O coelhinho que comeu a própria orelha

Era uma vez um pobre coelhinho que vivia em uma floresta muito muito distante. Nesse lugar aparentemente pacato residia uma grande ameaça ao coelhinho, os passengers. Estas criaturas cruéis, uma espécie de monstro parasita de corpo esguio, cor acinzentada e olhar brilhante, sequestravam criaturas inofensivas e indefesas como o nosso coelhinho, e então implantavam nele um do seus ainda em fase de desenvolvimento. O parasita implantado se alimenta de sua vítima de dentro pra fora em então em algum fatídico dia dilacerava sua vítima ao meio saindo então para juntar-se aos seus maléficos companheiros de espécie. Há casos em que tais seres apenas caçam indiscriminadamente para comer, e como comem. Dizem os boatos que não sobram nenhuma parte de suas pobres vítimas.

O simples pensamento da existência dessas terríveis criaturas aterrorizava o nosso pobre coelhinho. Ele sabia, podia sentir, eles estavam por perto. Aterrorizado o coelhinho se refugiou, pegou o que pode e se escondeu. A comida durou por um tempo, mas acabou. O coelhinho sabia que estava cercado, não tinha como dar uma escapadinha do refúgio para poder se alimentar. Eis então que teve a triste ideia. Era terrível e dolorosa, mas não tinha jeito, estava como fome. Ele rancou a própria orelha. Era a parte mais óbvia, sua orelha era grande e ele tinha duas, seria doloroso, mas não sentiria falta daquela! Pelos menos é o que achava. Nosso pobre coelhinho não sabia como teve coragem, como conseguiu sobreviver, pelo visto era mais forte do que se imaginava. Fritou colocou uns temperos, e então comeu!

De nada adiantou, os monstros sentiram o cheiro de sangue, seguiram o rastro, acharam nosso pobre coelhinho e então, comeram o resto!

Fim.