Anlyssia ShadowMoon

Esse conto é baseado no jogo World Of Warcraft e esta é a primeira parte do mesmo.

Anlyssia desde nova demostrava talentos com armas, logo se tornou uma sentinela e ficava de guarda com as demais para proteger teldrassil de qualquer ameaça. Estudou a arte da furtividade com alguns elfos mais velhos e ela aprendia bem, mas sempre tentava acrescentar algo novo, o que atraia a raiva de seus professores. Diante disso seu professor de armas a desafiou por conta de seus métodos, “Hora de pôr em prática, vamos ver como se saí!”. Ele era alto, magro, cabelos roxos e um olhar debochado. Anlyssia não se intimidaria com aquilo e se pôs em postura de combate, ambas as adagas já estavam em suas mãos, o instrutor usava uma lança longa. Dado o sinal Anlyssia sumiu e o instrutor não sabia onde ela estava, iniciou um golpe giratório com a lança a fim de se proteger de um ataque surpresa, mas o giro não cobria todos os pontos e Anlyssia correu e saltou por cima do mesmo, na queda ela conseguiu chutar a lança e depois caiu agarrada ao pescoço do instrutor, que logo perceberá que não tinha opção além de se render. Os que assistiam não bateram palma, tão pouco gostaram do ocorrido. Anlyssia não compreendia o por quê… Pelo visto seu povo era averso a inovações de combate. Guardou as adagas e caminhou para seu cômodo, acendeu uma vela e ficou pensando por algum tempo.

“Este lugar não é pra mim, eu preciso fazer algo a mais, viver, viajar… Dar um tempo daqui!” Adormeceu logo em seguida.

No dia seguinte ela fora mandada a Costa Negra para investigar a presença de invasores da Horda no local. Anlyssia pegou um hipogrifo e se deslocou até o local indicado Lor’danel, uma cidade costeira de elfos noturnos, algumas sentinelas, sacerdotisas e Druídas podiam serem vistos, havia alguns tipos de comércios como vendedores de armas, armaduras de todos os tipos e estalagem. Anlyssia encontrou a capitã do local.

— “Você deve ser a Anlyssia ShadowMoon, ouvi boatos sobre seu talento com armas e furtividade… Preciso que use tais talentos para investigar a horda, eles estão a oeste deste local, batedores falam sobre troll’s, orc’s e taurens juntos, todo cuidado é pouco!”

Anlyssia ainda estava sem ânimo, mas não tinha o que fazer além de aceitar.

— “Compreendo, farei o meu melhor, retornarei assim que possível!”

Anlyssia partiu com uma pantera até as proximidades do local, chegando lá ocultou sua presença com seu talento e seguiu de modo furtivo. Avistou troll’s cavando em busca de artefatos, orc’s e tauren’s apenas faziam a defesa de um acampamento mais à longe. Resolveu averiguar o acampamento… Passou por dois orc’s grandes e brutos, dariam dois dela em largura e um tauren praticamente aparentava ser uma força muito superior a dela. Ela resolveu evitar confrontos de imediato e seguiu até o final do acampamento. Lá ela conseguiu ver uma elfa sendo torturada, o troll seguia furando seu corpo com uma adaga e repetia…

“Vamos, diga-me elfinha, onde estão os artefatos mais poderosos? Eu não posso continuar te furando pra sempre!” O troll pegava a cabeça dela e a fazia ver o corpo da outra elfa que jazia morta ao lado, sem nenhum cuidado, a face virada para terra.

Cuspindo sangue a elfa voltava a falar com dificuldade — “Eu não tenho nada a dizer para um idiota como você!” Tentou cuspir na cara do troll, mas infelizmente ela não tinha mais forças para isso.

Anlyssia observava tudo, sabia que não tinha condições de resgatá-la e sair viva de lá, mas não podia continuar vendo tudo aquilo. Se aproximou e tentou encostar suas adagas no pescoço do troll, de modo que ela queria fazê-lo como refém a fim de poder sair livre dali. Ela infelizmente se precipitou. O troll riu, Anlyssia já não entendia mais nada, mas de longe um outro troll “Arqueiro” lhe jogou um dado envenenado…

— “Elfa tola, não somos burros como seu povo pensa.” O corpo da elfa fraquejava e ela caiu de joelhos, o troll pegou sua cabeça e a virou para o lado em que estava o caçador… — “Veja bem criança, ali e ali, tudo isso está protegido… Os loas não querem que a gente perca. Preciso pensar o que fazer com você, este veneno não é mortal. Apenas vai…” A elfa não conseguia mais manter a consciência e após isso apagou.

Acordou pouco tempo depois, estava sem sua armadura, totalmente exposta e algumas cortes eram visíveis em seu corpo, suas mãos estavam amarradas e fazia seus braços ficarem abertos, suas pernas estavam juntas graças a um nó. Anlyssia não podia fazer nada além de se culpar por tudo. O torturador estava chegando, agora ela podia ver claramente o troll. Sua pele era esverdeada, o nariz era imenso, andava de forma curvada, devia ter umas 2,20 se conseguisse ficar em postura normal, em suas mãos ela podia ver a sua própria adaga.

— “Elfa tola, está na hora da segunda onda da tortura hehehehe!” O troll encostou a adaga na barriga da elfa e começou a fazer um corte superficial, fez o mesmo do seu ombro até o cotovelo, o sangue escorria e a elfa tentava suportar a dor. — “Durona, certo? Vamos ver até onde isso irá te levar.” Outro troll chamou o torturador para falar algo mais importante, parece que estavam chegando perto do que eles queriam obter ali. — “Cuido de ti mais tarde!”.

