O QUINO DE OURO

Prefácio

Dor era tudo o que sentia, não imaginava que um ser humano poderia suportar tanta dor. Como chegara nessa situação humilhante? Agora nem mais a humilhação o incomodava, somente a dor que sentia. Não ligava se estava nu ou não, se estava no chão ou de pé, nem se estava babando, ou se contorcendo. A dor ofuscava todos os seus pensamentos, um único sentimento tão intenso que ele não sabia mais nem onde encontrava se.

Sentiu o chão áspero e quente em seu rosto, o sol entrava pela pequena janela de madeira, aquecendo-o, um par de botas de couro surrado, foi à primeira coisa que viu, uma voz, áspera, forte, disse:

- você, disse há muito tempo atrás para mim, que queria saber os segredos do mundo, e o que foi que eu disse:

Uma lembrança tomou conta de sua mente um homem... Com o rosto derretido, como plástico quente...

-...Que o senhor poderia me contar alguns e me ensinar a desvendar outros.

- e não foi o que fiz? Até agora eu te ensinei com paciência e mostrei a ti coisas que os outros nem imaginam em sonho, a ti dei poder, abri a sua mente e mostrei a força, e o que me dá em troca? O que?

O homem pisou no rosto do outro e apertou seus ossos contra o chão de pedra irregular, um gemido de dor.

- meu senhor, ele era apenas um verme inútil apenas um verme - quanto mais ele repetia mais o seu rosto era pressionado contra as pedras, ouviu os seus ossos estralarem, a última coisa que ouviu foi:

- você tem muita sorte de eu ser um homem tão misericordioso, muita sorte.

Capitulo 01

A descoberta.

Um menino, magrelo de dez anos queimado pelo sol, olhos verdes, cabelos cacheados castanhos, corria descalço pela rua de pedra entre casas de madeiras, na sua maioria de dois pisos. Voltava da venda onde sua mãe Madalena o tinha mandado comprar vinho para o seu pai doente.

Como a maioria das pessoas que moravam no triângulo Madalena era comerciante, trabalhava para Fuffis, Fuffis uma loja de roupa infantil, seu pai conduzia charretes, fazia a rota Vuntur, (que era onde moravam) Renzo, trazendo e levando todo tipo de coisas, mas ele pegou a peste.

O menino entrou com a garrafa de vinho, era uma casa pequena de três Cômodos a cozinha –sala onde havia um venho fogão de lenha, uma pia cinco cadeiras de madeira, sem estofamento, uma mesa, para quatro, de vidro, o seu quarto tinha uma cama e uma caixa com revistas em quadrinhos e alguns livros, ele adorava ler, em seguida havia o quarto de seus pais.

O menino entrou no quarto de seus pais e olhou para o seu pai pálido deitado na cama, com os olhos cheios de lágrimas, olhos opacos, estava magro muito magro.

- meu filho trouxe o meu vinho.

O menino mostrou a garrafa esverdeada.

- traga aqui para mais perto de seu pai, sabe isso é uma das poucas coisas que me dão algum prazer, e assim eu posso esquecer por alguns minutos da dor que sinto.- deu um longo gole e depois uma expressão de alívio tomou conta de seu rosto, como um homem que se perde no deserto e passa muito tempo sem água, subitamente encontra um oásis. Ele dá um segundo gole, no entanto se engasga e cospe topo o líquido em cima de suas cobertas brancas, continua a tossir e os seus olhos antes negros opacos, ficam brancos, sua boca começa de se retorcer.

- Pai, pai, o que foi??? – grita desesperadamente o menino.

- Eloi! Meu Deus sai daqui meu filho, saí!!

O menino saiu correndo em direção da cozinho onde sentou em um canto, e agarrou os joelhos com força, pedindo para que seu pai não morresse, para que ele continuasse a contar as maravilhosas histórias de suas viagens e outras que ele ouvia de outros viajantes, como ele amava aquilo. Ele não podia morrer, não da peste dos viajantes.

O povo chamava peste dos viajantes qualquer doença desconhecida que eles contraiam, por passar grande parte do tempo expostos ao desconhecido, era comum serem infectados com pestes ainda estranhas para o triângulo, e com pouquíssimas exceções o fim quase sempre era trágico e o filho de Eloi sabia disso.

Madalena saiu do quarto, com um leve sorriso em seus finos lábios rosados.

- ele está dormindo, está bem...Não foi desta vez.

O menino com os olhos inundados levantou a cabeça e com a voz rala, perguntou?

- mãe por que ele, por que o papai?

- meu menino, as coisas apenas acontecem, e muitas delas não sabemos o por que e nem o quando vão acontecer apenas acontecem. A vida é assim.

Naquele fim de tarde o menino saiu para brincar de pipa com os seus amigos. Não importava a altura que ela voasse e tampouco a velocidade, pois ele sabia que estava com os pés presos nesta terra e as limitações eram claras, ele era um total inútil, e o pior é que não era só ele mas sim todos ao seu redor, não podiam fazer nada além de esperar e esperar para que nada de ruim acontecesse, mas cedo ou tarde sempre acontece aí só resta sofrer e olhar, sem poder fazer absolutamente nada. Todos se conformavam com isso, tinha que ter algo que ele pudesse fazer para ajudar o seu pai, tinha que ter algo.

A pipa voava acima dos telhados manchados das casas de madeira sem pintura, voava e dançava com o vento, até uma rajada mais forte arrebentar o barbante. Agora a pipa vermelha cortava os céus não mais dançando mais sim em uma linha reta sempre para cima até ser só um pontinho negro e em fim desaparecer.

- droga! Exclama o menino. Desapontado, pega o caminho mais longo para casa, o caminho pelo centro da cidade.

Em uma esquina ele vê uma multidão parada, vai até ela e empurrando, uns, ouvindo alguns palavrões, chega á frente. Vê um homem de cabelos longos chegavam à altura dos joelhos, eram cinzas com manchas de azul claro, era como se pedaços do céu tinham caído em sua cabeça, de altura mediana, rosto redondo, com grandes olhos negros, suas roupas eram cinzas velhas com rasgos, usava uma capa pesada, azul clara da cor das mechas, estava parado com as mãos na testa de uma mulher careca, e com uma enorme cicatriz no olho esquerdo, lhe faltava um braço.

- Dom dado a mim, ajude esta mulher, faça- a ter uma vida mais digna, lhe devolva o que lhe falta.- disse o homem de cabelos azuis.

Lentamente os cabelos começaram de crescer, eram pretos ralos, mas eram cabelos onde antes não tinha nada. O menino se assustou, aquilo era incrível, era como em uma das histórias que seu pai contava, aquele homem era mágico. Para o maior espanto de todos, em seguida a mulher gritou e se jogou no chão, segurando o ombro onde não havia braço, e de lá começou a nascer um braço, pequeno como se fosse de criança, foi ficando maior e mais forte, até ficar do tamanho de um braço adulto. A mulher levantou e começou a beijar os pés do homem, este disse:

- não, sou digno de tanto agradecimento, como você era considerada uma aberração de certa maneira eu também sou. Agora vá e seja feliz. Aproveite, pois a sua vida é curta e deve ser bem aproveitada.

A mulher saiu correndo chorando e berrando algo incompreensível.

“Aquele homem é um mágico santo e pode ajudar a curar meu pai”. Pensou o menino.

Bom o show de aberrações acabou, agora vou embora.

