Mirabela- o amargo sabor do destino - continuação -

E Fabricia finalmente consegue chegar a casa de detenção onde dois dos comparsas da quadrilha de Mirabela estavam detidos. Depois de revistada por uma policial, esta a acompanha até um dos homens que a aguardava ansioso, pois, não sabia de quem se tratava. Mas temendo ser alguém secretamente a mando de D.Vaggio, este permaneceu aguardando em silencio, sem demonstrar nenhum sinal de surpresa.

Ao ver Fabricia, o homem se surpreende, porém mantém-se discreto. Enquanto que, ela piscava e fazia gestos para que este mantivesse a discrição. E quando finalmente encontram-se a sós, ela, falando muito baixinho se apresenta:

- Oi! sou Fabricia, amiga de Mirabela.

O homem assusta-se de relance, pois esperava ouvir o nome de D.Vaggio.

- Amiga de Mirabela? e daí?

Olhando para os lados com todo o cuidado para não ser ouvida, ela procura lhe dizer a que veio:

- Eu posso tirar você daqui.

- Como assim?

- Muito simples! você me ajuda e eu te ajudo.

- Escuta aqui, dona! eu não te conheço. E se é amiga daquela vacilona, não tem como me ajudar. Ela nunca devia ter bobeado e está tão ferrada quanto eu. Ela não pode limpar nem a barra dela, ainda se fôsse D.Vaggio...

O homem de codinome Sacatraca chega ao ponto em que Fabricia queria. E esta, procura ludibriá-lo passivamente com seus argumentos.

- Veja bem! eu poderia ajudá-lo se me dissésse como posso chegar até o homem drácula.

- Até quem?

- Digo, este tal D.Vaggio. Gostaria muito de conhecê-lo.

Com um ar de desconfiança, o homem fita-lhe os olhos em dúvida.

- Isso é impossivel!

- Como, impossivel? sou a única pessoa que pode chegar até ele sem deixar pistas. Afinal, ninguém me conhece.

Passando a mão suavemente no queixo, e com um ar pensativo, o homem volta-se para ela:

- Escuta garota! qual é a tua?

Fabricia levanta-se irritada e por um momento se descontrola.

- Escuta aqui, digo eu! A ferrada aqui não sou eu, e sim você. Você tem muito mais a ganhar, me dizendo onde posso encontrar este tal D.vaggio, do que a perder. Afinal, do que você tem medo? você não vai ficar pior do que já está. Isso eu posso lhe garantir. E quer saber mais? se não quer me dizer nada, pior para você. Adeus!

Rendendo-se aos argumentos de Fabricia, o homem pensa por um instante e chega a conclusão de que ela está certa. Afinal, D.Vaggio não está nem aí para ele. Sabia que poderia até apodrecer naquela cadeia fétida, que ele não moveria uma palha para ajudá-lo. E ele faria isso se quisesse, usando dos seus mais sujos métodos, mas faria. Se fôsse do interesse de D.Vaggio, mas ele não se incomodaria de tirá-lo dalí, não ele, Sacatraca, que para o grande e perigoso D.Vaggio, não representava nada. E depois, o próprio D.Vaggio queria distancia da policia.

Sacatraca pensa que, mesmo que Fabricia representasse algum perigo, isso não seria de sua conta. Se tivessem que encontrar D.Vaggio em seu esconderijo secreto que o encontrassem. Mas, ele porém é esperto e vendo tanto interesse de Fabricia neste assunto, procura se aproveitar da situação e chama-lhe:

- Espere!!

Ela volta-se para ele, aproximando-se. E lentamente, encostando os lábios em seus ouvidos, o homem cochicha:

- Domingo, na visita íntima esteja aqui. E você terá este endereço.

Ela ainda hesita, dando pequenos passos. Depois volta-se decidida:

- Está bem! domingo estarei de volta.

greice
Enviado por greice em 08/12/2010
Código do texto: T2660610