A Donzela de Gelo. #1

(Recado do Autor - A Donzela de Gelo faz parte de um projeto bem antigo que eu e alguns amigos idealizamos a muito tempo, são alguns contos, uns curtos e outros longos que juntos formam uma historia só. Pretendo postar eles completo aqui no Recanto das Letras, então acompanhem! Qualquer dúvida ou sugestão: www.facebook.com/pedrokakaz. Eu postei anteriormente um apanhado de ideias, a historia de verdade começara agora.)

Capítulo 1 - A partida.

Laryk caminha sozinho noite a dentro, havia acabado de fugir do Acampamento de Formação para Soldados Recrutras, o famoso AFSR do Reino de Mênor. Não aceitava a condição que haviam imposto a ele, de ser um soldado, não aceitava que humanos guerreassem entre si e também não aceitava que os outros meninos recrutas caçoavam dele por ser mais inteligente.

E foi com toda a revolta e o sonho de entrar para a Academia que Laryk partiu de seu lar, deixou seus amigos e antigos inimigos para trás, deixou sua cidade natal.

Era um garoto pequeno e franzino, com seus apenas 14 anos sonhava em entrar para a grande Academia, lugar este onde crianças super dotadas de inteligência eram criadas para se tornarem Médicos, Alquimistas, Feiticeiros, Astrônomos dentre outras profissões.

E era exatamente disso que seus colegas tiravam sarro, crianças filhas de camponeses não tinham essa oportunidade, eram criados para serem Guerreiros do Reino, e como que um mecanismo de defesa pela falta de oportunidade, caçoavam de quem sonhava ir mais longe, morar no centro e se formar na grande Academia.

Era certo que Laryk estava anos atrasado, as crianças do centro entravam com 6 anos para a P.A (Pré-Academia) para aprenderem o básico que precisariam aos 13 anos quando fossem ingressar. Laryk fora criado como Soldado, e ensinado como usar uma arma, preparação do corpo físico e o mais importante, matar.

Porém um professor muito peculiar comprava livros para ele, afim de tentar incentivar Laryk a aprender o mínimo que fosse sozinho, por pura curiosidade. E fora essa curiosidade que o fizera ir longe nos livros, a ponto de fugir do Acampamento e ir até o centro, sozinho.

A essa altura já caminhava a três horas, e decidiu fazer sua primeira parada, não acendeu fogueira alguma e ficou pouco tempo parado, estava sozinho e havia aprendido no Acampamento que fogo atraía animais selvagens, e que sozinho não seria alvo apenas dos bichos, talvez de algo mais terrível.

Ia rumo ao Sul, para a cidade Iluminata, centro do Reino de Mênor. E sabia que no caminho teria que subir uma grande montanha, e que sozinho sofria grandes riscos, riscos estes que talvez sua pequena espada não fosse capaz de deter.

Sabia também que no topo da montanha poderia encontrar as criaturas horrendas que estavam descritas em um dos livros que lera a algum tempo atrás, "Livro de Análise de Criaturas", escrito por um grande Sábio que defendia a tese de que as criaturas obscuras que estavam atacando os reinos eram obras de algo que veio do sub-mundo. E que algumas dessas criaturas ficavam dentro de cavernas que se encontravam em montanhas. E era por isso que Laryk devia ter cautela em sua pequena viagem para Iluminata.

Não demorou até que avistasse a montanha. Percebeu que no topo uma luz branca irradiava sem nenhum ruído, se perguntou o que poderia ser aquela luz e se preparou para a subida.

Uma subida tranquila e sem perturbações, a noite estava quente e sem nenhuma surpresa, uma vez ou outra empunhava a espada ao ouvir sons de animais selvagens, porém nada o atacou durante a subida até o topo da montanha, não imaginava que seria surpreendido apenas quando chegasse ao topo.

Já estava amanhecendo quando Laryk enfim chegou ao topo da montanha, estava cansado e precisou se esforçar para subir o pouco que faltava, decidiu que iria descansar apenas quando estivesse no topo, que marcava um terço de sua viagem.

E foi quando enfim se colocou de pé no topo da montanha, que foi surpreendido por algo que não achou que veria.

Jogado por todo o topo da montanha estavam cadáveres de algo que Laryk não sabia dizer o que seria, algum tipo de criatura de cor preta estava espalhada por todo o lugar, dilacerada e ensanguentada. E a frente, deitada no chão igualmente ensanguentada e empunhando uma Adaga estava uma menina, desmaiada.

Pedro Kakaz
Enviado por Pedro Kakaz em 04/06/2013
Reeditado em 06/06/2013
Código do texto: T4324655
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.