A história de YO. Parte 3.

Então, obedecendo aquele pedido, levantou rapidamente se guiando pelas passadas do nobre porque era cego, no entanto sua audição estava aguçada. O nobre desceu o penhasco onde o feioso homem escondia-se e tratava de pegar nas mãos dele quando o terreno íngreme oferecia algum risco, agora já se sentia um pouco menos constrangido, porque se cobriu com a manta cinza que foi- lhe concedida como um presente. O nobre continuou sem falar uma palavra, nesse momento pela audição o cego presumiu: ouço passos de um homem, ele deve está sozinho. E o cego estava certo, o nobre não possuía companhia, viera de longe somente com o cavalo. O cego perguntou: Onde estamos indo senhor? O homem disse: Acalma-te, estamos chegando. Ele ficava ansioso, no entanto permanecia calado, porque apesar de pouco tempo de convívio a presença daquele homem trazia-lhe algo que muito tempo não tinha: o sentimento de amizade. Aquela caminhada incerta era como se o tempo parasse e fosse um momento eterno, porque o que sentia ao acompanhar o homem da Terra Distante era como se estivesse em casa junto à família (coisa de quem nunca teve muito de carinho nesta vida, gente assim, valoriza o sorriso, o aperto de mão, o abraço, o toque, as conversas e amizade mais do que ouro ou prata), continuou seguindo aí ouviu um som conhecido, era o Rio Lutz, quis correr a ele, mas lembrou que não sabia nadar.

Continua...

José Lins Ferreira
Enviado por José Lins Ferreira em 12/11/2013
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