Inércia

É sozinho aqui. Tudo é muito parado e extemista. Ou é muito quente, ou é muito frio. E só.

Há muito tempo havia formas de vida aqui. Elas pulavam, nadavam, voavam... Havia também formas consciêntes de que teriam um fim e algumas delas eram capazes de me ver. Uhm... talvez ver não seja a palavra certa. Era mais como se pudessem me sentir. E então... então as coisas não eram tão ruins. Apesar de não ter ninguém, eu não estava completamente só.

E tudo aqui girava e nunca parava. Tudo era vivo e pulsante. Houve momentos melhores, mas... não era de tudo ruim.

Até o dia, aquele fatídico dia, em que tudo parou.

Foi simples, tudo simplesmente parou. Todas as coisas foram jogadas para longe, numa mesma direção. Alguns até sobreviveram, contudo, as tempestades os mataram. Alguns bem acima ou bem abaixo também sobreviveram por um tempo: o baque da parada foi bem menor para eles! Isso até que as águas os mataram... e tudo o que não morreu pela água, foi consumido pelo fogo e pelo calor. E assim, aos poucos, o Sol destruiu todo o resto.

Terra é água ficaram impuros e inférteis, mas já não havia quem plantasse ou mesmo algo a ser plantado.

Novamente, tudo ficou vazio. De um lado, o deserto inexorável, e do outro, o frio dos infernos.

Mas o pior... o pior eu diria que é o sliêncio.

Bekah
Enviado por Bekah em 24/11/2014
Reeditado em 02/07/2016
Código do texto: T5046374
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