O PALHAÇO

O circo começa, o palhaço…lá vai entrar em cena

Vai tentar fazer rir. A expectativa é enorme!

Está toda a gente em alvoroço

Principalmente as crianças, que não param quietas nos seus lugares

O palhaço porém, está triste…

Mas tem que fazer o seu papel, tem que ganhar a vida

Fazer rir…é a sua função

Mas…nem sempre é fácil!

Para quem está com vontade de chorar

Triste ironia esta, a vida de um palhaço…

A ele, pobre palhaço, não tem ninguém que o alegre, que o faça rir

Mas o seu coração…é enorme!

Por isso, delicia a petizada com as suas brincadeiras

É o delírio…!

Então como consolo. Recebe os risos e aplausos das crianças…

Que eufóricas, pedem freneticamente. Mais uma! Mais uma!

E o palhaço…com uma lágrima ao canto do olho

Faz a vontade aos petizes, com mais uma brincadeira

Recebendo assim, mais uma estrondosa salva de palmas!

Retirando-se de seguida, para o camarim, onde se afogou em lágrimas

Pois minutos antes, de iniciar o espectáculo, tinha recebido a notícia,

A triste notícia! Da morte, de um ente querido

Triste vida…de um palhaço.

Mário Margaride
Enviado por Mário Margaride em 24/11/2006
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