As notas de Roberta Valéria
Já havia corrigido todas as provas do bimestre. Era só entregar. Até que enfim... isso porque o tanto de nota ruim que dei nem dá para contar... bem feito... vamos ser se assim estes sonsos tomam jeito e vão estudar. Vou adorar ver a cara idiota deles quando eu entregar as provas! Vai ser show...
O sino bateu... vamos lá... o 8º "B" me espera. Cheguei na sala, meti o punhado de prova sobre a mesa e comecei a entregar...
Carla... 5,0! Bem feito, gorda feia!
Marcela... 6,0! Vai estudar, magrela sem noção!
Paulo... 3,0! Hahahaha! Parabéns... agora quero ver você arrotar nas minhas aulas... porquinho do mato!
Vinícius... 0,0! Ah, como gosto! Demais... parabéns, seu moleque otário... vai, vai chorar com a mamãe, vai... adoro!
Terminei de aterrorizar a sala e as minhas suculentas e saborosas nádegas eu aconcheguei naquela dura cadeira. Quando admirava o desespero dos idiotinhas do 8º "B", o Vinícius Burrinho veio falar comigo.
- Professora...
- O que que foi menino? - E ainda fala com voz de gato estrupado... meu Deus!
- Eu acertei esta questão, veja... - Catei a prova da mão dele e comecei a olhar... era óbvio que não daria o ponto, mas estava garantindo que ele não iria reclamar com a podre da minha coordenadora querida. - Tá errado! Vai sentar! - Disse sem perdão!
- Mas professora, não está errado!
- Ah, meu filho, que professora o quê? Está tudo errado! Está vendo? Você tirou zero! - comecei a levantar - Isso... eu escrevi zero para você... o que acha disso? Gostou?
- Não professora é que...
- Cala a boca! Você tirou zero porque é sonso, burro, idiota... você acha que vai ser alguma coisa na vida? Eu acho que sim! E sabe o quê? Sabe?
- Um médico, professora?
- Ah... um médico! Meu filho, você até vai trabalhar no hospital, mas como pedinte na porta! Hahaha! - Estava acuando ele num canto da sala. Todos estavam calados... não queria saber... me irritou, agora aguenta!
- Professora, porque a senhora está falando assim? Eu não quero ser um mendigo.
- Eu estou mandando você ser um mendigo! Você vai ser um mendigo! - Lasquei um tapão na cara dele - Gostou? Gostou, Vinícius Burrinho?! - Como ele não respondia, dei mais outros três... tá... tá... tá... ele caiu no chão... tava chorando... não sei se burro chora... - E agora, vem, briga comigo... eu quero ver... vai reclamar da sua nota? Bem feito, seu fracassado!
Dei as costas para ele e de repente senti um murro em minhas belas coluninhas...
- O que você fez? Hã? O que você fez?
- A senhora é louca...
- Eu sou... e agora você vai ver! - Montei em cima dele e dei mais uns cinco tapas na cara dele. Quando já estava no chão, chutei o saco por mais umas três vezes... ele estava quase morto, mas mesmo assim levantou e saiu correndo atrás de mim.
- Eu vou matar a senhora!
- Não, Vinícius Burrinho, eu que vou te matar. - Abri a bolsa, tirei minha faca de 50 cm e meti três facãozadas na barriga dele. Hê! Saiu um monte de sangue!
Quando olhei para os outros alunos, não tinha mais ninguém na sala... só eu e o Vinícius Burrinho morto no chão. Ah... como eu sou má! Matei ele! Matei mesmo! Quero ver a mãe burrinha dele chorar lá no caixão! Hahaha! Eu sou Roberta Valéria, a professora muito louca!