As Crônicas de Vahl Hallen
Capítulo 12
Após descobrir que buscar Dragões Brancos não seria tarefa fácil, Victor propôs que todos fossem para a câmara do castelo, para assim, procurar e pesquisar por qualquer informação possível. Era um plano viável e todos concordaram, Gellard disse que poderia ajudá-los, caso necessário. Mas, Victor o agradecei e pediu que continuasse a cuidar de seus dragões.
-Quem sabe não conseguimos trazer alguns novos dragões para este lugar. – Argumentou Lisel.
-Seria maravilhoso. – Respondeu Gellard.
Scott ficou encarregado de uma das prateleiras mais antigas da câmara, por lá encontrou um livro bastante peculiar, sua capa continha apenas um nome marcado em seu couro escuro, ali estava um dos primeiros livros de Theodor, As Crônicas de Theodor.
Todos estavam ansiosos para descobrir o que havia ali, mas aquela escrita não podia ser entendida por nenhum deles, Victor mantinha a esperança de encontrar um jeito de ler o livro.
-Se utilizarmos um feitiço para criar um tradutor? – Perguntou Lisel.
-Tradutor? – Olivier não havia captado a ideia.
-Pode funcionar, o problema é traduzir um dos primeiros dialetos mágicos. – Victor sabia da dificuldade.
Quatro feitiços falharam, até que finalmente Victor e Lisel conseguiram criar um que fosse capaz de traduzir o livro. Por sorte, com ele, também conseguiram filtrar algumas palavras até encontrar as partes que mencionassem dragões. Contudo, pouco se referia aos dragões brancos e nada revelava onde é que os poderiam encontrar, restava apenas continuar procurando.
Zerthor parecia invencível, a cada fracasso do grupo, seu exército aumentava mais e mais, bruxas, magos renegados, criaturas do submundo e monstros uniam-se aquele que lhe jurou vingança contra a criação de Theodor, o mundo que protegia os magos, agora caia em puro colapso.
-Ainda podemos vencê-los? – Lisel perguntou a Victor na torre mais alta do castelo.
-Não podemos desistir, mesmo que tudo esteja correndo contra nós. Sei que grande parte do problema foi por minha culpa, mas pensei que estando do lado certo, poderia resolver algumas coisas.
-E você está, não vê? Se continuasse ao lado dele, já estaríamos todos mortos. Não tenho dúvidas sobre isto, seja lá o que fez com que voltasse, me sinto orgulhosa de fazer parte disto.
-Queria poder entender esse sentimento, talvez seja meu destino salvar a todos.
-Você lembra da varinha que usou para destruir o portal?
-Sim, o que tem ela? Está com Zerthor, não?
-Não, ela está comigo.
Lisel olhou para Victor como se não acreditasse nele, logo deu dois passos atrás e perguntou:
-O que é isso? Um plano?
-Não, uma precaução, eu sabia que não poderia entregar a ele, afinal, é a arma mais poderosa já possuída por um mago.
-Mas e agora? Você não pensou que poderíamos usá-la para enfrentá-lo?
-Bem, não é tão simples, eu fiz uma cópia idêntica, ele a usou contra mim, mas agora não sei como ela irá funcionar. Na pior das hipóteses temos uma arma de proporções iguais a do inimigo.