O salvador da pátria

Em Ibiú uma cidade pequena e simples com algumas casas feitas de palha,sem asfalto e de maioria indígena morava um rapaz chamado Upinã que sempre foi comprometido à fazer o bem. Ele poderia trabalhar com qualquer coisa pois se adaptava facilmente à mudanças por ter um conhecimento amplo adquirido na vida, por livros, comunicação pessoal,escola, internet, programas de televisão etc mas optou por ervas medicinais já que todos na pequena cidade estavam evoluindo e ninguém mais sabia ou se interessava por fazer ervas.

Todos os dias da semana uma mulher passava em sua loja, ela era bonita, sedutora e vaidosa, mas muito estranha para Upinã por sempre ir lá para fazer perguntas sobre as plantas, saber mais de sua vida... Ele estranhava cada vez mais aquela mulher.

Upinã era apaixonado por Tainá, uma moça doce e delicada com quem tinha um relacionamento à 4 anos e morava com ele naquela cidadezinha onde todos se conheciam.

Certo dia em seu trabalho que ficava à porta de sua casa, que do quintal vinha as ervas ele notou uma presença, era Bartira que veio lhe dizer o quanto o amava e tudo que faria por seu amor. Upinã recusou imediatamente o pedido daquela mulher que o fazia sentir medo, ela era para ele como uma cobra venenosa pronta para dar o bote, sentia a má presença dela toda vez que à via, sua quase esposa também.

Bartira em casa, com muita raiva e amargor, pegou da estante um livro de receitas grande e pesado então o abriu e anotou uma, a poção destruidora. E foi naquela noite calma e silenciosa até a casa de Upinã, onde pulou o baixo muro e despejou sob duas plantas a poção quando escutou um som de conversas vindo de dentro da casa onde pensou que Upinã estava dormindo e saiu sem fazer um barulho sequer.Dentro da casa estavam Upinã e Tainá conversando antes de caírem no sono.

Ao acordar às 5:00 como de costume ele tirou o leite da vaca, fez o café e sentou se ao lado de Tainá que estava dormindo, lhe tirando um beijo estalado ela acordou sorrindo. Depois de comer ele foi regar as plantas quando percebeu que uma delas estava absurdamente maior exalando um mal cheiro horrível.Upinã ficou tonto e seu pulmão começou a doer, viu tudo rodando e caiu desmaiado.

Quando Taina estava saindo de casa para o trabalho o viu estirado no chão, tremendo em agonia e desespero põe a mão em seu ombro e diz:

-Fala comigo, por favor, o que houve?

Ele não respondeu, mas estava respirando.

Ela o leva para dentro da casa sem saber o que fazer e tenta cuidar dele,liga para os pais mas nenhum atende quando resolve fazer um chá que saía bastante na loja,era um chá para dores de cabeça mas Tainá não sabia disso. Quando foi dar o chá para Upinã ele pois a mão sobre a nuca dela e lhe deu um beijo rápido e fraco pois estava com poucas forças, mas um beijo forte que disse "eu te amo".

Enquanto isso a planta crescia cada vez mais até se deslocar das raízes e cair, se levantando com dois pequenos galhos à caminho da rua infestando toda ou grande parte da população.

Upinã estava muito ruim e ninguém mais além dele para salvar aquelas pessoas e à ele mesmo que não tinha forças nem para chorar de dor, então algo aconteceu dentro dele, seu pulmão se deteriorou não levando o oxigênio para o coração que expandiu até estourarem suas artérias e assim levar o sangue para a cabeça fazendo a pupila dilatar, estourar e sangrar até sua morte.