?

--- Sim, eu me lembro! mas porque a sra. me pergunta sobre isto que eu via nos tempos de minha infância?

--- É porque minha bondosa, Mary, minha maior felicidade nestes meus derradeiros momentos aqui, é quando você está bem perto de mim, acredito agora em fadas!... Que muitas delas como você apareça pra muitas crianças ou qualquer pessoas muito infelizes, ocasionados por pessoas tão más como eu fui um dia!

E a madrasta que um dia foi uma verdadeira cruel bruxa para a menina Mary, naquele instante falece em teus braços, não morreu consumida pela tristeza por causa da tua maldade no passado, mas sim morreu feliz por causa da bondade de uma verdadeira Fada!...