DEUSES E DEMÔNIOS - IV - V

PARTE 4 - SURPRESA EM ACQUA1

No dia do embarque algumas garotas faltaram então simplesmente entrei na fila. Não havia um controle e ninguém me perguntou nada, mesmo porque de cinema não tinha nada. Quando a nave partiu de Nova Terra é que as garotas perceberam a cilada e então era tarde. Depois de dois dias de viagem, fomos transferidas para uma outra nave e fomos selecionadas e enviadas em naves menores para destinos diferentes. O resto você sabe. Eu fugi e acabamos naquela cratera.

– Certo vamos então começar por aí. Aqui não adianta tentarmos obter mais informações, temos que combater os seqüestradores minando suas bases. Acho que devemos nos armar melhor e ver o que arrumamos em Even2.

– É, temos contas a ajustar por lá. Mas antes acho que devemos tentar a rota das naves de transporte. Existem alguns postos intermediários, por exemplo, Acqua 1, aquele em que o piloto que me seqüestrou encheu a cara.

– Talvez possamos também saber o destino dos diamantes. Maira concordou e tratamos de ultimar os preparativos para a viagem. Achamos melhor viajar numa nave de apoio, um pouco maior do que as de combate. Esta nave poderia conter em um espaço-tempo paralelo duas naves menores de combate. Solicitei ao comando um piloto para eventualidades em que tivéssemos de utilizar duas naves de combate então precisaríamos de alguém para ficar na nave mãe. Na manhã seguinte o piloto apresentou-se e tive uma surpresa, me mandaram uma mulher. Hatenna servira na nave de Rogério na época em que eu também servia completando meus estudos. Na época chegamos a namorar, mas logo eu fui transferido para a agência de controle espacial e nos distanciamos. Ela era alegre e sempre tinha um sorriso estampado nos lábios. Apresentou-se com o uniforme característico dos Anulanos, estampado com borrões de cores pasteis. Anul, pela vegetação bastante colorida em função de uma temperatura estável o ano todo, usava este artifício como camuflagem em combate. Trazia duas sacolas e em uma delas, dinheiro. Moeda intergaláctica porque poderíamos precisar dada a complexidade da missão. Maira não me pareceu muito feliz com a chegada de Hatenna, mas não falou nada. Assim partimos para uma viagem que mal sabíamos reservava acontecimentos imprevisíveis. Nos primeiros dias de viagem, transcorria tudo na normalidade até que o alarme de bordo acusava um ataque eminente.

– Vespas! Falou Maira. Estão vindo em nossa direção. Hatenna saltou e corremos para o compartimento das naves de combate. Tínhamos que agir rapidamente, as vespas eram pequenas naves robots, comandadas a distância. Mal tivemos tempo de tomar nossos acentos e sair para o espaço enquanto Maira nos mantinha informados da distância de aproximação das perigosas vespas. Eram apenas duas, mas isso era suficiente para causar o maior sufoco. Uma delas vinha no meu encalço e a outra atacava Hatenna, que em uma manobra arrojada conseguiu disparar atingindo-a em cheio. A outra estava muito próxima e a minha manobra não foi suficiente para livrar-me do incômodo. Então a atitude de Hatenna, me surpreendeu. Apesar de ainda muito jovem, possuía uma habilidade fora do comum e era absolutamente fria, fazendo o que tinha que ser feito com uma coragem pouco comum para uma mulher. Ela simplesmente lançou sua nave sobre a vespa ejetando-se para fora frações de segundo antes que as duas naves explodissem. Ela acabava de salvar a minha vida e eu precisava agora manobrar com muita concentração para resgatá-la. O capacete dela teria oxigênio por apenas alguns minutos mais. Posicionei a nave cuidadosamente junto a seu corpo e abri a escotilha puxando-a para dentro. Ela estava quase sufocando e até que o oxigênio se refizesse a bordo eu teria que agir com rapidez apesar dela estar sobre meu colo com as pernas para trás do acento. Com toda dificuldade consegui remover o capacete e aos poucos ela se refez. Um sorriso brotava em seus lábios e me olhava satisfeita.

