Um conto rápido.
Um belo dia ousaram tentar conquistar a perfeição.
Ela foi forte e resistiu, mas a sinceridade a conquistou.
Lembro-me de como ela sorriu e tudo o que falou.
Tornaram-se assim um só ser no coração.
No inverno, juntavam-se frente a lareira e se amavam.
No verão, passeavam de mãos dadas e seu encanto mostravam.
A perfeição, num dia chuvoso, conheceu o amor.
A sinceridade, numa fria tarde de domingo, conheceu a razão.
Eram estes, um casal lindo e formoso, porem cheio de dor.
A razão negava as loucuras que o amor tanto desejava.
O amor por sua vez, agia sempre a favor da razão.
Porem o mesmo omitia a sensação de que nada ele aceitava.
Os quatro decidiram então tornar-se um só, no antigo coração.
A perfeição curava o amor, enquanto a sinceridade aconselhava a razão.
Assim este quarteto manteve-se apaixonado.
Até o dia em que o coração não agüentou tanta paixão
E explodiu sozinho e desconsolado.
Percebe-se hoje que o amor pode jamais andar com a razão.
Pois as maiores loucuras de amor são feitas com perfeição.
E entendemos também, por que a razão se dá tão bem com a sinceridade.
Pois ambos são feitos com loucura e objetividade.
Um objetivo reto. De crer que o amor não passa de um momento.
Pois as maiores loucuras são feitas para conquistar.
E os momentos de conquistas nos tornam cada vez mais apaixonados.