Anlyssia estava cansada e sua visão vacilava, alguns soldados da horda passavam e riam ao vê-la naquele estava, outros chegavam mais perto e lhe davam uma tapa no rosto. Um tauren se aproximou e falou baixinho…

— “Olá, eu não concordo com o que estão fazendo contigo, posso tentar lhe tirar daqui, mas vou precisar da tua confiança...” O olhar da elfa já não conseguia enxergar nada a frente, ela precisava de água. O tauren deduziu que ela queria ser liberta.

Barulho, desordem, parece que as sentinelas de Lor’danel prepararam um ataque após um dia de sumiço da Anlyssia. Agora o acampamento estava com chamas, orc’s pegavam suas armas, tauren’s corriam para frente de batalha, o torturador já não estava mais por ali, o tauren amigável não foi para a batalha, ao invés ele libertou Anlyssia, deitou-la e tentou dar água em sua boca, a elfa bebeu com dificuldade e voltou a fechar os olhos. O tauren a levantou em seus braços e tentou fugir por detrás da batalha, era o único modo de não ser visto como traidor ou ser morto por uma das sentinelas elfas. Tudo ia bem até que no fim do acampamento um orc o parou.

— “O que diabos esta fazendo tauren?” O Orc estava desconfiado

— “Não viu a batalha a frente? Estou retirando nossa prisioneira para um local seguro, assim poderemos ter mais informações sobre os locais dos elfos noturnos!” O tauren tentou disfarçar, o orc parou por um momento e o deixou passar. Mas Anlyssia ouviu tudo aquilo, mas o que ela podia fazer…

O Tauren conseguiu sair da confusão e encontrou uma caverna perto da praia, acendeu uma fogueira e foi atrás de algum bicho para comer. Anlyssia nesse momento já conseguia abrir os olhos, mas não teria forças para sair dali sozinha, encontrou uma madeira que estava na fogueira e a manteve atrás dela, a madeira ainda estava quente. O Tauren voltou com um cervo nas costas, o colocou no chão e olhou a elfa acordada.

— “Você acordou, que bom que está bem!” O Tauren tentou dar um sorriso para amenizar a desconfiança da elfa, mas isso não foi possível, Anlyssia usou toda a força que tinha para arremessar a madeira da fogueira, brasas podiam serem vistas, a madeira chegava a face do tauren, mas ele a interceptou com os braços largos…

— “Hahahaha, boa, você ainda não confia em mim! Mas eu te entendo.”

Anlyssia estranhou a situação e se afastou para o canto mais escuro da caverna.

— “Vocês comem carne? Cacei este cervo, espero que possa aproveitar, não sabes o trabalho que deu! A proposito, meu nome é Nayati e o seu?”

A elfa ficou calada sem responder, sua barriga estava ansiosa por comida, mas eles não comiam carnes de animais.

O Tauren tratou o cervo com uma pequena faca e começou a assar uma coxa do bicho, O cheiro imundava a caverna, Anlyssia nunca sentirá aquele cheiro, era agradável, lhe atraia, ela queria provar, afinal estava cansada da vida que levava. Mas não coagiria com um tauren!

Nayati pegou a carne recém assada e deu uma mordida, estava perfeito, o seu rosto fez uma expressão relaxada de prazer, estendeu a mão com a coxa para a elfa… Que caminhou devagar até ele e pegou a coxa, voltou para o fundo da caverna.

Olhava para a coxa do cervo e pensava se devia comer ou não, isso levou algum tempo.

— “Coma logo, se esfriar perde um pouco do sabor.” O Tauren falou rindo da elfa.

Ela fechou a cara, e mordeu um pedaço, a sensação de prazer lhe percorreu por todo o corpo, nunca tinha comido um pedaço de carne em toda sua vida, mas agora perceberá o quanto lhe foi tirado por seu povo!

— “Irei num lago aqui perto, precisamos de água, espero que não fuja.”

A elfa logo pensou em fugir, mas não tinha armadura e nem armas, fugir apenas com roupas de baixo não parecia ser uma opção viável. Saiu da caverna e foi ver o mar, as ondas vinham fracas até seus pés descalços. Ainda detinha muitos ferimentos pelo seu corpo, resolveu que o melhor modo de tratá-los era entrando na água salgada. A dor e o prazer da água salgada se misturaram e por um momento ela ficou ali flutuando a deriva, sem saber o que fazer, apenas deixando a água lhe levar… O tauren havia retornado e apenas observava de longe, era algo belo de se ver, a luz da lua agora iluminava o mar e Anlyssia parecia brilhar!

Retornou a si, jogou os cabelos para trás, mas não tinha como amarrá-los, então parte do mesmo lhe cobriram a face. Saiu da água e o tauren lhe ofereceu um cantil…

— “Pegue!”

Ela agarrou o cantil e bebeu todo o conteúdo, estava com muita sede.

— “Obrigada… Vais me levar para onde?”

— “Lugar algum, estou apenas tratando seus ferimentos. Nós Taurens, somos aversos a tamanha violência!”

A elfa olhou para o tauren de pelagem escura, seus chifres eram grandes e curvados para frente, podiam ser usado como armas numa luta. A elfa ainda teimava a confiar nele, mas se fosse matá-la já teria o feito.

— “Então estou livre?”

— “Se assim desejar!”

Um certo sentimento de agradecimento invadiu a mente de Anlyssia, ela saltou de alegria.

Nayati apenas observou.

— “Então, posso fazer algumas vestes com o couro do cervo...” O tauren olhava para o corpo quase nu da elfa.

— “Isso seria ótimo!” O Humor dela havia melhorado, mas a elfa não se envergonhava por estar um pouco exposta.

Continua...

João Bezerra Do Nascimento Neto
Enviado por João Bezerra Do Nascimento Neto em 20/04/2018
Reeditado em 04/04/2019
Código do texto: T6314507
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