A chegada.

Um estrondo. E de repente Alexandra estava acordada.

Ficou um tempo deitada em sua cama se sentindo confusa.

Olhou no relógio: eram seis horas da manha, estava atrasada para o trabalho.

Levantou o mais rápido que podia, correu para cozinha, separou quatro fatias de pão plus vita e colocou na torradeira.

Enquanto o pão torrava, ela correu para o banheiro para fazer sua higiene pessoal e tomar um banho.

Saiu do banheiro apenas com uma toalha enrolada na cabeça. No caminho pegou seu café na torradeira e comeu enquanto se encaminhava para o quarto.

Decidiu que pentear o cabelo só a atrasaria mais, em vez disso o prendeu em um rabo de cavalo.

Pegou sua bolsa e foi em direção a porta de saída da casa.

Achou que a avenida onde morava estava calma demais, geralmente a essa hora dona Fátima sua vizinha, já deveria estar gritando com os três filhos os mandando ir para escola.

Estranhou quando encontrou a porta da casa escancarada, e a bicicleta do filho adolescente jogada bem em frente à porta.

Será que alguma coisa aconteceu a eles? Talvez explicasse o barulho que a havia acordado.

Sabia que José marido de Fátima tinha problemas com a bebida, invariavelmente a surrava na frente dos filhos.

Danem-se eles. Disse ela olhando para frente.

Quando chegou na rua avistou uma grande cortina de fumaça que ia subindo aos poucos.

Pela distância parecia ser no shopping da cidade.

Caminhou apressadamente em direção ao seu ponto de ônibus. Ao chegar à esquina de sua rua virou à esquerda, acreditava que aquele era o caminho mais curto até o centro.

Do ponto onde estava podia ver algumas pessoas correndo na rua transversal, que levava ao shopping,

Sua atenção foi desviada para o alto, um som similar a um trovão ecoou no céu. Aos seus ouvidos lembrava um trovão. Olhou pára o alto e viu um helicóptero do exercito que voava baixo.

Estava curiosa e confusa, o que será que havia acontecido? Pensou ela.

O helicóptero estava voando em círculos, como se estivesse procurando algo.

De uma hora para outra, o helicóptero moveu para a esquerda e para direita bruscamente.

Em seguida inclinou o próprio bico para baixo colidindo com um conjunto de apartamentos.

Alexandra perdeu o equilíbrio e caiu de cócoras.

Levantou e levou uma das mãos ao seu joelho direito que havia ficado ralado.

Correu até a esquina e descobriu um grupo de pessoas que olhavam atentamente para o alto.

Olhou também e descobriu cinco objetos em formato triangular cortando o céu.

Uma nave vinha na frente e as outras logo atrás formando um v.

A nave da frente disparou uma espécie de raio numa loja de roupas a destruindo totalmente e deixando algumas pessoas presas entre os escombros.

Uma jovem que ficara parcialmente coberta pelos escombros implorava por ajuda, mas a multidão em desespero não parecia notar o seu lamento.

Alexandra corria em direção a lugar nenhum, enquanto no céu mais e mais naves surgiam entre as nuvens.

Tropeçou pela segunda vez em menos de dez minutos e foi ao chão, caiu aos pés de um senhor que olhava fixamente o céu.

-Vamos senhor, temos que sair daqui! Disse Alexandra.

O velho a encarou com um olha triste e respondeu: - Do que adiantaria. Eles chegaram!