- Não espere, senhor, por favor.

- desculpe menino, mas não tenho doces e não levo órfãos comigo.

- não senhor, eu tenho uma pergunta, o senhor cura qualquer doença, mesmo aquelas que não tem cura?

- toda doença tem cura meu jovem é só uma questão de acertar o frasco.

- ajude meu pai, ele está com a peste.

- desculpe menino, mas eu disse que o espetáculo de horrores acabou e a aberração mor vai embora.

-mas eu pago, faço qualquer coisa que o senhor me pedir, mas ajude o meu pai, não morramos longe daqui.

- escute aqui- o homem parou de ajeitar a sua carroça e olhou nos olhos do menino, com um ar de compreensão e tristeza- não posso ajudar a todos- colocou a mão no ombro do menino.

- mas senhor não é todos, só é meu pai.

- e o pai do Enrike da rua Inês e tantos outros pais que existem precisando a minha ajuda e tantos outros..mas eu só sou uma pessoa...velha e cansada..

- você pode ajudar e vai deixar ele morrer? Com a voz falhando ele completou -é meu pai eu o amo.

- sim eu sei que você o ama, mas vocês são mortais devem aceitar certos fatos, como a morte. Sim, ele vai morrer, assim como sua mãe e você e seus filhos, é esse o destino final de vocês.

-eu não aceito isso, você pode ajudar, mas mesmo assim vira as costas e vai embora.

- como eu disse-subiu na carroça e olhou para o menino-não posso ajudar a todo mundo, mas se você soubesse como ajudar, você poderia ajudar a quem ama, mas nunca irá conseguir ajudar a todos. Balançou as rédeas e pronunciou algo em uma estranha língua, os cavalos dispararam e o homem partiu.

O menino ficou ali parado, queria gritar não conseguia, não se moveu só chorou, e sentindo-se mais uma vez inútil e sentiu ódio muito ódio daquele velho, que podia ter ajudado seu pai, ele iria pagar não muito mais iria, por que não ajudou por que?

Naquela noite, Madalena o acordou, seu pai tinha morrido.

Capitulo 02

Cogumelos e cabeças quadradas.

Abriu os olhos estava em seu quarto, escuro, porém aconchegante. O corpo todo dolorido, sim lembrava bem o que tinha ocorrido na noite passada um erro seu, para seu mestre o punir com algo terrível, algo que ele odiava e temia mais que tudo, primeiro a humilhação de não poder fazer nada para se defender de ser um inútil perante a situação, e depois a dor. Um novo dia, talvez tivesse feito por merecer, não cometeria mais um erro tão estúpido.

Lavou-se colocou a roupa preta de sempre e como fazia muito frio a capa preta desbotada, saiu de seu quarto, caminhou até a sala, onde os empregados serviam o seu mestre, cujo qual ao vê-lo imediatamente lançou um olhar de desprezo.

- tenho um trabalho para você, e espero que desta vez não cometas erros, caso contrário terei que dispensá-lo e encontrar alguém que merece esse cargo.

-não irei decepcioná-lo, não desta vez, mi lorde.

- bom, então preste atenção, antes que a minha paciência termine.

O plano era complicado e arriscado para ele, mas já havia se arriscado antes, e essa com certeza não seria a última vez, porém tinha medo de perder o seu mestre, por mais cruel que fosse ainda assim lhe ensinara muitas coisas, não era mais aquele menino que ficava olhando a pipa voar, desejando voar como ela, agora ele podia, não era mais um inútil, podia fazer muitas coisas que quando criança só sonhava.

Naquele resto de tarde, ele pegou o seu cavalo e cavalgou a noite inteira, como odiava cavalgar, as nádegas doíam e quando descia do cavalo as pernas falhavam, mas era mais rápido que andar.

Chegou em um terreno baixo, parecia uma cratera, a terra toda coberta por fungos vermelhos, uns minúsculos, outros do tamanho de um punho, tirou a capa, deixou –a cair sob os fungos, do cinto puxou uma varinha apontou –á para os fungos e simultaneamente subiu em sua capa, disse em tom alto e claro:

- ratiga.

Imediatamente o término da estranha palavra os fungos começaram a liberar seus esporos vermelhos, formando uma cortina vermelha ao seu redor. Em seguida ele falou:

- Obscurium Vini.

A cortina cedeu e um novo mundo o ladeou, um lugar com fungos maiores que pessoas, árvores mortas com inúmeros galhos, secos, negros, onde pousavam várias aves de cor laranja e olhos vermelhos gritantes, elas o olhavam e seu olhar era penetrante como se pudesse vê-lo nu.

No lugar das estrelas salpicar, a noite, estavam riscos vermelhos e gotas que pareciam gotas de sangue prontas para pingar em cima de tudo.

- como eu odeio esse lugar.

- hoje é um dia especial, um dia de sangue.- falou uma criatura cuja cabeça era quadrada cor de pele, na qual se encontrava cinco olhos pareciam olhos de crocodilo, um em cada canto e um no centro, a boca, roxa, parecia mais um rasgo, se estendia de orelha a orelha, essas se localizavam em dois cantos, e era a coisa mais humana nela, no lugar do corpo havia uma névoa branca apagada, que ficava esvoaçando, e a cabeça planava cerca de trinta centímetros acima da névoa.

- eu estou só de passagem.

- passagem? Não, ninguém passa por aqui, quem vêm fica.

- pode ser, mas não eu.

Nesse momento a criatura abriu a enorme boca e mostrou um aglomerado de dentes pontudos que seria o terror de qualquer dentista, eles eram todos negros e o hálito de vômito fresco dominou o ambiente. Flutuou em direção dele.

Com a varinha em mãos apontando para a criatura, pronunciou:

- Avada Kedavra.

Sem efeito ela continuou a vir em sua direção, então ele mais uma vez, em total pânico, e com a mão trêmula, pronunciou:

- Avada Kedavra.

A criatura grava os dentes em seu braço, o sangue surge e instintivamente ele retrai o mesmo, provocando assim o rompimento de sua carne. Um pedaço do antebraço agora está em meio às dezenas de dentes da criatura, o sangue escorre pelo seu lábio roxo e transpassa o seu corpo translúcido, empurra a cabeça para trás e com um movimento rápido engole. Olha para o homem, que agora segura o braço encharcado de sangue, fala com uma voz de total satisfação:

- um bruxo, nossa faz tempo que não desfruto dessa iguaria, não é um bruxo da classe A, mas é melhor que as porcarias que eu ando comendo.

- Diga o que você quer que eu posso arrumar, sair daqui? Eu arrumo, dinheiro? Poder? O que for, mas me deixe em paz.

- o que for? Eu quero um almoço muito melhor do que os que eu tive nos últimos dez anos, e veja só! Hoje no dia de sangue o meu desejo foi atendido, sabia que esse dia iria me trazer sorte.

Com o braço quase decepado, e com os feitiços sem efeito sobre aquela coisa, fez a única ação que poderia fazer, correr, correu o mais rápido que podia, mas era em vão, pois como ela flutuava já podia ter o alcançado só não o vez, por que parecia estar se divertindo com a situação, caçar o seu almoço, parecia gostar muito disso.

Porém ele precisava correr só até chegar no grande cogumelo preto, maior que um homem e com um grande chapéu, era somente pegar nele e recitar o feitiço, para sair no mundo que desejava.

