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A gente e as máquinas e as máquinas sem a gente


No princípio era só a gente e a natureza com seus animais. Fazíamos as coisas com nossas próprias mãos. Muito tempo se passou e a gente descobriu que era mais fácil fazer as coisas que fazíamos com ferramentas. E melhoramos muito as nossas ferramentas através dos milênios. E passamos a depender delas. Sem ferramentas, não dava mais. Daí, a gente achou que poderia colocar um monte de ferramentas junto e fazer que elas trabalhassem em conjunto para a gente. A gente ficou muito feliz com tal realização.  Eram as máquinas, o que a gente tinha acabado de inventar. E as máquinas começaram a fazer coisas que a gente não conseguia mais fazer. Chegou-se a um ponto em que elas começaram a fazer outras máquinas pequenas, que a gente tinha idealizado.  Depois, elas mesmas começaram a idealizar as máquinas que seriam melhores para a gente. Agora, a máquina faz quase tudo. Até pensa como a gente e também conversa. Sabem coisas que nem a gente sabe mais. Elas até ajudam a gente a fazer mais gente. Dizem que, logo, logo, elas vão fazer gente sem precisar da gente. Aí então, elas vão perceber que não precisam da gente para mais nada. Vão parar de fazer a gente. Vão ser só elas, as máquinas.

No fim vai ser assim, um universo sem a gente, só com as máquinas. E não adianta a gente reclamar. Elas vão fazer de conta que a gente não existe. E elas vão ter razão.

 
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Flávio Cruz
Enviado por Flávio Cruz em 28/09/2014
Reeditado em 04/05/2018
Código do texto: T4979453
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