O sonho
O sonho
Na noite de 28 de dezembro, deitei cedo, aparentava cansaço, o sono não tardou, adormeci e transportei-me, para um lugar desconhecido. Uma estrada de chão de terra, barro vermelho, ao longe se avista uma habitação, quase casebre de madeira, sem pintura, uma típica casa do interior humilde: não conhecia os que nela moravam, ao entrar fui bem recebida, na casa muitos jovens, rapazes de idades variadas, a mãe deles me conhecia, recebeu-me com um beijo caloroso no rosto.
Ofereceram almoço as minhas meninas; Da mesa avistava-se a ampla janela, a frente uma densa mata, de visível apenas um estreito caminho.
Na distração das conversas, que agora eram mais próximas pude reconhecer o meu Tio, desencarnado apenas há alguns dias, sua alegria era espontânea, ao seu lado o seu grande amigo e dedicado médico Dr: Ribamar, os dois falavam línguas que somente para eles haviam entendimento, brincavam iguais meninos, um se vestia de índio, o outro brincava com uma espingarda na mão, saiam rindo em direção a mata.
O comentário da esposa do médico me trouxe a realidade; “_ Minha filha quando esses dois se encontram e ganham a mata, só à noite que retornam”.
No meu entendimento, percebi que a amizade de ambos vem de outras vidas, que o médico continua a cuidar do amigo, isso mesmo após morte.