Suas pernas estavam falhando sentia-se fraco, com frio, avistou o grande cogumelo preto, estava alguns passos quando ouviu a voz da criatura:

- meu pequenino bruxinho, não tenha vergonha de não ser da categoria A, vou de devorar como se você, começando pelos pés até chegar em sua cabeça, não tema pequeno sou o seu amigo...- em seguida risos, risos tão frios capazes de gelar até mesmo fogo em brasa.

A alguns metros, com um esforço fenomenal se jogou e tocou as pontas dos dedos no cogumelo, sussurrou:

- Abri, porta trancada, não com chave, tampouco com cadeados, abre e deixas essa alma que ainda não te pertences passar. – uma nuvem negra fétida o envolveu.

Capítulo 3

Madalena

Depois da morte de seu marido a vida de Madalena se tornou difícil, tinha que sustentar seu filho sozinha; para a situação ficar pior a loja onde trabalha fechou e ela fora despedida, sem emprego, sem dinheiro e logo sem comida. Procurava e procurava, mas não achava nada, até em prostíbulo pediu emprego, mas ela não tinha os requisitos necessários, como a dona disse:

- você não é mais uma moça, e veja essa barriga, os homens vêm aqui para terem fantasias com mulheres que não lembram suas esposas, mas você não tem só cara, mas corpo de esposa, parideira.

Sedo assim ela aceitou o único emprego que estava a sua disposição, viajante. A rota era maior que a de seu falecido esposo, faria Renzo Gemolév, iria levar pedras de calcário, retornaria com tapeçarias. O pagamento era razoável, mas os risco de uma viajem tão longa eram enormes, povos inimigos habitavam os arredores da estrada e muitas criaturas vagavam por ali. Mas ala não tinha escolha, a viagem duraria semanas e faria parte de uma caravana de trinta carroças, pois viajar assim era bem mais seguro.

Não tinha ninguém para deixar o seu filho então tomou uma decisão que para uma mãe é algo muito difícil, levar o seu menino com ela, ou colocá-lo para adoção. Madalena mulher forte, já suportara muitas tragédias em sua vida, podia aceitar todo o mal se esse caísse sobre ela, mas não suportaria perder as duas coisas que dão sentido á sua vida, uma já tiraram dela, mas ainda tinha o seu menino e dele não se separaria, assim tomou a única decisão que poderia ter tomado.

Em uma manhã de agosto partiram. Um destino pré-traçado do qual ela não pode fugir, todos os caminhos a empurravam para essa viajem. Seu maior temor não era que ela contraísse a peste dos viajantes, mas sim o seu filho. Com o coração batendo tão forte como se fosse rasgar o seu peito, tomou as rédeas que antes eram de seu marido, e falou as palavras que ele com certeza já pronunciara milhares de vezes:

- vamos, vamos.

Seu filho sentado ao seu lado, quieto, Madalena sabia que ele estava preocupado, pois sempre ficava quieto quando se preocupava. Ela tão assustada quanto ele ou por saber os perigos que os esperam mais, falou:

- tudo bem Pixes vai dar tudo certo.

- mãe, tenho medo que a peste nos pegue.

- tudo vai dar certo ficaremos bem.

Depois de oito dias cavalgando o medo inicial desaparecera, agora se divertiam com coisas novas que viam, e se entediavam com a mesma monótona paisagem por horas a fio. Pixes fizera amizade com Kilber um homem com cerca de trinta anos, porte atlético já experiente nessas viagens, contava histórias para ele como seu pai fazia, contou muitas coisas sobre Gemolév, como o povo de lá vivia para sempre e não pegava peste alguma, e sobre o túnel do qual saia monstros e levava pessoas para outros mundos. Pixes ficara muito ansioso para chegar a Gemolév, sempre falava para a sua mãe:

- quanto chegar lá eu irei descobrir o segredo daquele povo, e o passarei para todo mundo, para que mais ninguém tenha que perder alguém que ame, e todos posam viver, sem pestes, para sempre.

Sua mãe respondia:

- bem Pixes, creio que deva ter cuidado e não ser visto, dizem jurados não gostam de xeretas.

-não sou xereta, apenas quero saber.

Passarem pelo primeiro posto centauriano e pagaram a quantia requerida em barras de ouro, seguiram sem incidentes até terem se afastado cerca de um dia dos centaurianos.

Pararam para dormir aos pés da cordilheira do aviso, antes do último posto centauriano, era noite de lua cheia, a pequena lua brilhava, estavam todos (menos os vigias) sentados ao redor da fogueira animados com a viagem sem grandes problemas.

- mãe, estamos seguros aqui? - perguntou Pixes.

Madalena dirigiu o olhar para Kilber que respondeu:

- estamos no meio de dois postos centauriano, não gosto deles, mas nunca nos aconteceu nada aqui, se você paga eles fazem uma certa segurança.

-também não gosto deles.

- então temos algo em comum.- falou Kilber sorrindo, o sorriso foi retribuído por Pìxes, e por Madalena.

Pixes foi deitar em baixo de uma carroça, em meio a cobertores de algodão, e travesseiros de penas de gansos, os mais caros e mais confortáveis que haviam, seus pais nunca tiveram muito dinheiro, mas sempre davam o melhor que podiam para o seu único filho, deste o desaparecimento de seu irmão, ainda bebê.

- ele é um bom menino.- disse Kilber, olhando nos olhos de Madalena.

- é sim um bom menino, meio calado demais, gosta mais de ouvir do que de falar.

- ele gosta muito de historias, isso é bom, pois quando ouvimos os erros dos outros aprendemos.

-é. Dizem que quando fazemos isso por que gostamos aprendemos, e se nos obrigam a ouvir tampamos os ouvidos e fechamos os olhos.

- sinto por seu marido, deve ser difícil, assumir o posto dele.

- é, às vezes acho que vou explodir e outras vezes eu quero explodir, mas lembro de Pixes, e ganho forças novamente para continuar.

Um zumbido, pedras rolando, acordaram Pixes. Ele se levantou abriu os olhos, esfregou-os com os dedos, e olhou em volta, a metade dos viajantes estavam dormindo, porém sua mãe estava sentada conversando com Kilber. Pixes ficou parado olhando os dois, sua mãe sorriu, e pixes pensou que agora o tempo ruim se fora, talvez tudo voltaria a ter um pouco de paz novamente.

- ÀHHH, peguem o que conseguirem e matem todos que ficarem no caminho.- gritou um centauriano, a parte cavalo era preta e seus longos cabelos negros cheios de nós caiam por sobre seus lombos. Estava com uma espada em punho, olhando para as carroças;falou novamente:

- andem seus cavalos sem ferraduras, nosso tempo está se esgotando.

O pânico era geral, homens e mulheres fugindo, os que tentavam lutar eram rapidamente derrotados, mortos se necessário com golpes de espadas em suas gargantas. Até aqueles que corriam para se esconder eram alvejados pelas flechas.

Píxes estava parado imóvel, nunca tinha visto nada parecido, já ouvira histórias mas ver, estar lá, são coisas bem diferentes, estava paralisado, o medo o pavor, não o deixavam se mover e tampouco pensar coisa alguma só olhava.

