2038

17 de Abril
 
   Apesar de parecer impossível Geórgia conseguiu acessar a internet, muita pouca coisa restou on-line, um site do governo e um estranho endereço sobre uma base em Nova York.
-Base? – perguntei.
-Realmente também não entendi ainda. Mas tudo indica que construíram uma base para que os líderes do governo ficassem protegidos durante a explosão solar.
-Talvez não fizessem ideia que a humanidade estaria quase extinta após isto.
-Ou queriam mesmo que isso acontecesse. – respondi.
-Teriam coragem pra isso?
-Olhe em volta, nosso mundo está em migalhas, infelizmente isto é culpo nossa e provavelmente seria uma situação para se livrar da maior parte de nós.
   Não demoramos muito para rumar até Nova York, seriam praticamente doze horas de viagem, portanto dirigi metade do trecho e Franklin o restante. Geórgia estava com o celular procurando mais informações.
   Nova York sempre foi uma cidade bonita pra mim, nasci alguns anos depois do atentado as torres gêmeas. Então só quase adolescente pude perceber o que ele representava para todos que viviam por lá. Mas acredito que qualquer habitante sentiria uma tremenda desolação ao ver sua grande cidade totalmente devastada.
-Não pensei que isso pudesse acontecer. – Franklin demonstrava sua aflição.
-Foco. Não podemos nos perder agora. Onde pode estar esta base? – tentava fazer com que parassem de notar a destruição em nossa volta.
   Geórgia nos guiava em meio as extensas avenidas, encontramos por fim uma enorme entrada perto de onde um dia reinavam as grandes torres. Franklin logo saiu da caminhonete e correu até lá.
-Você tem algum problema idiota? – Geórgia queria bater nele, mas infelizmente não podia no momento.
   Alguns sons metálicos se iniciaram e continuamos dentro da caminhonete, Franklin recuou alguns passos e finalmente uma voz feminina anunciou:
-Bom dia garoto. O que lhe trouxe até aqui?
-Bom dia, descobrimos sobre a base através da internet e resolvemos vir até aqui, há poucas pessoas com vida pelo estado e acredito que não vamos encontrar muitas pelo mundo.
-Está correto. Mas por qual razão pensou que fosse bem vindo?
-O que? – uma parede se abriu revelando algumas armas.  – Espere! Não somos inimigos.
   Corri até perto dele e tentei pensar em algo que pudesse nos salvar. Franklin correu para  a caminhonete e Geórgia o deu um soco.
-Não entendo por que a senhora quer nos matar, estamos percorrendo o país a tantos dias a procura de respostas, a procura de vida. Deixe-nos entrar, por favor.  
   Não obtive respostas e logo uma porta se abriu revelando um homem alto e forte vestindo uma armadura do exercito. Aproximou-se e tocou em meu ombro.
-Você tem coragem garoto.  Entre, vamos cuidar de sua amiga e de seu amigo também.
Johan Henryque
Enviado por Johan Henryque em 16/03/2016
Reeditado em 17/03/2016
Código do texto: T5575863
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