As Crônicas de Vahl Hallen
Capítulo 15
Capítulo 15
As montanhas de gelo não escondiam somente o único capaz de traduzir aqueles pergaminhos. Mas ali, também havia, uma das criaturas mais amedrontadoras já conhecidas, Victor e Lisel estavam caminhando em direção a uma grande armadinha, criada por aquele que procuravam.
Tarllin não é um humano qualquer, seu pai já vinha de uma grande linhagem mutante, no início dos tempos um necromante envolveu-se com uma maga, dando início aqueles seres com poderes inigualáveis.
-Não acha que tudo isto é muito estranho? – Lisel não conseguia aguentar a inquietação.
-Estorper. – Conjurou Victor na direção dela.
-Estorper? Pensei que apenas os magos experientes conseguissem conjurá-lo!
-Agora você está protegida, fique com a varinha. – Ele a colocou sobre sua mão. – Talvez você precise mais dela do que eu. – Completou.
-O que significa tudo isso? – Perguntou ela.
-Não tenho certeza que ambos de nós possamos sair com vida deste lugar. – Seus olhos não eram capazes de esconder seu medo. – Você é a mais forte de nós Lisel, é seu destino pôr fim a esta guerra.
Antes que Lisel pudesse argumentar algo surgiu a poucos metros de ambos. Olhos vermelhos, um corpo que os fazia lembrar dos dragões de Gellard, mas, com toda certeza, aquela criatura não seria nem um pouco amigável. Victor gritou para que Lisel corresse e logo recebeu o primeiro golpe de Fattio, o dragão vermelho das trevas. Zerthor estava ali, para finalmente terminar o que pensou que já fizera.
Victor atingiu uma das montanhas de gelo, seus ferimentos eram nítidos, Zerthor caminhou até ele, posicionou Fattio para um último golpe e relutando, começou a falar.
-Você teria sido o mais forte de meus guerreiros, mas, preferiu isto? Esta garota!
Não acredito que possas pensar em tão baixa recompensa.
Os olhares de Lisel e Victor se cruzaram, ele já não segurava mais as lágrimas de dor. Ela tentou ajudar, mas ficou entre o dragão gigantesco e o maior vilão que Vahl Hallen já pode ter.
-Uni-ar-gul. – Conjurou ela, fazendo com que a varinha que Zerthor controlava voasse até seu punho finalmente juntando-se a sua outra metade e assim se tornando a arma mais poderosa.
Zerthor ordenou que Fattio atacasse Lisel, Victor em um de seus últimos suspiros jogou-se na frente daquela rajada de fogo. Ela então lembrou-se de outro feitiço.
-Lá-manulia. – O dragão foi consumido pelo próprio fogo que exalava.
Lisel correu até Victor enquanto Zerthor desaparecera em meio a fumaça que consumia Fattio.
-Você conseguiu. – Tentou dizer ele.
-Você me salvou, obrigada! – Lisel inclinou-se sobre o rosto de Victor e o beijou.
-Vá, você precisa encontrar Tarllin.
-Não, o que eu mais preciso agora, é ajudar você. – Lisel colocou a mão esquerda sobre a testa de Victor, fechou os olhos e concentrou-se.
-Não faça isso.
Victor adormeceu enquanto Lisel transferia para ele um pouco de sua energia, ao fundo, vinte dragões brancos surgiram no horizonte. Ela podia ver um corpo se aproximando, com alguma dificuldade ao caminhar.
-Theodor! – Gritou Lisel.