Um centauriano com espada em punho galopava em direção a ele, o qual assistia tudo sem ser capaz de fazer qualquer coisa. Sua mãe o viu se aproximando e instintivamente correu em direção de seu filho o abraçando levantando- o do chão com a finalidade de retirá-lo dali antes que o centauriano o alcançasse. Quando a mulher ainda tentava levantá-lo sentiu algo ardendo em suas costas, e depois não mais sentiu as suas pernas caiu no chão, junto com a criança.

Pixes viu um corte profundo nas costas de sua mãe que estava inconsciente, deitada ali ao seu lado, o centauriano saltou por cima deles, foi em direção à carroça.

Kilber o pegou e o colocou na carroça. Píxes não chorava e nem resistiu quanto Kilber o deixou na carroça, ele apenas ficou lá. Era demais para uma criança.

Aos dez anos já não tinha seus pais, estava sozinho no mundo, teve conhecimento disto quando, Kilber entrou na carroça agora em movimento. Pixes balançava conforme o cavalgar dos cavalos, parecia um objeto inanimado.

- sinto muito Pìxes, mas sua mãe...

-está morta eu sei.

Kilber sentou se ao lado dele, e com uma inspiração longa e profunda disse:

- olha Píxes...- Esse o interrompe:

- não precisa dizer nada e nem ficar com dó de mim, eu sei que essas coisas acontecem sem ter um por que e que devemos continuar a viver.

Kilber se assustou, não esperava uma atitude assim de um menino que há pouco tempo perdera o pai. Olhou com lágrimas nos olhos para Píxes e esse olhou de volta com um olhar vago sem demonstração de dor alguma.

- juro que os centaurianos nos pagarão por uma traição dessas. Deverão devolver as nossas seis carroças, espere até chegarmos ao posto deles.

Pixes não falou nada, mas tudo o que falou não acreditava em uma só palavra, mais uma vez ficou inútil perante as circunstância, mais uma vez fora culpado pela morte dos únicos que lhe amavam. Deixou o seu pai morrer por não poder convencer um velho bruxo maldito a lhe ajudar, e agora além de ser culpado pela morte de sua mãe, simplesmente ficara assistindo tudo acontecer sem poder fazer nada. Ele se odiava, e jurou por tudo que era bom nessa vida que não mais seria tão impotente perante os males da vida, não ele iria aprender e ter poder o suficiente para pessoas como aquele miserável mago azul o temer. Não estenderia a mão para ninguém, pois ninguém estendeu a mão para ele quando ele mais necessitava.

Capitulo 04

Seguindo os passos do mestre

Abriu os olhos, viu o céu azul, ficou ali exausto, nem ele sabe se adormeceu ou desfaleceu. Estava em um descampado, uma região onde recentemente havia sido totalmente consumida pelo fogo, a única coisa presente eram cogumelos gigantescos, não eram muitos cerca de quinze, porém muitos, nasciam do solo negro.

Recobrou a consciência no crepúsculo.

- odeio aquele lugar.- foi a primeira coisa que pensou.- como odeio, essa foi à última vez que faço isso deste modo, lugar agourento.

- ótimo... nem um curandeiro dessente posso procurar, meu braço...tenho que agüentar.

Pixes então andou cerca de vinte minutos, até chegar em uma cabana pequena, de madeira visivelmente abandonada há anos. Abriu a porta que era feita de bambus, um único cômodo totalmente vazio com exceção de uma lareira, feita em pedras de basalto. Pixes andou até ela e parou dentro, enfiou a mão no bolso de onde tirou um pó verde e atirou no chão pronunciando:

- Cuy gury, sofia Bulgária.

Houve uma e explosão e em seguida ele viu-se em uma outra lareira, mas desta vez era de mármore negro, na sala com sofá vermelho, e chão de madeira clara cuidadosamente lustrado, um homem de cabelos negros espetados, e roupas largas, verde musgo, baixinho e gorducho, veio em sua direção falando:

- Pixes seu patife, onde foi que você e os dementadores se meteram, andam sumidos, eu reorganizei a equipe de nosso senhor novamente, estamos prontos para servir, mas vocês sumiram?

- menos conversa, Melbo e cuide do meu braço sim.

Enquanto Melbo cuidava do braço ferido falava sem parar, parecia que aquele homem não precisava respirar. Por fim Pixes se irritou, ele não era um homem que se irritava facilmente, mas Melbo sabia como fazer isso.

- Sim Melbo agora o nosso senhor irá requisitar a sua ajuda, então se prepare.

Melbo deu um sorriso largo e saiu saltitando da sala. Pixes levantou – se e andou até a janela de onde via a cidade de Bruxos, uma verdadeira metrópole, com tráfego intenso de vassouras, milhares delas voando em linhas centrais, as ruas cheias, Ônibus e pedestres apressados, não havia uma loja de varinhas mas sim dezenas, era realmente uma grande cidade de Bruxos. Melbo adentra a sala com duas taças, com os pés em formado de cobras, dentro havia um líquido bege. Ele as oferece a Pixes falando:

- meu caro Pixes que serviços são requisitados por nosso estimado lorde.

- a cidade de Sofia parece ter prosperado deste a última vez que estive aqui.

- nós Búlgaros somos bem espertos sabia?

- bem eu espero que sim, porque- nesse momento Pixes passou o braço ferido por cima dos ombros de Melbo- por que eu irei precisar muito de gente esperta.

- pois veio ao lugar certo. O que tem para fazermos?

- Vamos pegar o Quino de Ouro.

O rosto redondo de Melbo foi tomado por um espanto dificilmente visto em homens. Com a voz alta e cheia de terror exclamou?

- O QUINO DE OURO!!!! Você está louco homem! Ninguém pode pegar o QUINO de OURO.

Píxes parou a frente de Melbo e com a varinha em punho e olhar severo falou:

- quem você é Melbo, um coitado membro dos dirigentes de relíquias de Sofia, não é nada, e mesmo assim não somente ofende a mim, mas, também ao senhor supremo dos bruxos aquele que é o maior perante os maiores, Lord Voldemort, espera que ele mesmo em pessoa venha aqui lhe arrancar as entranhas com um simples movimento de mãos, e acha a mim senhor dos dementadores de louco!!

Melbo tomado de total terror insano se ajoelhou e escondeu o rosto com as mãos, falou:

- não meu senhor, perdoe um servo infinitamente inferior.

- lhe perdoou só por que sou um homem muito misericordioso, porém não tenho tempo para perder com tolos, Melbo.- pixes se sentiu muito bem com o domínio que tinha sobre aquele homem, entretanto se odiou por ter repetido a frase que sempre ouvia de Lord Voldemort depois de ter lhe castigado por algum motivo.

- Melbo, agora descobre quais são os feitiços e consiga a planta do prédio onde o Quino se encontra.

- imediatamente meu amo.

Melbo já com o corpo quase totalmente fora da porta se vira e com um olhar de medo pergunta?

- eu sei que é uma vergonha para um admirador de relíquias, mas ninguém sabe exatamente o que esse Quino de Ouro faz, o senhor meu líder deve saber .

- Você saberá na hora certa. Agora não teste mais a minha paciência e vá.

- imediatamente meu senhor. Melbo saiu apresado, perguntando-se: o que será que o Quino de Ouro faz, ele leu várias teses e pesquisas sobre as prováveis origens e utilização do Quino, mas nada comprovado, o único ponto que todos concordam é que ele foi feito por Ume, um bruxo que viveu a mais de quinhentos anos, e deste lá parece estar adormecido. Quem o toca tem estranhas visões e acaba ficando diferente pelo resto da vida. Melbo ficou repassando tudo que sabia sobre o Quino a fim de fazer Pixes esquecer o seu pequeno deslize.