– Puxa, você é uma garota corajosa, o que você fez é uma coisa extremamente arriscada.

– Era a única coisa que podia fazer ou você não estaria aqui, comigo assim no seu colo.

– Bem, devo-lhe a minha vida. Manobrei de volta para a nave e estranhei o silêncio de Maira. Chamei, mas não obtive resposta. Será que estava aborrecida comigo por causa de Hatenna? Deixamos as naves e encaminhamo-nos para a sala de comando. Maira não estava. Procuramos por toda a nave e nada.

– O que você acha que aconteceu? Perguntou Hatenna. A resposta revelou-se numa projeção tridimensional. Mira a um canto do painel, com aquela expressão de soberana, sorria maliciosamente.

– Oi! Querido, fique tranqüilo, sua namorada está bem e está aqui comigo. Não se preocupe, nada acontecerá à ela se eu tiver os diamantes e você.

– Quero vê-la. Respondi. Surgiu então a figura tridimensional de Maira.

– Rodrigo! Não faça nada do que ela pede. Quero falar com Hatenna.

– Ok! Disse Mira, mas seja rápida, tenho o que fazer.

– Hatenna! Falou Maira, os diamantes dificilmente poderão ser recuperados. A estas alturas já estão espalhados por aí. Cuide bem do Rodrigo. Adeus! Rodrigo eu te... A imagem se desfez e Mira falou.

– Você sabe! Você e os diamantes em troca de Maira. A imagem de Mira se desfez e ficamos arrasados. A bruxa deveria ter enviado as vespas e tirado Maira da nave, não sei como, mas dela podia-se esperar tudo. Sentei-me em minha cadeira de comando e tentava concentrar-me no que deveria fazer. Maira havia falado em Acqua1, uma cidade sobre o mar em um pequeno planeta distante de Even2 uns 600.000 km.

– Vamos para Aqua1 hatenna.

– Sim! Sei onde fica. Descanse um pouco. Eu piloto.

– Ok! Assuma, Mira não irá fazer nada agora! Fui dormir um pouco e consegui tirar um cochilo de umas duas horas. Acqua 1 é um planeta com 90% de água, uma bola oceânica com algumas ilhas. A cidade flutuante constituída de um aglomerado de prédios em módulos unidos por passagens móveis, ficava próxima a uma ilha rodeada por uma extensa praia. Decidimos adiantar-nos no tempo, ficando desta forma invisíveis. Sobrevoamos a ilha e em um ancoradouro, um barco esperava. Pousamos em uma área aberta e ficamos observando. Não tardou para descer uma outra nave. Pousou próxima ao ancoradouro e de seu interior desceram cerca de 50 garotas, mas me chamou a atenção o homem com uma pasta na mão. Marcio Cvb8967 Santana, filho de Maiha com Márcio Santana, tinha que ser ele. Mas, o que ele estaria fazendo ali? Estaria envolvido com o seqüestro das garotas?

– Hatenna! Estamos invisíveis para eles, então, vamos segui-los até a cidade. Não posso crer que o filho de Maiha esteja envolvido nisso. Deve haver alguma explicação. Seguimos logo atrás do grupo e embarcamos. Marcio C.S. Conversava com um sujeito que deveria ser o responsável pelo destino das garotas. Não consegui entender o que conversavam pois o alarido produzido pelas mulheres, abafava. Seguimos Marcio, quando se encaminhou para uma sala em um prédio contíguo e assim podíamos ouvir o que conversavam. Ao que deduzimos, ele estava sim, negociando as garotas e ouvimos ainda comentários sobre o desaparecimento dos diamantes. Decidi então entrar em contato com Rogério, mas parecendo adivinhar minhas intenções, sua voz veio aos meus ouvidos.

– Rodrigo! Estou indo com uma tropa de assalto. Não podemos por em risco as garotas. Mais tarde cuido de Marcio. Espere-nos hoje a noite junto ao ponto de desembarque ao sul da cidade.

– Ok! Estarei a postos!.

