Eros

Na Grécia antiga, Eros, o Deus do amor, tocava sua harpa sobre uma colina, cuja música serena e suave atraía alguns curiosos que ficavam em torno dele. No final da canção, as pessoas deram moedas de ouro ao homem misterioso, pois não reconheceram Eros na sua forma humana. Porém, entre eles havia um velho mendingo de roupas encardidas e rasgadas, onde deu ao poderoso ser, um pedaço de pão duro, dizendo que era a única coisa que ele poderia oferecer. Pegando seu cajado, continuou seu caminho sem destino, mas Eros se aproxima do senhor pobre e disse:
-Tu agoras é o meu melhor amigo e andará ao meu lado por toda a parte!
O velho deu um sorriso desdentado, agradecendo sua amizade. No dia seguinte, o Deus do amor caminhava ao lado do mendingo corcunda no pátio do templo sagrado, onde os gregos olhavam espantados aquela cena, pois reparavam os trajes de ambos, lembrando que talvez ele era um ser mitológico. Quando entraram no templo sagrado, expulsaram-no, falando que na casa de Deus não entravam indigentes. Inexplicavelmente, observam um fogo misterioso e poderoso, cercando o grande Eros, cujas chamas queimaram as almas de todos, assustando seu amigo:
-O que fizeste meu jovem, matou os gregos?!
-Não, nobre amigo, estou purificando suas almas!
Em questão de tempo, eles estavam de corações puros e ajoelharam diante deles.
Um soldado avistou a situação e foi avisar ao rei, que enfurecido, ordena que assassinassem os dois á golpes de espada. No momento em que os gregos seguiam Eros, um grupo de soldados aparecem e cercam-no, com a intenção de tirar sua vida. O ser mitológico tocou a mão sobre o ombro de um guarda estremecido e falou:
-Por que queres me matar?
Imediatamente, os soldados se ajoelharam diante do Deus grego. Duas asas enormes surgiram nas costas dele e despedindo-se dos amigos, pede que preservassem o amor sempre, e desaparece entre os raios do sol...
Alexandre S Nascimento
Enviado por Alexandre S Nascimento em 29/07/2007
Reeditado em 27/09/2016
Código do texto: T584026
Classificação de conteúdo: seguro