Naquela noite Melbo voltou com a planta do prédio onde o objeto estava guardado, a colocou em cima de uma mesa onde Pixes estava sentado tomando chá.

- aqui está senhor a planta do prédio, e mais algumas informações sobre o Quino.

- estou ouvindo?

- o bruxo Ume que o construiu foi morto pro um dragão quanto tentava conseguir escamas para a fabricação do mesmo... Pixes o interrompe:

- Mas o Quino é feito de ouro maciço.

- exatamente então o senhor pergunta para que as escamas de dragão?

Pixes pareceu muito interessado e curioso a respeito do fato:

- sim, continue.

- eu não tenho essa resposta, mas sei que depois que Ume morreu a sua ajudante Alva, completou o trabalho.

- Alva nunca ouvi falar.

- Era uma bruxa da alta realeza, além de ajudante era financiadora das pesquisas de Ume, mas enfim, depois que completou o Quino ela nunca mais ficou doente, com exceções de freqüentes alucinações, súbitas dores intensas. Viveu até os duzentos e dez anos, quanto morreu misteriosamente.- Melbo para e olha para os olhos de Píxes e esses cintilam de curiosidade, logo pergunta:

- como ela morreu?

- Desapareceu, e nunca mais foi vista. E desde ali o Quino ficou no museu, trancado a setes chaves no subterâneo. Ninguém o viu mais e nem o tocou, a sua forma ninguém sabe ao certo como é, e nem o que ele realmente faz.

- parece que nós serenos os primeiros em nosso tempo de ver e tocar o Quino de Ouro.

Passaram a noite estudando a planta do prédio, era um prédio antigo, e cheio de feitiços e encantos, mas nada que um bruxo como Pìxes não conseguisse cuidar. O que o preocupava era o local onde o Quino se encontrava, se fosse verdade que estava trancado a sete chaves isso era realmente um problema, no mundo dos bruxos um dos feitiços mais poderosos e impenetrável, é o das setes chaves.

Capitulo 5

A escolha

Quando chegaram ao último posto centauriano Kilber teve uma conversa que durou Três horas com os centaurianos, quanto retornou o seu semblante demonstrava uma mescla de raiva, impotência e frustração, olhou para os demais companheiros, alguns feridos, e disse:

- lamento pelas pessoas que morreram e pelos que ficaram feridos, fiz o possível, porém eles afirmam não terem nem um tipo de envolvimento com o ataque.

Os resmungos dos seus companheiros tornaram-se mais alto, furiosos e indignados. Kilber continuou:

- esperem, os centaurianos, afirmam que quem nos atacou é um grupo de foras da lei procurados por seu governo, que habitam as cordilheiras da atenção, mas nos asseguram que assim que os perderem as nossas carroças serão devolvidas, e os culpados severamente punidos, lamentam o incidente.

Para Pìxes isso nada significava. Sua mãe não iria voltar e tampouco seu pai. Agora quem guiava a sua carroça era um homem com as pernas curvadas, braços finos, sem cabelos e uma argola em sue nariz, um cuja carroça fora roubada.

Pìxes via os dias se arrastarem e as noites se transformarem em anos, as empolgantes histórias que Kilber lhe contava para tentar animá-lo não passavam de palavras soltas sem o menor sentido.

Os dias lentamente transcorreram, no fim de tarde com o vento gélido invadindo tudo; chegaram a Gemolév. Subindo o estreito caminho que mal passavam as carroças, Pixes viu o castelo. Nunca vira nada tão imponente e grandioso, muralhas tão altas que pareciam ir além do azul do céu, homens jovens, limpos e educados o tratavam como se fosse gente e não um órfão, corredores largos adornados com pedras e gravuras de pessoas grandiosas, mesmo vendo-os pela primeira vez tinha certeza que eram pessoas que fizeram grandes coisas, pessoas importantes e com poder.

Guardas os conduziram para quartos, Kilber parou no corredor e se abaixou para olhar nos olhos de Píxes, enquanto o guarda falava:

- o quarto da direita é o do menino e o da esquerda é o seu.

Kilber falou:

- Píxes se quiser pode dormir comigo essa noite.

- não está tudo bem...

-tem certeza creio que o guarda não vê problemas nisso.- dirigiu o olhar para ele.

- não senhor, sem problemas.

- tudo bem, poso dormir sozinho.

- você é um menino muito corajoso, é um bom menino e será um bom homem.

Pixes entrou no quarto deitou na cama chorou até adormecer. Bom menino, era assim que seus pais falavam. Ele sempre fora um bom menino e o que ganhou em troca? Uma vida difícil, sofrimento e agora solidão.

Acordou assustado, mas não sabia o por que, olhou fora da janela e viu a grande lua a lua de vulcano, parecia ser maior do que jamais foi. Vestiu-se e saiu pela porta decidido a descobrir o segredo dos jurados, como viviam para sempre? E como eram tão limpos e arrumados?

Sabia onde começar era na biblioteca, no castelo baixo, Kilber lhe falara sobre ela e onde ficava e que ali havia muitos segredos. Chegar até nela era arriscado, pois só havia um caminho e era passar pelo túnel, o túnel que matava, mas ele não se importava, pois não tinha nada a perder, excedo uma vaga no orfanato do triângulo, a qual ele rejeitava com todas as suas forças.

Parou a frente do túnel, era pouco iluminado e não dava para ver o seu fim, somente a escuridão o conhecia, seu coração bateu mais forte e suas pernas tremeram, um calafrio passou, se virou rapidamente, deve a sensação que alguém ou alguma coisa, passou atrás dele, era realmente assustador as paredes todas com símbolos, agora que estava lá parado, não tinha a certeza que desejava continuar. Lembrou do mago com mechas azuis, uma onda forte de ódio lhe tomou o corpo e o deixou cego para o perigo, caminhou até a metade do túnel, mas ainda não podia ver o seu final, e teve a impressão que qualquer coisa mortal e assustadora poderia sair do meio da escuridão e o atacar. Falou para si mesmo:

O conhecimento me aguarda do outro lado, o poder e a sabedoria eterna, devo continuar.

- tem certeza que deves continuar?- uma voz eclodiu da parede, uma voz calma e feminina.

Píxes queria gritar, mas estava paralisado pelo medo, a única coisa que pensava era em como ele tinha sido tolo em vir até ali e se poderia voltar. A voz continuou?

- por que um menino como você deseja o poder?

- eu desejo aprender, aprender como a vida flui...- no memento em que terminou de falar se se arrependeu, mas agora não tinha o que fazer.

- seu desejo é sincero e intenso, assim como sua tristeza e seu ódio, uma criança não deveria ter tanto ódio e tristeza, - nesse momento as inscrições do túnel começaram a emanar uma luz azul tênue, era possível visualizar o seu final, parecia ser mais longe do que ele pensava.

- eu não os tenho, eles me foram dados.

- por quem, meu jovem.

-pela vida senhora. Não sentia agora mais medo só curiosidade, perguntou:

- Você mora aqui?

- em toda a sua vida você terá de fazer três escolhas difíceis da qual não dependerá somente a sua vida, mas sim, a de muitos.