– Hatenna vamos nos preparar parece que teremos combate. Vestimos nossos uniformes de combate e deslizamos junto as paredes até o ancoradouro. Não tardou para que surgissem vindo a tona, Rogério e mais alguns homens. Aos poucos iam se espalhando e mais homens emergiam subindo para a calçada. A idéia que Rogério me passou seria de um ataque surpresa. O local era defendido por um pequeno exército de mercenários bem treinados, mas éramos em número maior. Aquela hora da noite, apenas alguns guardavam posição em pontos estratégicos. A maioria dormia. A ação foi rápida e em pouco tempo estavam dominados. Apenas algumas escaramuças que resultaram em dois homens dos nossos feridos e algumas baixas do outro lado. As garotas foram todas reunidas em um salão e aguardavam o barco que as levaria até a nave de Rogério.

– E Maira? Você sabe dela? Perguntei a Rogério.

– Sim! Respondeu! Sinto sua presença em algum ponto sobre o mar, mas algo bloqueia meus contatos e não consegui localiza-la. Mira é muito esperta e achou algum modo de impedir que eu pudesse resgatá-la, da forma como havia feito tirando-a de sua nave. Vamos acomodar as garotas e depois tentaremos localiza-la. Neste meio tempo, percebi que uma nave decolava do terraço de um prédio próximo. Naturalmente que os nossos alvos principais estavam evadindo-se.

– Mira não está aqui. Falou Rogério. Deve ter viajado para cuidar de alguma falcatrua. Ao amanhecer, já com as garotas embarcadas e os prisioneiros acomodados em um compartimento da nave de Rogério, resolvemos sobrevoar o mar de Acqua 1 a procura de Maira. Rogério seguia seus instintos e mais ou menos sabia da localização. Mas o que vimos, quando finalmente a encontramos, deixava claro que Mira não pretendia devolve-la. Provavelmente a mataria assim que obtivesse os diamantes. Ou deixaria que morresse, pois a havia aprisionado em pleno oceano em condições absolutamente inusitadas. Só uma mente doentia poderia imaginar algo assim.

ΩΩΩ

PARTE 5 - A PRISÃO DE MAIRA

Sobre o mar uma estranha armação de grossas chapas de cristal flutuava presa em algo como uma bóia submersa. Em seu interior, a figura de Maira completamente despida surgiu aflita. Deveria haver algum aposento submerso de onde Maira emergiu. Rogério achou melhor descermos com uma nave menor para que pudesse pairar próximo a estranha construção.

– Rodrigo, aí está a razão porque não consegui contato com Maira, o cristal espesso usado por Mira bloqueia a ação do Alpha Z. Quando conseguimos ficar suficientemente próximos, pude então presenciar a incrível capacidade mental de Rogério Ele apontou com a mão espalmada para a cúpula de cristal que envolvia Maira e para meu espanto o cristal começou a derreter. Com um cabo preso ao meu corpo, desci até onde ela estava e a ergui nos braços. Fomos então içados para dentro da nave. Hatenna já providenciara roupas para Maira e retomamos o caminho de volta.

– Rodrigo! Eu vou atrás de Marcio, acho que ele deve explicações. Vou deixar parte da tropa de assalto com você. Vá para Even 2 e acabe com aquela clínica e o que encontrar que tenha algo a ver com o que estamos combatendo. Dizendo isso, despediu-se e sua imagem desfez-se. Entreguei o comando a Hatenna e fomos eu e Maira para nossos aposentos. Precisávamos recuperar o tempo perdido desde que fora aprisionada por Mira. Descemos em Even 2 sem novidades e resolvemos atacar por terra. Maira desta vez fazia parte da tropa de assalto junto a mim. Invadimos a clínica e a ação durou poucos minutos. Estava guardada apenas por alguns mercenários que não ofereceram grande resistência O local era algo de dar medo. Uma construção antiga e suja. Mas, o maior espanto veio quando localizamos uma espécie de necrotério onde corpos de garotas mortas estavam envoltos em sacos plásticos e alguns em gavetas nos refrigeradores. Os cadáveres mostravam sinais de extrema violência e obviamente haviam sido violentadas antes de serem mortas. Consegui localizar o médico responsável pela clínica, o mesmo que eu deixara fora de combate quando de minha fuga. Agarrei-o pela gola do jaleco e soquei contra a parede.

