A pequena menina

A Destino então pegou na pequena mão da menina e a levou até a beira do Rio da Vida. A garota se pôs a observar as incontáveis almas que iniciavam sua jornada na nascente e terminavam na sua foz. Como começavam tão pequenos e cheios de vigor, iam crescendo com expectativas e sonhos, mas em alguma fase do percurso, se tornavam mesquinhas, desanimadas, desesperançosas, precipitadas. Abandonavam as utopias que imaginavam na infância de um mundo melhor e as crenças em algo maior. Triste, a menina perguntou a Destino se aquilo poderia ser evitado, pois não gostaria de uma vida igual a de tantas que observara. Destino, sorrindo para ela, explicou:

"Só duas coisas não podem ser mudadas no curso do rio, seu nascer e seu morrer. Agora todo o resto, depende unica e exclusivamente do navegante."

Thiago Justo
Enviado por Thiago Justo em 18/06/2016
Reeditado em 18/06/2016
Código do texto: T5671010
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