A parede cujas escritas emanavam raios de luzes azuis cederam lugar a um líquido dourado com cheiro de papel queimado. Píxes se assustou e caiu sentado no chão em uma tentativa patética de se afastar. A voz voltou a falar:

- queres uma chance de aprender o que poucos sabem?È a hora da primeira escolha difícil, se passares por esse liquido dourado, do outro lado um mundo novo cheio de saberes lhe espera, porém de dificuldades extremas também, se não passares ficarás aqui onde nada disso irá aprender.

Sua cabeça estava latejando, escolher passar? Mas para onde? Ficar e enfrentar um orfanato onde quem saiu é assassinado por roubo e quem fica se torna um zumbi escravo, pronto para servir outros infelizes órfãos.

- a escolha deve ser feita agora, sem mais delongas. Você tem muita magia menino.

- Sem pais e sem dinheiro, não tenho mais nada. – Píxes terminou de falar, prendeu a respiração, fechou os olhos e passou pelo líquido. Sentiu-se queimando, em seguida se viu em uma rua tumultuada com muitas pessoas vestidas estranhamente, todas com grandes chapéus. A rua era branca e todos os prédios eram negros com detalhes em branco. A maioria das pessoas vestia vermelho, preto ou branco. Olhou para o céu, estava limpo azul claro, como em uma manhã de inicio de inverno.

Capitulo 6

O roubo.

Tinham um plano, Píxes e Melbo o pensaram junto, porém não era de todo infalível. Em uma madrugada de sexta, a ação começou.

Chegaram nas proximidades do prédio de vassoura, a estacionaram e o restante da quadra foram andando. Melbo estava nervoso era a primeira vez que roubaria algo; Píxes parecia mais clamo, mas na verdade estava preocupado com o feitiço das sete chaves. Chegaram à porta principal, cerca de 2 metros de largura e 5 de altura, toda em vidro com o quadro em prata, Píxes tirou a varinha e falou:

- Alorromora. – a porta abriu. Melbo falou:

- nada como cursar uma boa escola, não é?

Píxes o olhou com desdém, entrou apressado.

O corredor era amplo e em ambos os lados haviam estátuas de bruxos famosos e quadros. Havia uma estátua do próprio Pìxes, esse que parou e a olhou com interesse em seguida olhou para o seu companheiro falando:

- que ironia, eu aqui visto como um bruxo importante a quem até mesmo dedicam uma estátua e um espaço nesse importante museu da Bulgária. Sou eu que venho aqui, como um velho amigo meu diria : “ subtrair“ abjetos de interesse.Deu uma leve risada.

- é mesmo mestre, é muito estranho.

Continuaram a andar pelo longo e claro corredor, sem encontrar obstáculos, ele se afinava e no fim havia uma porta vermelha. Píxes a olhou, e mais uma vez puxou a varinha falando:

- Alorromora. A porta se abriu. Era uma sala com objetos antigos de bruxos e algumas invenções, como o broxe em formato de uma minúscula escada, quem o usasse conseguiria promoções até chegar ao ponto mais alto de uma carreira, a sapato incansável, que tornava a pessoa que o usasse incansável, poderia percorrer o mundo a pé sem se cansar, entre outros objetos proibidos e únicos, mas eram bobagens comparadas com o que píxes veio buscar para o seu mestre.

Andaram pela sala, mas não havia saída ou qualquer indicação de alguma passagem segreda, píxes olhou para melbo e disse:

- é essa a sala, agora somente precisamos encontrar a passagem que nos conduzirá para o subsolo e de lá até o Quino.

- por que o senhor não usa Alorromora.

- tolo Melbo, esse feitiço não será mais usado aqui, pois o que queremos é algo grande; Alorromora até estudantes o sabem.

- temos uma hora antes do vigia chegar.

Procuraram por toda a sala até alorromora píxes usou mesmo sabendo que era inútil, não encontraram nada. Melbo sentiu se tentado pelo broxe da escada falou em tom baixo:

- poderia ter o posto que quisesse até mesmo o do lorde Voldemort, ou chefe do parlamento da magia de Sofia ou além... Olhou para píxes esse estava olhando pela centésima sexta vez as paredes, melbo aproveitou a oportunidade andou até o broxe. Esse estava protegido por uma caixa de vidro e repousava em cima de uma almofada branca fazendo contraste com sua cor verde antigo.

“Tenho que anular o feitiço que o protege” pensou Melbo, puxou a sua varinha e falou baixinho, sempre com um olho em pìxes.

- Finite Incantatem. Uma luz vermelha saiu da ponta de sua varinha, envolvendo o vidro, em seguida um ruído, como de um graveto sendo quebrado. Atraiu a atenção de PÌxes.

- o que está fazendo Melbo?

- procurando uma passagem senhor, mas os meus feitiços não são bons como os seus.

Píxes o ignorou e continuou a olhar para a parede. O calafrio se dissipou, agora, Melbo poderia respirar novamente, se píxes o visse tentando pegar a escada não sabia do que ele era capaz.

Cuidadosamente e o mais rápido que podia retirou a caixa de vidro, rapidamente pegou a escada, mas aconteceu algo que Melbo não esperava, ela estava presa à almofada e quando ergueu o broxe ela veio junto, no mesmo instante uma rachadura começou a aparecer na parede próximo de onde píxes estava olhando.

- Melbo! Veja só!

Melbo estava todo enrolado com a almofada que não queria deixar o broxe, empurrava, puxava e nada. Arriscou mais um feitiço:

- Wingardium.- Era para a almofada ter voado longe, e voou, com o broxe.

- Dragões e anões que maldição.

- Pare de reclamar Melbo e venha aqui.

A rachadura se alargou o suficiente para eles passarem, píxes não entendia o que fez para abrir a porta, no momento que passou para dento da escura rachadura, pediu para que essa estranha sorte o acompanha-se.

Melbo estava com raiva da maldita almofada, que o tinha vencido, prometeu para si mesmo que na volta haveria uma revanche e dessa vez ele não perderia para um travesseiro anêmico.

- Lumus. -falou pixes-trouxe um pouco de luz para a escuridão com ajuda de sua varinha. Só o que via era um corredor estreito e nada além.

- pela planta estamos no caminho certo, mestre.

- para o seu bem espero que sim.

Chegaram á uma porta de madeira cheia de farpas, onde estava escrito: o que pesa mais: o amor, o dever , o poder, a inutilidade, ou a amizade.

- uma charada? Hora eu não estava preparado para isso, meu senhor sabe a resposta? Eu acho que é o poder.

- Melbo,devemos nos concentrar na pergunta. Ela pede o que pesa mais, não o que é mais importante ou não, peso logo é culpa o que faz nos sentirmos mais culpado e isso eu posso responder com total certeza que é a inutilidade.

Ouve um estrondo alto à porta se abriu revelando um corredor com paredes de barro e chão coberto por pedras britas, era pouco iluminado com tochas espalhadas aleatoriamente.

Píxes apressou o passo, no lugar das britas, agora existe um lago escuro, negro como a noite.

- Melbo devagar.

- um lago meu senhor, caso seja somente nadar por ele é bom que o senhor saiba que eu não sei.

Píxes olhava para a água que estava tão clama que dava a impressão de ser sólida, refletia o teto, ele se aproximou o suficiente para ver o seu reflexo, para a sua supressa não viu o seu rosto.

- melbo... não á reflexo meu, o que sabe sobre algo assim.

