Um Homem, Um Cão e Invasores do Espaço - Republicado

Olá pessoal! Escrevi esse pequeno conto só para descontrair, não é nem um pouco intelectualizado mas serve como diversão. Boa leitura!

Luis estava sentado no sofá, despertava de um cochilo, a televisão ainda ligada alertava que uma nave alienígena tinha sido avistada. Ele havia ouvido bem quando a repórter disse o nome de sua cidade? Ele olhou para arma no seu colo e o cachorro deitado no chão e disse:
- Bem amigos, acho que finalmente teremos um pouco de ação nessas bandas – disse para o cachorro e para a arma.
Luis sempre acompanhava as tentativas de invasão pela TV, no início houve pânico generalizado, a Terra havia sido pega de surpresa. Milhões pereceram. Mas ao que parece alguma coisa tinha falhado na estratégia dos alienígenas, suas baixas foram bem maiores do que as humanas. Aos poucos o jogo foi se invertendo, a tecnologia extraterrestre começou a ser dominada e os alienígenas foram quase totalmente expulsos. O problema é que muitos foram deixados para trás, e de vez em quando atacavam pequenas cidades e povoados do interior.
Quando Átila, o grande pastor alemão, começou a se inquietar Luís destravou sua arma e apontou para a porta. O cachorro se posicionou em posição de ataque a sua frente, lá fora um ruído como o de folhas ao vento aumentava a cada segundo e uma luz amarelada podia ser vista pela fresta da porta. Luis não teve duvidas, eram eles! Os invasores!
O ruído se tornou insuportável, a luz cada vez mais intensa e a porta começou a ser forçada. De repente tudo parou. Silêncio. A luz desaparece. Luis imaginou que eles tinham ido embora, mas foi quando Átila deu novo alarme, o cão voltou seu olhar para o teto e rugiu. Foi o tempo necessário para Luís se virar e ver um intenso feixe de energia atravessar o teto como se esse fosse feito de papel, e, assim que o feixe foi interrompido, um alienígena passou pelo telhado deixando um grande buraco atrás de si. Mas antes que ele chegasse ao chão Luis já havia atirado, quando o invasor caiu seu corpo já estava inerte e semi-dilacerado pelo tiro de sua escopeta calibre 12 dado a tão curta distância.
Não houve tempo para comemorações, Átila se virou novamente para a porta que finalmente foi arrombada e por onde duas figuras sinistras entravam.
Eram mais invasores. Criaturas assustadoras, eram quadrúpedes, mas tinham uma cauda dotada de garras que usavam como quinto membro, além disso possuíam uma mandíbula em forma de chave inglesa na cabeça, cabeça essa que podia girar 360°. Combinando a cauda e a cabeça eles tinham um poder de manipulação maior do que a mão humana.
A criatura que estava mais a frente portava na garra uma pequena esfera que jogou em direção ao homem e a seu cão. Luis rapidamente entendeu o que era.
- Pule garoto! – ordenou ele a Átila.
O grande cachorro acatou a ordem e os dois pularam para trás do sofá, o único objeto que poderia protegê-los, assim que fizeram isso ouviram um barulho abafado seguido de uma intensa lufada de ar frio. A temperatura na casa caia acentuadamente e uma fina camada de gelo, como uma geada, cobria tudo.
- Essa é a tal bomba criogênica que eu ouvi falar, mas esses caras me pagam!
Luis se levantou e atirou mais duas vezes, mas dessa vez não acertou nenhuma. O que deu tempo suficiente para que um dos alienígenas pulasse avançando em sua direção e tentasse agarrá-lo, tentasse, pois mais uma vez Átila entrou em cena e cravou seus dentes na cauda do invasor impedindo que esse saltasse. A outra criatura se lançou a frente para ajudar o companheiro, mas de novo a escopeta cuspiu fogo estraçalhando sua cabeça.
Agora restava somente um invasor, um ser que havia vindo a este mundo para caçar, mas ao invés de presas havia encontrado predadores. Pois era isso que Luís e Átila eram, predadores que agora combatiam um monstro sedento por sangue no meio do gelo da mesma forma que seus ancestrais faziam a milhares de anos atrás quando enfrentavam grandes feras glaciais.
O outro invasor conseguiu se desvencilhar do cão e estava prestes a ferir o animal com um golpe mortal de sua cauda, porém isso não aconteceu, novamente Luis atirou acertando-o em cheio. Agora sua casa tinha três monstros mortos e um homem e um cão vivos. E ele ainda tinha um cartucho carregado na arma.
Luis saiu pela porta arrombada e olhou para a rua onde viu alguns de seus vizinhos armados como ele, todos acompanhados de seus cães, muitos empilhavam corpos sem vida de alienígenas. Não demorou muito e alguns caminhões do Exército surgiram na rua.
Luis olhou para Átila e comentou:
- É amigão, acho que hoje não teremos mais problemas. – ele voltou para dentro, com cuidado para não pisar nos corpos dos invasores. Foi até a cozinha onde pegou uma cerveja para ele e um grande pedaço de carne para Átila.
- Toma, você merece – o cachorro aceitou o presente sem pestanejar.
Luis olhou para o buraco no telhado, o gelo que começava a derreter na sala e os corpos horripilantes no chão, teria trabalho para arrumar aquela bagunça, mas faria isso só no dia seguinte. Ele então recarregou sua arma e sentou-se mais uma vez em seu sofá, na TV a repórter falava sobre mais um ataque alienígena frustrado. Luis mudou de canal, abriu sua cerveja e foi assistir futebol. Agora só queria continuar a relaxar.
Luciano Silva Vieira
Enviado por Luciano Silva Vieira em 04/02/2013
Reeditado em 05/02/2013
Código do texto: T4123378
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