As Crônicas de Vahl Hallen
  
Capítulo 10
 
   Enquanto Olivier e Scott caminhavam em direção ao castelo, Van Maarten e Victor tele transportaram-se para o quarto na ala médica onde Lisel estava em repouso, Victor colocou sua mão esquerda sobre a testa dela e concentrou-se para transferir energia. Não demorou muito para que ela acordasse e ao ver Van Maarten corresse até ele para um abraço apertado.
-É muito bom revê-lo! Mas como isso é possível? – Indagou ela.
-Graças a ele. – Van desviou o olhar para Victor e a alegria sumira do rosto dela.
-Sinto muito por aquela noite. – Victor tentou defender-se.
-Você quase me matou.
-Você me salvou. – Retrucou ele.
-Salvei? De quê?
-Do feitiço. Quando vi você no campo com sua mãe algo se desligou dentro de mim, como se pudesse reassumir o controle depois de muito tempo, foi somente assim que pude lutar contra meu lado sombrio, graças a você.
   Lisel sabia que Victor falava a verdade, a começar pela maneira que ele a olhava, lágrimas começaram a percorrer seu rosto e logo fora ele quem recebera um abraço. Van caminhou até a porta para que ficasse à espreita caso alguém resolvesse aparecer.
   Todos encontraram-se no pé da montanha, perto da grande árvore dos desejos. Scott e Olivier haviam conversado com Estefan, o pai de Victor, era preciso viajar para o sul, em busca de Gellard.
-Ele não contou sobre Gellard, apenas nos falou para procurá-lo na região norte da Escócia, o que ele tem de tão especial? – Questionou Olivier.
-Dragões. – Victor iniciou. – Zerthor irá trazer uma dúzia deles, os dragões negros do leste. Precisamos encontrar alguns também, o quanto antes. – Concluiu.
-Não acredito que irei ver um dragão. – Argumentou Lisel.
-Eles foram banidos faz dois séculos, pelo menos de Vahl Hallen, Theodor não apreciava muito criaturas que fossem perigosas para o reino. – Respondeu Victor.
   Já na Escócia, Victor liderava o grupo pelas terras banhadas ao mais belo verde, das planícies as pequenas montanhas, tudo transparecia calma e tranquilidade. Gellard tinha seu próprio reino mágico, na verdade criara um pequeno portal dentro de uma casa escondida entre duas montanhas, mas antes de chegarem lá, todos foram parados por três jovens.
-Boa tarde amigos. Gostaríamos de saber o que fazem por estas terras e de onde vieram. – Um jovem anunciara.
-Boa tarde, me chamo Victor, estes são meus amigos: Olivier, Scott, Lisel e Van Maarten. Viemos de Vahl Hallen, um pequeno povoado localizado na Finlândia.
-Você só pode ser o Mago mais burro que já conheci. – Um segundo rapaz apareceu segurando uma foice.
-Aquilo é o que estou pensando que é? – Van não demorou a mostrar preocupação.
-Quem são vocês? – Indagou Victor.
-Sou Derek, este é Liam e Charlie logo chegará. Não gostamos de Magos que invadem nosso mundo.
-Esta é uma situação de emergência. – Lisel pôs-se a frente de todos. – Nossa terra está em perigo. Procuramos por ajuda. – Completou.
   Liam apresentou uma lança, tinha provavelmente um metro de comprimento e apresentava quatro núcleos coloridos: verde, vermelho, azul e amarelo. Ele a apontou para frente, fazendo com que o núcleo amarelo tomasse conta por completo do objeto.
-Liam! Espere. – Disse um quarto rapaz, que acompanhara o terceiro, Charlie.
-O que houve Thomas?
-Ela está dizendo a verdade, Vahl Hallen é um reino pacífico, eles não atravessariam suas barreiras se não precisassem de ajuda.
-Essa lança, como a conseguiu? – Victor deu dois passos à frente.
-Por que lhe devo essa informação rapaz? – Indagou Liam.
-Pois eu já a vi, uma vez, Theodor, a portou um dia.
 
Johan Henryque
Enviado por Johan Henryque em 14/12/2016
Reeditado em 20/12/2016
Código do texto: T5853083
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