Macacos-prego com espinho no rabo

Macaco prego com espinho na bunda

Um cara muito louco que vivia desde que não havia tempo, como o tempo ainda não há, talvez ele também não exista ainda, mas como nada pode existir sem ele, a gente acaba vendo a sua mão nas coisas mais loucas e mais simples. Ele pensa como eu, raciocina, brinca, fica irado que só, ri pra caramba; não é velho nem novo; é a figura da velhice adolescente que paira na juventude com cara de meia idade...

Tinha espaço de sobra no infinito, resolveu fazer um parque de diversões chamado terra. Porém o espaço muito louco e sem fim, não tinha luz. Ele pensou: “Luz é chapação doida!”. E fez. Depois, Thomas Edson que não era bobo nem nada, fez a lâmpada. Só que, nesse lugar aceso e magnífico, tem gente que insiste em viver na escuridão.

Da sua própria vida tirou as coisas animadas; as inanimadas também. Era mais fodao que o Mandraque. Brincou por sete não sei quê. Semana de bilhões e bilhões de anos? Não. Semana só existiu quando houve sol em volta da terra e seus trezentos e sessenta e cinco dias e seis horas. Antes era só um tempo inexistente que não se podia medir. Portanto, essa história de bilhões de anos não cola.

O cara muito louco que pensava como eu e pensa até hoje, do nada criou o quente e o frio, e disse: “o quente sempre vai querer esfriar e o frio vai querer sempre ser quente e, nessa dualidade, eu vou ficar numa nice e as coisas vão se mover sozinhas eternamente através dessa energia”: Acendeu um pavio... Pavio? Sim pode ser. Ta bom... Virou as costas e fechou os olhos; E um Big de um Bang se deu, e em inglês ainda. Deu um grito de susto mas conseguiu! E os confins infinitos foram habitados por todos os seres vivos, animados ou não. Pensou: “E se Eu fizer uns carinhas de macaco prego com espinho na bunda que possam criar como eu e até procriar?” alguns vão chamar artistas. “Eles vão autodenominar-se homens” depois... Verão, inverno outono ou qualquer outra coisa... Talvez a primavera lhes seja bem vinda...”

Depois desse momento poético fez os caras de macaco prego com espinho na bunda e lhes denominou homens, não deixou que descobrissem por si só o que seriam,. Colocou esses macacos prego com espinho na bunda em cima de uma bola que tinha gelo nas pontas e fogo no rabo. Isso é para o quente querendo ser frio e vice-versa e, nesses quereres, a energia nunca faltasse por causa do movimento produzido.

Sumiu, deixou os macaquinhos prego com espinho na bunda, doidinhos com a coisa que chamaram de natureza. Como a bola dava pinotes em volta de uma estrela de fogo, começou aí o marco zero dos bilhões e bilhões de anos que os macaquinhos mais sabidos começaram a contar. O resto nós já sabemos, só não temos certeza dos outros restos... E foi descansar lá nas “berada”, onde nenhum “sangüino” jamais chegará, segundo Estamira, profeta e poeta do lixão; onde o tempo para e o espaço não continua e a escuridão é espessa, pois não há mais espaço nem tempo e o nada se solidifica em sua nadisse compulsória. Agora, de lá, ouve os lamentos dos macacos pregos que quiseram ser mais foda do que ele e não conseguem sequer, descobrir a cura do câncer que eles mesmos criaram.

carlinhos matogrosso
Enviado por carlinhos matogrosso em 09/10/2013
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