– Desembuche! O que houve aqui e quem é o responsável por isso? Ele estava trêmulo e foi logo falando.

– Órgãos para transplante! O mercador da colina compra as garotas.

– Sim! E elas têm os órgãos extraídos ainda vivas e aí são estupradas e depois mortas. É isso?

– Sim! O mercador, ele faz isso.

– Muito bem onde fica a casa dele?

– Eu mostro, mas por favor não me mate!

– Você já está morto! Daqui, você vai ser sumariamente julgado e executado.

– Ok! Ordenei aos homens! Levem todos e depois queimem tudo! Não quero uma só tábua inteira. O médico seguia a minha frente e caminhávamos subindo a colina. No topo havia uma casa grande encoberta pela floresta, por isso não a havíamos visto quando fugimos. Não havia ninguém em casa e as paredes eram decoradas com muitas fotos de garotas nuas. As garotas que o bandido estuprava. Ouvi um choro de mulher e ao observar pela janela o Mercador, devia ser ele vinha com uma garota com as mãos amarradas. A garota chorava desesperada e o bandido tinha um sorriso sarcástico nos lábios. Eu não podia fazer nada para não atingir a garota. Mas, nesse momento a cabeça do homem explodiu. E seu corpo caiu pesadamente ao chão. Então vi a figura sorridente de Hatenna. Ela havia me seguido sem que eu percebesse. Ainda trazia na mão a arma que usara e a apontou para o médico.

– Calma Hatenna, falei. Ele vai ser julgado!

– Não vai não! Falou enquanto explodia a cabeça do médico com um certeiro tiro. Um poderoso raio de núcleo solar. Então Hatenna começou a chorar.

– Faça o que você quiser. Aquela menina é minha amiga! Estendeu-me a arma, mas eu a devolvi.

– Está tudo bem! Você fez o que eu mesmo estava com vontade de fazer. A garota prisioneira estava ainda em estado de choque e Hatenna tratou de ampará-la enquanto voltávamos para a nave. Antes, mandei destruir também a casa da colina. Agora faltava ainda a cidade. Achei que seria um desperdício destruir tudo aquilo que afinal estava vazia e poderia servir para alguma coisa. Decidi deixar a decisão para o Rogério. Voltamos para a nave e Maira estava feliz e sorridente.

– Tenho uma novidade pra você!

– Diga!

– Não agora não! Depois. Primeiro determine os planos para a nossa volta e depois conversamos.

– Ok! Vou ficar curioso, mas assim seja! Hatenna preparava um relatório para a Federação e traçávamos os planos para irmos de encontro a nave de Rogério. Terminada a reunião fomos eu e Maira para nosso quarto. Ela estava misteriosa e cheia de suspense. Tinha um segredo, mas estava fazendo rodeios fora do comum.

– Vamos lá, seja o que for, fale!

– Eu sei onde estão os diamantes! A revelação me pegou completamente de surpresa.

– Você sabe? O quê?

– Sim! Mas eu só conto se você me prometer que faremos uma viagem a Even 4. Esta agora me deixava mais confuso!

– Espere! Você sabe onde estão os diamantes e temos que ir a Even 4, posso saber porque?

– Bem! Você lembra do Alexandre Romero?

– Sim! O novo hospedeiro para a alma de Márcio Santana. O que isso tem a ver com os diamantes?

– Querido! O Alex e a Helena estão morando em Even 4 e desenvolvem um trabalho junto a refugiados de guerra e a população pobre de Even 4. Você sabe que por lá as coisas andam muito mal. Existem guerras e disputa por poder. Eles decidiram não voltar mais para a Terra e saíram de Nova Terra descontentes com o rumo que as coisas estão tomando.

– Ok! Você quer que os diamantes...