Melbo levou a sua mão ao queixo o esfregando pensativo. Píxes o olhou e sem resposta para a sua pergunta falou:

- veremos então como isso reage. Pegou uma pedra brita e arremessou-a na lagoa escura, essa afundou imediatamente sem provocar nenhuma onda.

- mas o que é isso afinal? Melbo tente se lembrar de algo assim.

Levantando a mão melbo exclamou:

- já sei! Meu senhor podemos tentar usar Leviosa para passarmos.

- pois tente.

Melbo pegou a sua varinha e apontou para um amontoado de pedras em seguida falou:

- Leviosa.

As pedras voarem e assim que chegarem a uns poucos centímetros da água negra caíram e afundarem rapidamente, sem perturbar a água. Melbo frustrado xingou:

- droga maldição, anões e dragões, que merda é essa?

- Melbo pense em algo útil para dizer e não essas infantilidades que não nos levam a lugar nenhum.

Píxes e Melbo sentaram a beira do escuro líquido e assim permaneceram por horas á pensar.

Capitulo 7

No lugar certo?

Andou até uma vitrine onde estava escrito: As melhores roupas da Bulgária, para bruxos e bruxas de classe, temos o tamanho p2 para anões e guinomos.

Uma venha de cabelos pretos embolados, com um vestido preto longo e uma enorme verruga na bochecha esquerda agarrou o seu braço falando:

- perdido menino? Como se chama.

- Píxes é o meu nome, e não estou perdido, bem mais ou menos perdido.

- ninguém se perde mais o menos. Você é um inlum disfarçado de criança não é; seu verme. -A bruxa arregalou os olhos e o puxou para perto de seu rosto, o observando com cuidado como se pudesse ver algo escondido.

Píxes se contraiu, tentava se soltar da velha, mas não tinha força o suficiente. Uma voz forte e imponente quebrou os resmungos de píxes e atraiu o olhar esbugalhado da venha:

- largue o menino sua velha miserável.

A venha olhava para o homem, que então falou em tom austero:

- você me ouviu velha, está desafiando a sua sorte.

A velha o largou, o menino caiu no chão, o homem o ajudou a levantar.

Ele vestia uma capa vermelha e por baixo um tipo de paletó, tinha cabelos negros, finos a altura dos ombros, pele clara, boca carnuda, alto parecia um rei camuflado em meio da multidão, na mão esquerda segurava uma bengala, em formado de cobra e na extremidade onde segurava havia uma pequena caveira. Ele o olhou e falou com uma certa doçura em sua voz:

-não é daqui. De onde é?

- sou do triângulo, senhor.

- imagino que não seja nem trouxa e nem bruxo não é mesmo.

Píxes não falou nada apenas abaixou a cabeça e a balançou lentamente para os lados.

- Onde estão os seus pais ou responsáveis?

Píxes não falou nada, apenas suspirou. O homem então falou:

- venha comigo, vamos resolver essa situação.

-não senhor, por favor, não me ponha em um orfanato.

- quem falou em orfanato?

O homem andou com píxes e acabaram indo a uma sorveteria onde ele falou que era um membro do governo local que fazia contato com trouxas, pessoas de uma outra sociedade e que conhecia alguém que gostaria muito de adotar um menino, sua irmã casada com um professor universitário. Píxes não tinha escolha, e aceitou ir para a casa deles.

A casa era grande triangular, toda cinza tinha janelas grandes e três andares. A mulher que atendeu a porta era loira de cabelos curtos, olhos azuis sobrancelhas finas e boca carnuda. Seu marido era mulato, olhos e cabelos negros.

- esse é o menino que falei.

-ele é lindo.- a mulher sorriu, seus olhos brilhavam- entrem, entrem, o jantar está servido.

A mesa era enorme, tinha todo tipo de comida, píxes nunca vira tanta comida, um frango inteiro, costeletas de porco, saladas massas, era comida suficiente para um mês. O homem já estava sentado na mesa, quando os viu levantou.

- Wando, por que trás essa criança imunda para minha casa?

- Tarnísio, não fale assim- a mulher se abaixou e olhou nos olhos de píxes falando- não ligue, ele é uma boa pessoa só está um pouco aborrecido hoje.

- bem, Alicia achou uma boa idéia.

-sim, eu acho uma boa idéia, já que eu e você não podemos ter filhos, poderíamos cuidar desse.

Tarnísio, a olha com lágrimas nos olhos e fala:

- Alicia meu amor, ele não tem ...e nunca terá ...o nosso sangue.

Alicia deixa uma lágrima correr pela sua face e cair no carpete vermelho.

Tarnísio, com a voz trêmula continua:

- você não vê que Wando-olha para ele e com rancor em sua voz continua-seu irmão, faz isso somente para nos humilhar.

Wando olha para alicia e depois para Tarnísio, ergue a sua bengala verde em formato de cobra com caveira e fala:

- eu não neguei o meu objetivo e tampouco a quem eu obedeço, não faço marcas em minha pele e depois tento arrancá-las, negar o que eu sou, mesmo que vocês tentaram destruir o símbolo da irmandade a que pertencem, às cicatrizes ficam para sempre, doce cunhado.

- parem com isso.- gritou Alicia.- estão assustando a criança.

Píxes olhava e prestava atenção a tudo sem entender nada. Wando se virou andou até a borda da porta e falou:

- apesar dos pesares, minha irmã, eu a amo, espero que seja feliz mesmo com essa escolha horrível que fizera para marido. Eu voltarei para visitá-los e rever o menino.- ele partiu.

O casal criou píxes, com o pai lecionando línguas e criaturas sombrias, e a mãe vereadora da capital da Bulgária. Píxes cresceu muito bem e aprendeu coisas que nunca sonhara em aprender, Wando seu tio, como o chamava, visitava-o regularmente, sempre trazia coisas novas e interessantes para ele, quase sempre escondido de seus pais.

Mas píxes não esqueceu de sua origem e de quem eram seus verdadeiros pais, e queria vingança por suas mortes, era isso que o motivava a estudar e ser o melhor em quase tudo o que fazia. Ele só desejava poder, para voltar a seu mundo e se vingar não importava o que deveria de fazer par consegui-lo.

Com o passar do tempo píxes se tornou mais intimo de wando do que de seus pais, wando que o levaria para um caminho tortuoso e sombrio o qual ele aceitaria trilhar.

Capitulo 8

O Quino de Ouro

- Melbo lembra quando nós estávamos no quinto ano e á noite fugíamos pela janela do quinto andar!

- sim e daí, isso faz mais de vinte anos.

- lembra do feitiço que usávamos para termos ventosas nas mãos e nos pés.

- lembro, era, dedos de rã em mim quero ter, e daí acho que batíamos a varinha em nossos dedos.

- podíamos usá-lo para passar pela parede sem tocar na água negra.

- mas se não funcionou com Leviosa, por que funcionaria com esse.

- por que meu caro Melbo, iremos pela parede e não diretamente por cima do líquido, mas sim pela extremidade, e essa frase boba, não é só um feitiço mas um corneto ou fase mágica.

- você quer dizer que não é feitiço, mas um tipo de encantamento com feitiço.

- é quase isso, mas agora não importa, mostre as suas mãos e tire o calçado.

Melbo olhou com espanto para Pixes, queria perguntar por que eu? Mas isso seria um desaforo grande demais para píxes, então Melbo fez a única coisa que poderia fazer, sem ser punido, abaixou a cabeça e disse:

- sim senhor.

