Ninrod

Seu nome é Ninrod mas ultimamente chamam no de Tim, ele não gosta muito dese nome mas como deveriam chamar um gato de rua? aliás esse nome fora dado por um boa senhora que o alimenta regularmente mas Tim não gosta muito de laços afetivos, não ele ele era um gato livre e como todo gato livre ele gostava de se virar desde muito tempo, ele não comentava seu passado como os outros conhecidos da rua, para eles era apenas Tim e só, gostava de passar seu tempo caçando comida em alguns fundos de restaurantes ou de açougues mas seu preferidos era roubar a peixaria do Sr. Gregori as vezes conseguia roubar um salmão ou alguma garupa e de vez em quando só de vez em quando dava uma passada na casa da velha Mirtz pois ela era muito só e sempre tinha um pires de leite fresco e ração para gatos, dessas compradas em petshops, de vez em quando é bom um pouco de carinho pensava ele com seus bigodes.

Dessa vez Tim estava de volta com suas peripécias e roubou um enorme salmão da peixaria Do velho Gregori é claro que o velho Grego jurou mata-lo e Tim tinha de sumir por uns tempos e lá foi ele para a casa de sua protetora Mirtz esperar que as coisas se aquietassem.

Ele chegou como sempre pela janela de cima do quarto dela que sempre estava aberta para qualquer gato que precisasse ou quisesse entrar a procura de um abrigo da chuva ou de comida, ele vagou pelos corredores cheirando a coisas velhas e lembranças, essas casas antigas tem um personalidade própria tem sua própria atmosfera e seu próprio clima, o tempo aqui nesses lugares parecem andar mais devagar, ele olhou por toda a parte mas não encontrou a costumeira tigela com ração ou o pires com leite fresco só encontrou ela caida no chão da cozinha ainda semi inconsciente, ele a olhou nos olhos ainda abertos olhando o nada ela o olhou como se o reconhecesse, em sua mente quase sem vida ele tinha outra forma, tinha os cabelos negros típicos dos jovens cheios de vida,ela só balbuciou algumas poucas palavras...-Você veio meu amor veio me buscar...e fechou os olhos e não mais o abriu novamente. Ele deitou ali perto dela e por ali ficou a noite toda.

Durante a madrugada que se seguio Tim foi acordado por um forte brilho bem na sua frente e de dentro do brilho um voz vinda do seu passado, ele levantou a cabeça e ainda meio assustado pode ouvir a voz chamar seu nome.

- Ninrod.

-Sou eu. Respondeu Tim. se levantando.

De dentro do forte brilho eis que surgiu um gato muito branco e de aparencia soberba.

-Ora se não é o velho Emérito O guardião dos segredos antigos, o que faz aqui em meu exílio guadião? Perguntou Ninrod.

-Tom Teldron está morto e um novo rei será coroado em breve, por tanto seu exílio acabou. Respondeu Emérito.

-E porque eu deveria voltar para Dilamath eu fui envergonhado e também nada me espera lá eu não sei bem porque eu deveria voltar. Respondeu Ninrod.

-Nem por Denver. Respondeu Emérito olhando bem nos olhos de Ninrod.

-Como ela está perguntou Ninrod com um ar saudosista.

-Porque não vê você mesmo, em trés noites o novo rei irá ser coroado.

-Como vocês acharam um sangue real pensei que eles estivessem extintos. Perguntou Ninrod.

-Não achamos você sabe disso foi você quem fez a busca.

-E por isso Teldrom me aprisionou e depois me exilou aqui no mundo dos humanos lembro bem Emérito você nem o conselho fez nada e agora conseguiram um qualquer e precisam de mim para alguma coisa.

-Sem um rei não há ordem e sem ordem nosso mundo sucumbiria Ninrod. Respondeu o gato soberbo.

-Você também convocará os outros?

-Sim, Balesteros e Ozymandias serão convocados.

-E o novo rei ele é capaz?

-Espero que ele se mantenha ingenuo o suficiente para que sirva lealmente o nosso reino.

-Mais uma marionete servindo o conselho.

-A Necessidade de poucos é sobrepujada pela Necessidade de muitos. Respondeu Emérito.

-Ou pelos interesses de menos ainda. Completou Ninrod.

-Essa humana está morta? Perguntou Emérito.

-Sim ela era minha única mão amiga nesse mundo feio. Respondeu Ninrod.

-sempre apegado ao que não tem jeito, bem você vem agora comigo ou pode ir mais tarde.

-Eu tenho uma exigência. Falou Ninrod olhando seu interlocutor nos olhos.

-E o que seria?

-Esse pobre coitado que será coroado eu nem o conheço mas eu peço por ele não quero que ele sofra nada.

-Bem meu caro isso será problema seu.

-Como assim?

-Você será seu protetor e conselheiro.

-Ora Emérito quer dizer que eu o manipularei o tempo em que ele usar a coroa? Respondeu Ninrod contrariado.

-É para o próprio bem dele você sabe como as coisas funcionam em Dilamath o senado liderado por aquele verme do Mancuso está decidido a abolir a monarquia e você sabe o que isso quer dizer você lembra do seu voto? Respondeu Emérito demonstrando impaciência.

-Sim eu lembro.

-Agora decida o tempo em Dilamath não flui como o tempo daqui vem comigo?

-Sim eu irei com você. Respondeu Ninrod.

Emérito fez um gesto com seu cajado e uma forte luz branca os fez sumir dali. Antes de ir Ninrod olhou pela ultima vez o corpo de sua querida protetora. As pessoas aqui tem uma vida muito curta não é como em seu mundo onde os seres vivem por eras.

Joe Alvez
Enviado por Joe Alvez em 25/07/2015
Reeditado em 15/09/2015
Código do texto: T5323185
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.