As Crônicas de Vahl Hallen
 
Capítulo 3
 
   Enquanto Estefan estava chegando ao grande castelo de Vahl Hallen, Scott, Olivier e Lisel prosseguiam sua jornada até o clã das bruxas. Não pareciam ter encontrado dificuldade ao voltarem aos domínios humanos.
-Não me lembrava do clima, como é frio por aqui. – Argumentou Olivier.
-Aqui na Finlândia é sempre frio. Vamos, temos de usar outra fenda, a de Quasar. – Respondeu Lisel.
-Espere, como assim? – Perguntou Scott.
-Você não sabia? – Respondeu ela. – Qual era o plano de vocês para chegarem lá? – Concluiu.
-Iriamos pelo Norte, e nos transportaríamos com um feitiço. – Respondeu, já um pouco confuso, Scott.
-Não estamos mais em Vahl, pensei que soubesse que para um feitiço destes é necessária muita energia. Somos magos muito novos ainda para tentar algo assim, por isso precisamos das fendas. Entende?
   A fenda de Quasar é realmente difícil de encontrar-se, afinal, fica localizada entre duas grandes montanhas cobertas pela neve. Lisel possuía uma bussola especial para estas ocasiões, que brilhava quando estivesse perto de qualquer passagem mágica.
-Você conhece o encantamento da fenda? – Perguntou Olivier.
-Sim, mas precisamos encontrá-la.
-Abaixem-se. – Ordenou Scott. – Olhem lá. – Concluiu olhando para o topo da montanha, onde descia um homem de manto acinzentado carregando sua varinha.
-Não acredito nisso. – Suspirou Lisel. – Pensei que não toparíamos com ele assim.
-Ele? – Perguntou Olivier.
-É o Victor.
   Enquanto os três jovens, se espremiam contra a neve para não serem vistos, Victor descia a montanha vangloriando-se, ao seu lado uma voz sussurrava, mas não era possível saber quem era ou como se escondia. Scott levantou-se um pouco e não havia mais ninguém ali, com certeza Victor já tinha energia o suficiente para se transportar para lá onde quisesse.
-Conseguiram ver se havia algum outro objeto com ele? – Perguntou Lisel.
-Apenas a varinha, mas não podemos ter certeza, seu manto encobriam o corpo. – Respondeu Scott.
-Pois bem, se ele levou consigo o livro dos feitiços bruxos, não teremos chance de reverter o encantamento.
   Queriam eles que seus pensamentos estivessem corretos, quando pensaram no clã das bruxas, imaginavam que poderiam encontrar alguns corpos de fato, mas não daquele jeito. Victor não apenas chacinou como também queimou todas elas, destruiu suas casas e destroçou qualquer lembrança que pudesse haver dali, como aquilo fora possível?
   Eles decidiram dividir-se, procurando nos escombros por qualquer sobrevivente, mas depois de algumas horas tornou-se claro, Victor não deixou ninguém para testemunhar contra seus atos cruéis.
-Ora, temos aqui três jovens magos. – Murmurou uma voz do Oeste.
-Quem está aí? – Lisel apontou sua varinha.
-Uma garota de coragem, mas acalmem-se, creio que estamos aqui pelo mesmo objetivo. Sou Van Maarten, filho de Nobelus, príncipe do Reino da Necromancia.
-Necromancia? – Indagou Olivier.
-É um pouco complicado. – Van deu dois passos à frente e revelou-se. Estatura média, pele negra, cabelos castanhos e olhos cinzas. – Mas faço questão de responder suas dúvidas, porém, creio que em outro lugar seria mais adequado. Já verifiquei o lugar e não encontrei o livro das Bruxas. – Concluiu.
-Como sabia que o procurávamos? – Perguntou Scott.
-Vocês têm pensamentos distintos, tenho de admitir, porém, posso ler todos.


 
Johan Henryque
Enviado por Johan Henryque em 26/10/2016
Reeditado em 30/10/2016
Código do texto: T5803776
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