Píxes recitou o corneto e tocou em cada dedo com sua varinha, assim que acabava de tocar a ponta dos dedos finos de Melbo se achatavam e cresciam formando ventosas. Quando todos os dedos estavam nessa mesma condição píxes falou:

- vá Melbo e me orgulhe de ter você como companheiro.

- sim, mestre faço isso para o bem e a continuidade da sociedade.

Embriagado de orgulho, mas encharcado de medo ele pulou na parede e ficou preso nela como uma rã. Em seguida lentamente começou mover - se o ritmo foi aumentando até desaparecer dos olhos de píxes.

Ele estava orgulhoso de ter pensado em algo tão bom assim e ao mesmo tempo simples. Forçava a vista para ver Melbo em vão, a escuridão era densa demais. Palavras começaram de ecoar pelas paredes:

- pode vir mestre, deu certo.

-ótimo.- falou píxes. Aplicou se o corneto e pulou na parede passando o lago.

Chegando ao outro lado havia uma sala pequena toda preta bem iluminada com candelabros e um lustre execrado. No centro uma estátua de um velho todo negro segurando uma bandeja de prata com um objeto pequeno com cerca de dez centímetros de comprimento.

- O QUINO de OURO! Exclama Melbo apontando para o pequeno objeto.

Píxes anda até a estátua, essa olha para ele e pergunta?

- para que você deseja o Quino de Ouro?

Píxes o olha confuso “o que responder?” Se ele nem sabe ao certo o que ele faz. Ele não sabia o que responder só sabia que se errasse a resposta com certeza não sairia de lá com vida. A estátua fixa seus olhos de pedra em píxes e repete com mais rigidez:

- para que deseja o Quino de Ouro, bruxo.

-para nos ajudar em uma causa.

- que causa, bruxo.

- uma causa para se ter mais conhecimento...é para o meu senhor.

-então passais por essas dificuldades para dá-lo a outro bruxo?

- exato.

A estátua parecia pensativo, como se pesasse aquela atitude que não era muito normal entre os bruxos se ariscar em prol de terceiros. Ela começou de esticar seus longos e negros braços dizendo:

- pois saiba que o Quino de Ouro não foi feito para o mal. Só o que ele faz é defender de feitiços mortais o bruxo que o usa. Pode o levar, pois você parece ter o coração sincero apesar de ser envolto em névoas.

Píxes o pegou e o examinou, não passava de um dedal de ouro, sem inscrições sem nada de mais apenas um dedal. A dúvida lhe passou pela cabeça. Será aquele mesmo o Quino de ouro? Ou aquele velho de pedra o enganara. Voltaram pelo lago e assim que chegarem à margem píxes deu o dedal para Melbo usar.

- que honra, mestre eu poder usar o dedal de ouro...Quero dizer o Quino de Ouro.

Assim que Melbo o colocou em seu dedo píxes puxou a sua varinha e tão rápido como uma serpente dá o bote ele falou:

- Tarantallegra.

Melbou deu um pulo para trás, mas nada aconteceu.

- você está louco pìxes! O que está fazendo?!

- calma Melbo só queria ver se a estátua não havia mentido para nós.

- me usando assim! Sou seu fiel amigo arrisquei a minha vida ao passar o lago escuro em primeiro lugar.

- Melbo, o máximo que aconteceria era você dançar até desmaiar de exaustão, não seja tão pateticamente dramático, eu nem usei Imperius ou Avada Kedavra.

Ambos saíram do museu sem dificuldades, entretanto Melbo guardou muito ressentimento de Pixes, ele sabia que ele era poderoso e altamente irritável, mas fazer isso? praticamente o traiu, o encanou e depois ainda o atacou. Bobagem? Isso não era bobagem, pelo menos era o que Melbo pensava.

Capitulo 9

A recompensa.

Píxes voltou pelo mesmo caminho dos cogumelos. A dor que ainda sentia em seu braço era um desagradável lembrete do que aquele lugar podia fazer. Encontrou apenas criaturas repugnantes e irritantes, mas nada grave, passou por lá o mais rápido que pode. Chegando na residência de Lord Voldemort, ele o recebeu:

- meu dedicado pupilo, conseguiu cumprir a tarefa?

- sim, meu mestre. Aqui está o Quino de Ouro.- ajoelhou-se o mostrando.

- muito bem, será recompensado. Lord Voldemort o olhava com um sorriso sinistro. Píxes levantou-se, mas não saiu dali.

- meu bom píxes, agora posso passar pelo mundo dos fungos, e ninguém lá poderá me fazer mal algum. Ninguém. Serei invencível, com esse portal, posso dominar não só Hogwarts, mas também todo o mundo bruxo e além, posso dominar todo neitur.

Olhou para píxes e disse:

- quando for o senhor de tudo, não esquecerei de você píxes. Mas temos um longo caminho pela frente e muitas pedras a remover, especialmente três, que há muito nos incomodam, e uma pequena, mas persistente e antiga, conto com você para me auxiliar.

- será uma honra mestre.

Lord Voldemort se virou e entrou em sua sala, deixando pixes sozinho. Ele sentou-se em uma poltrona de veludo verde musgo, em frente à lareira apagada. Pensativo: “ Lord Voldemort queria o Quino somente para poder fazer a passagem dos fungos sem correr riscos, os riscos que eu corri. Espero que ganhe algo muito significativo para compensar, o meu empenho e sacrifício.” Agarrou o braço ainda ferido, olhando para a lareira falou em, voz baixa:

- não ficarei satisfeito com pouco desta vez.

A porta da sala de Lord Voldemort se abre e da escuridão ele surge.

- píxes eu e nossos amigos sombrios iremos tirar algumas pedras do caminho e quando voltar dar-lhe-ei algo.

Com os a imagem da estátua pensativa quando ele dissera que o Quino não era para ele, foi dormir, e teve pesadelos com a criatura de cabeça quadrada.

Quando píxes abriu os olhos, ao lado de sua cama viu dois embrulhos, pegou o menor, parecia um livro embrulhado e era. Desembrulhou-o e era metade da frente de um livro com capa negra, ele abriu e na primeira página estava escrito:

Mestre dos dementadores fará um acordo com o senhor dos espectros do anel, visando interesse mútuo.

Píxes o fechou rapidamente, elevou a sua mão até os seus lábios. No chão havia um bilhete escrito por Lord Voltemord:

“O livro que prevê o futuro distante e o agora em outros lugares e com outras pessoas e o seu próprio. E a capa de invisibilidade, uma rara aquisição a qual me trouxe muita satisfação. Dou-lhes a você como agradecimento. Faça bom proveito”.

Píxes abriu o outro embrulho e retirou uma capa de invisibilidade, usou-a e como prometido ficou invisível. Mas ela tinha um buraco bem no meio o que a tornava menor.

- apesar de ser metade de um livro, e uma capa de invisibilidade furada, ainda assim é um ótimo presente. Compensou o risco.

Melbo lê o jornal matinal em sua mesa de trabalho e a manchete principal era:

O roubo do Quino de Ouro no museu é um mistério, mas a justiça promete não descansar até prender os culpados e recuperar o inestimável artefato.

Sente um frio percorrer a sua espinha... “O mestre não esquecerá de mim”. Pensou, ainda com algumas dúvidas.

valmi
Enviado por valmi em 12/03/2007
Código do texto: T410057