O Encontro.

Era início de Abril do ano 2001, quando Vivian conheceu James. Vivian era uma garota muito atraente -sua pele muito clara, cabelos castanhos que combinavam com seus olhos, meiga e inteligente. Gostava muito de animais e sempre que podia ia até o zoológico. Essa visita lhe enchia de prazer. E numa dessas tardes de domingo estava Vivian passeando no zoológico quando de repente cruza o olhar com um jovem alto, bonito, esbelto – quase que atlético, cor clara, olhos claros, um tipo que a agradara. Ficou inquieta e sempre que voltava a olhar encontrava aqueles olhos... Sentiu uma atração instantânea, nunca antes sentida. Percebeu que também havia despertado atração naquele jovem rapaz. Era evidente!

Não chegaram a se falar verbalmente, mas visualmente sim. E nessa fala a mensagem foi entendida simultaneamente. Chegando a hora de retornar à sua casa, deu uma última olhada, que significava um até breve. Retornou a casa com um frenesi na alma. Precisava voltar a ver aquele jovem. A semana passou lentamente, embora desenvolvesse tantas atividades, pois estava terminando o curso de veterinária e eram tantos trabalhos que a deixava exausta. Sua alma, seu coração pedia que voltasse novamente àquele zoológico no próximo domingo, quem sabe o encontraria novamente.

E quando domingo chegou, Vivian acordou com todo entusiasmo. Pôs em ordem todas as coisas que estavam pendentes e decidiu que depois do almoço iria para o zoológico. Se a flecha do cupido que a acertou também tivesse acertado aquele jovem, com certeza ele estaria lá. Não sabia nada sobre ele, apenas sentia algo diferente. E a curiosidade em conhecê-lo era imensa. Assim passou-se aquela manhã cheia de expectativa e chegou o grande momento. Vestiu-se leve e perfumou-se suavemente. Examinou-se de cima a baixo no espelho e gostou de sua silhueta. Pensou: acho que o agradarei. E se foi. Ainda era muito cedo para visitação, mas ela estava ansiosa, não queria perder um segundo. Se ele também fosse aquele lugar ela fazia questão de estar lá quando o mesmo chegasse. Tinha convicção que o encontraria. Sua intuição não podia enganá-la, e esta sinalizava positivamente. Estava posicionada em frente à gaiola dos micos-leões, que fazia soar boas gargalhadas com suas peraltices. Não tardou nada, quando a certa distância ela vislumbrou aquela imagem de homem que era só charme – parecia até mais bonito que da última vez – dirigindo-se ao local onde ela encontrava-se. Este ali chegando, fez um gesto de cumprimento ao qual ela prontamente respondeu com um largo sorriso e o brilho intenso no olhar. E pode sentir um palpitar acelerado no peito e suas pernas começaram a tremer. Nesse momento teve certeza que havia se apaixonado instantaneamente por aquele rapaz. Dessa vez, ele usou muito bem as palavras quando se dirigiu para Vivian e apresentou-se lhe estendendo a mão: “sou James, encantado!” e ela timidamente: “ah, sou Vivian”. Nesse instante Vivian parecia desfalecer-se de tanta emoção; na semana que havia passado, desde o dia que o havia encontrado pela primeira vez, ensaiara tantas falas, tantos gestos e agora nada lembrava, fluíam naturalmente apesar da emoção, mesmo assim estava se saindo muito bem. Começaram a conversar. Ele contou-lhe que estava de férias e havia chegado à cidade há quinze dias. Estava hospedado na casa de um tio e que gostava muito de animais; havia terminado zoologia. Estava desenvolvendo um trabalho de pesquisa. Vivian afinou-se logo com James e vice-versa. Muito gosto em comum que tornou a conversa bem descontraída e agradável. Quando menos perceberam já se aproximava a hora do pôr-do-sol. Riram do tempo que havia passado tão rápido que nem perceberam. “Quando estamos em companhia agradabilíssima não percebemos o passar do tempo” – falou James. Vivian agradeceu a gentileza com um doce sorriso. Ficaram alguns momentos ali tão perto um do outro, observando aquele espetáculo gratuito, ofertado pela natureza e num impulso natural se aproximaram e sentiram a respiração ofegante um do outro; suas bocas uniram-se num beijo ardente, fazendo brotar um eloqüente desejo... Que o tempo se encarregaria de conduzi-los, contemplá-los... Dessa vez, na despedida trocaram telefones, endereços e levaram consigo a chama acesa da paixão.

Cellyme
Enviado por Cellyme em 25/04/2008
Reeditado em 29/04/2008
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