– Sim! Esse dinheiro ajudará muito. Mas antes temos que voltar a cratera.

– A cratera?

– Sim! Quando caímos lá! Você ficou desacordado por um bom tempo. Então eu descobri uma caverna que mal dava para entrar. Havia duas caixas iguais na nave e uma estava vazia. Então enchi de pedras e troquei as caixas. Foi isso que vocês levaram para Mira.

– Mas como a Mira conseguiu abrir a caixa?

– Bem havia ferramentas na nave e eu troquei a fechadura e então escondi os diamantes.

– Ok! Você é incrível! Devo ter estado desacordado um bom tempo.

– Nem tanto! Tive que fazer tudo correndo porque poderia aparecer alguém! Decidi então enviar a nave com Hatenna no comando e tomamos uma nave de apoio para voltar à cratera em Even2. Descemos vagarosamente ao fundo da imensa cratera onde nossas naves jaziam depois que batemos. Maira guiou-me até a caverna que ficava em uma parede lateral próxima as naves. Depois de muita dificuldade, conseguimos arrastar a caixa subida acima. Quando estávamos quase chegando ao topo a visão de um homem cambaleante surgiu a uma certa distancia. Caminhava tropegamente e suas roupas estavam sujas e rasgadas. Quando chegou mais próximo tivemos uma grande surpresa. Era Marcio, Filho de Márcio Santana e Maiha. Nós o socorremos. Demos-lhe água para beber e Maira foi buscar medicamentos na nave, Estava ferido e demonstrava ter andando muito para chegar até ali. Finalmente conseguiu falar e chorava muito.

– O que houve com você? Perguntei.

– Porque está envolvido com o tráfico de garotas?

– Minha filha e minha mulher estão em poder deles, não tinha escolha. Quando vocês atacaram Even 2, eu estava aqui e quando se viram perdidos, me bateram muito e me jogaram no deserto. Se vocês não aparecessem eu morreria. Está tudo destruído e não teria como sobreviver.

– Ok! Onde estão sua mulher e sua filha? Você sabe?

– Estão a bordo da nave de Mira! Provavelmente ela as matará quando souber o que aconteceu.

– Está bem! Vou falar com Rogério e ver o que podemos fazer. Voltamos para o espaço e alcançamos nossa nave. Rogério entrou em contato e me confirmou a presença da esposa e da filha de Marcio na nave de Mira que voltava de uma longa viagem e ainda estava muito longe, se bem que com a tecnologia de agora, distância não significava muito. Alcançamos a nave de Rogério e transferimos Marcio C.S. para lá. Rogério iria cuidar do caso enquanto eu retornava rumo a Even4 onde iríamos entregar os diamantes ao Alexandre Romero e Helena. Resolvi juntar também o dinheiro que havíamos levado na viagem, afinal não iríamos precisar mais dele.Partimos para Even 4 na manhã seguinte. Maira, hatenna e eu. Alexandre e Helena estavam em uma região ao norte de Awull, a capital comandada pelo rei Sahaib e os encontramos em um rancho anexo ao complexo onde prestavam assistência a centenas de refugiados e pessoas carentes da cidade. O filho deles havia nascido poucos dias antes e fomos até o quarto do bebê para conhecê-lo. Por uma estranha coincidência haviam lhe dado o nome de Jesus. Não pude deixar de sentir uma certa emoção ao lembrar da história ocorrida a mais de 2045 anos. Estava vindo ao mundo um novo Jesus? E nós, tal como os reis magos, éramos 3 pessoas trazendo presentes. Será que a história se repetiria? Havia naquele menino uma certa aura de mistério. O recém nascido nos observava e seu semblante sereno me provocou arrepios. Nossa demora foi pouca e no dia seguinte já retomávamos o caminho de volta. Encontramos a nave de Rogério e seguiríamos todos para Nova Terra. Mas a viagem reservava surpresas e uma delas seria a mais surpreendente e inesperada!

Lauro Winck
Enviado por Lauro Winck em 11/05/2010
Código do texto: T2250257
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